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Se já espreitaram a primeira parte e a segunda parte bem-vindos á terceira parte onde falaremos especificamente de pixeis e coisas chatas como o raio.

 

AS RUÍNAS DA CRATERA DE HALE
A fascinante e controversa cratera de Hale
PARTE 03

 

Artefactos sim, mas não de imagem.

 

Voltemos então á principal imagem em discussão que referenciei no capítulo anterior.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"Inteligent life on Earth first reveals itself on the Geometric regularity of its constructions." - Carl Sagan

 

 

Se percorrerem as discussões na net, verão que não só os cépticos, mas principalmente os debunkers estão plenamente satisfeitos com a explicação de que toda esta geometria visivel na foto da Cratera de Hale não passa apenas de uma enorme colecção de pixeis.

Como dita a razão toda a gente sabe que quando se amplia uma imagem (neste caso uma fotografia) até um nível que ultrapassa em muito a capacidade da sua própria resolução é óbvio que o resultado é sempre uma excessiva pixelização.

 

E isto é porque o próprio programa a partir de certa altura para poder continuar a cumprir a sua função, tentará preencher espaços com uma aproximação de tom ou cor extrapolada a partir dos pixeis originais ao seu redor. Isto para simplificar bastante a própria explicação, pois para este caso não precisamos de ir mais longe. Portanto, quem contesta a legitimidade destas formações visivelmente geométricas poderem ser outra coisa que não apenas pixeis resultantes da aplicação de um filtro impróprio ou de uma ampliação excessiva, acha que não há aqui mais nada para ver.

Há que convir que á primeira vista, isto parece ser o caso e foi essa a razão que me levou a ignorar esta anómalia também durante tanto tempo. No entanto uma observação mais atenta destes pormenores revela-os como sendo um conjunto de pixeis e artefactos de imagem muito peculiares.

 

Na verdade, são os pixeis mais anómalos que devem ter existido até hoje neste emaranhado de imagens ampliadas e efeitos de pareidolia que já constam do historial de toda a polémica marciana.

Estes pixeis e artefactos de imagem tão referenciados pelos debunkers, são na verdade tão estranhos que comparadas com eles se calhar as outras anómalias marcianas nem serão tão anómalas assim. E porquê ?

 

Há várias razões porque este efeito não pode ser considerado como pixelização e artefactos de imagem tal como os conhecemos.

Para começar, a imagem original da ESA não precisa de ser adulterada com qualquer tipo de filtro especial para que estes padrões geométricos apareçam visiveis ao olho humano.

Nem precisamos de reduzir a fotografia a uma escala de cinzentos sequer.

 

Pegando na imagem original a cores, e alterando apenas a intensidade de brilho e contraste de uma forma ligeira é suficiente para que consigamos aperceber-nos de uma enorme quantidade de pequenas formas de características geométricas.

Em segundo lugar, estes pixeis têm a estranha têndencia para aparecerem em perspectiva quando deveriam apenas aparecer como quadrados sem qualquer orientação dentro de um plano no espaço.

 

Mais sobre isto na minha própria análise mais adiante. Terceiro, nem precisamos de ampliar a fotografia para lá dos seus limites de resolução para começarmos a ver toda a geometria no fundo do vale.

A serem artefactos de imagem, estes seriam cada vez mais evidentes a quando de uma ampliação extrema e deveriam distorcer a percepção que temos das "estruturas" visiveis. Isso não acontece de todo e mesmo ampliando ao máximo podemos ver que essa geometria anómala inclusivamente se nota - debaixo - dos próprios verdadeiros artefactos de imagem e pixelização excessiva.

Como não podem existir ao mesmo tempo dois tipos de pixelização numa foto como esta em que ficamos ?

 

Os pixeis e artefactos são os quadrados naturais que se formam por cima da imagem ou as estruturas geométricas que continuam a permanecer por debaixo desse efeito de ampliação ?

Como se isto já não fosse suficiente para pelo menos poder criar dúvidas nos cépticos quanto á legitimidade das suas próprias certezas no que toca a pixelização, existe ainda uma grande razão para que estas formas geométricas não possam ser de todo, efeitos de pixelização...

Notam algo de fora do comum, com estes supostamente simples artefactos de imagem abaixo ?...

 

Reparem no efeito tridimensional que este pequeno segmento bem exemplifica.

E como aparece então esta suposta "ilusão de óptica" ?

 

Peço aos cépticos que por um momento imaginem que estão realmente a olhar para edificios.

Se estivessem a olhar para uma má fotografia antiga de um qualquer conhecido templo terrestre esta imagem acima poderia ainda ser identificada como uma construção tridimensional sem lugar para contestação.

E porquê ? Porque, no nosso mundo -real- um edificio de características horizontais e constituído por um ou dois pisos ou patamares, reflecte o sol de uma maneira específica que é bem reconhecida por quem está habituado a desenhar ou pintar paisagens em particular.

 

Numa pintura reproduz-se em 2D o volume de um edificio com vários níveis ou de uma estutura arquitectónica, através da aplicação de vários tons de cor que vão diminuindo de intensidade do topo do edificio para a sua base.

 

Isto partindo do princípio que o sol vem do alto como neste caso em concreto acontece na fotografia da Cratera de Hale. Começamos por aplicar um tom bastante brilhante no piso superior do tecto, varanda ou telhado do edificio e em cada patamar inferior aplicaremos um tom de intensidade menor consoante a sua altura relativa ao solo e afastada da luminosidade mais forte.

