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Parte 17

Extraterrestres, Hollywood e "Maus Astrónomos".

 

 

Um outro "pistoleiro alugado" pela Nasa de forma a combater a popularidade dos resultados que a comunidade independente estava a obter sobre muita da coisa que não convinha de todo ser demasiado popular, foi o Dr Philip Plait que se autoproclama irónicamente como o "Bad Astronomer" e como constantemente afirma anda numa cruzada pessoal contra os pseudo-cientistas que se envolvem em fantasias e se recusam a aceitar o que a Nasa já tornou oficial (é esta a expressão usada constantemente).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Homem da "escola" da Nasa a 100% (até porque vive á custa dos seus fundos para as suas pesquisas), Phil Plait tem a particularidade de estar sempre em todo o lado, sendo assim uma espécie de "emplastro" da ciencia no que toca a programas de rádio por exemplo. Ou melhor um "Carl Sagan wannabe", tal era a mediatização que Plait em certa altura parecia sempre ter (até ser eclipsado por pessoas como Michio Kaku felizmente).

 

No entanto Plait é assim uma espécie de "debunker" profissional para assuntos de rádio e similares de segunda linha mediática apesar de também já ter aparecido em declarações oficiais quando emitidas pela Nasa e associados.

Agora também não deixa de ser curioso que Phil Plait não é o astrónomo consensual que há partida deveria ser, visto que é um dos maiores defensores do ponto de vista da "ciencia oficial (mediática)".

Plait é um astrónomo polémico mesmo dentro dentro do seu meio. Já por diversas vezes colegas seus referiram em entrevistas na rádio e imprensa que não compreendem o facto de existirem erros banais em muitas das explicações de Plait no que se refere a qualquer assunto que esteja no momento a desacreditar.

 

Por mais de uma vez foi apanhado em inconsistências cientificas escritas como Lei no seu próprio website. Inconsistências discretas não detectadas pelo público leigo na matéria mas que causaram muita estranheza a um grande número de colegas de Plait pois certas explicações que ele ainda hoje dá como sendo oficiais e provadas cientificamente, não serão afinal bem assim.

Uma mentira é sempre bem melhor escondida entre meias verdades e é desde sempre uma técnica usada por quem tem a tarefa de fazer desinformação.

Plait, recebe também muitas criticas por causa do sarcásmo presente no seu titulo "Bad Astrónomer", mas entre os investigadores independentes de Marte há muita gente que pensa que esse titulo é no fundo um sinal para aquilo que Plait faz ao emitir opiniões oficiais contendo erros discretos que passam por conhecimento cientifico real.

Uma espécie de piada interna da Nasa no que toca ao "debunking profissional". Escusado será dizer que Philip Plait emite as suas certezas sempre á distância e nunca aceitou até hoje um único desafio de qualquer astrónomo ligado á Tese Arqueológica para discutirem em directo perante a nação americana as supostas incompetências de quem tenta há 30 anos estudar e divulgar sériamente o assunto.

 

O espaço mediático está cheio de desafios a Plait nunca aceites por ele, inclusivamente, até Richard Hoagland o desafiou no inicio de 2004, para um debate de trés horas, no maior Talk Show nocturno nacional americano e até hoje está á espera da resposta já lá vão dez anos.

Em vez disso Phil Plait prefere continuar a colocar no seu website mais "debunking" sem precisar de dar a cara, usando  "explicações correctamente cientificas", tentando argumentar contra afirmações que nem sequer alguma vez foram proferidas por qualquer investigador independente como se tornou muito o hábito no período mais aguerrido em termos de ataques pessoais por volta de 2004 no auge da polêmica ao redor dos rovers Spirit e Opportunity de que já falei capítulos atrás.

Os grande ataques que se costumam ver nos sites como os de Phil Plait começam sempre com afirmações do género - "vejam só o que o (pseudo cientista XYZ) disse desta vez !" - e realmente enquanto trabalho de "debunking" acima de tudo é uma estratégia de ataque muito bem pensada, pois uma pessoa que não conheça o historial das pessoas envolvidas pensa logo que Phil Plait mais uma vez conseguiu apanhar um pseudo cientista em afirmações ridiculas quando na verdade a questão teve inevitávelemente uma origem ligeiramente diferente.

Phil Plait (e amigos) reduzem sempre o conteúdo das provas apresentadas pelos adversários a meras listas "culinárias" dissecando apenas aquilo que lhes serve para que possam dar a ideia ao público leigo, de que novamente conseguiram contradizer os burros dos pseudo cientistas, quando o que fazem é apenas analisar aquilo que lhes interessa e não os trabalhos em detalhe como eles lhes são originalmente apresentados.

E é este o clima que se vive desde há anos e se agravou bastante desde que a Nasa foi obrigada a libertar a tal documentação sobre Marte nos anos 90, como já referi fruto das pressões do congresso lideradas pela campanha conjunta de Hilary Clinton e John McCain que defendiam que as fotos de Marte seriam dominio público e como tal não poderiam estar reféns da Nasa para fazer delas o que bem entendiam.

Falo em detalhe sobre o "debunking" noutra parte deste trabalho mas por agora convém informar que este já teve várias fases ao longo das décadas.

Nos anos 80, era o desprezo e o silêncio oficial, anos 90 foram as fotomontagens e os desaparecimentos de sondas na altura mais importante e nos últimos anos são os "professional debunkers" a atacar em todas as frentes emitindo dissecações que são compartimentadamente apoiadas na "ciencia a sério" mas apenas como manobra "publicitária" para fazer o leitor leigo na polémica, ficar a pensar que se um cientista a sério como o Plait usou ciencia a sério e concluiu