 

Tal como acontece na realidade com a distribuição da luz na paisagem arquitectónica que estivermos a observar para a podermos pintar. Estão a acompanhar-me no raciocíonio sem problemas ?

No entanto este efeito de intensidade de luz, não é suficiente para podermos transmitir em 2D a ilusão de volume do objecto real que estamos a captar. Na verdade se deixassemos uma pintura apenas assim, esta resultaria precisamente em algo parecido com um efeito de pixelização e deixaria de representar o real objecto que estamos a representar numa tela ou folha de papel, tornando-se inclusivamente visualmente abstracto a partir de determinada distância.

 

Para uma construção arquitectónica ganhar real volume e ser fielmente captada pela nossa interpretação da realidade é preciso que também represente fielmente todas as sombras que são projectadas pelos vários pisos do cenário que estamos a recriar. E essas sombras para poderem ser correctamente representadas e reproduzirem fielmente a paisagem observada têm acima de tudo de obedecer a regras geométricas muito precisas no que toca á projecção ortográfica de cada parede do edificio ou estrutura arquitectónica que estejamos a pintar.

Este é uma dos grandes problemas de muita gente que quer aprender a desenhar, pois como se não bastasse terem que aprender a representar correctamente a perspectiva de um objecto num plano ainda terão depois que aprender a projectar a sombra gerada pelo resultado dessa perspectiva se quiserem ficar a saber como poderão colocar por exemplo...um templo...no espaço e no plano dentro de um desenho.

E é aqui que a explicação simplista de que tudo na Cratera de Hale não passará de artefactos de imagem cai por terra, apesar dos cépticos continuarem com muitas dúvidas e os debunkers se recusarem simplesmente a aceitar.

 

Ainda há mais, mas reparem bem na imagem acima. Não só os "óbvios artefactos de imagem" estão plenamente alinhados em perspectiva, como ainda por cima contêm vários níveis de profundidade entre aquilo que pode ser considerado o ponto mais alto e a base do solo de acordo com vários níveis de iluminação.

 

Níveis esses que inclusivamente se dividem pelos "edificios" dentro da própria paisagem de acordo com a altura variável de cada um deles.

O tom de iluminação é simplesmente perfeito e podemos pintar um quadro só a partir deste bocadinho se quisermos faze-lo.

É por demasiado claro, que umas áreas desta "pixelização" se encontram bem elevadas e outras em níveis inferiores, até porque felizmente ninguém discute que estamos a falar de uma área iluminada pelo sol.

 

E a não ser que o sol em Marte também se comporte com regras tão originais como a Nasa afirma comportar-se a "fascinante geologia" do planeta vermelho, então estaremos na presença de verdadeiras áreas não só claramente geométricas mas perfeitamente estruturais, nem que seja pela forma como estes "artefactos de imagem" se agrupam em relação á luz que vem de cima.

 

Como se isto não bastasse, ainda por cima estas "pixelizações excesivas", têm a tendência para projectarem correctamente sombras de um nível do "edificio" para o outro não deturpando minimamente aquilo que deverá ser o correcto alinhamento das paredes que recebem a luz vinda de cima, precisamente o efeito contrário ao que seria de esperar se tudo isto não passasse mesmo de distorção de pixeis como insistem ainda os mais cépticos e gritam os debunkers.

 

Mesmo que isto pudesse ser criado por artefactos de imagem, gostaria muito de saber qual a probablidade de todos eles se conjugarem em pixeis de várias dimensões que pudessem formar uma imagem tão técnicamente coerente do ponto de vista arquitectónico quanto esta.

 

E ainda por cima repetindo o efeito não uma mas centenas de vezes ao longo de todos os pontos chave da imagem.

Isto partindo do principio que os pixeis tinham o tamanho que queriam só porque encaixam na ilusão final apesar de á partida tudo ser gerado ao acaso pelo próprio efeito.

Acho que essa explicação desafia qualquer cálculo de probabilidade, até porque parte dum principio técnico que nunca foi possivel noutras imagens.

 

A tudo isto ser apenas aquela pixelização simples que os cépticos querem acreditar que é e que os debunkers insistem em que só pode ser, então estariamos na presença talvez daquilo que seria o maior mistério que poderiamos encontrar em Marte. Esqueçam a Cara de Marte, esqueçam as Pirâmides de Cydonia. O maior mistério de Marte está no facto de podermos captar fotografias da sua superfície com pixeis inteligentes !

 

Inteligentes e com um curso não só de pintura como principalmente de arquitectura.

Podem então contestar o que quiserem, mas das duas uma. Ou os artefactos de imagem e a excessiva pixelização agora também se separam em níveis perfeitamente alinhados de acordo com a intensidade de luz precisamente nos locais correctos para simular profundidade, ou então o que podemos ver na Cratera de Hale apenas com uma modificação de contraste são vários níveis "escavados" naturalmente no solo e que criam a ilusão geométrica que podemos encontrar não só no exemplo acima mas por toda a fotografia em vários locais específicos.

 

O problema é que a serem formações naturais estas expandem-se por uma vasta área dentro da cratera e todas mantêm as mesmas características que tendem para a artificialidade. O que contraria a própria originalidade isolada daquilo que a Nasa tanto gosta de apelidar como formações geológicas curiosas.
Aqui têm uma verdadeira "cidade" cheia delas ao mesmo tempo.

 

A SEGUIR: Ver para crer.

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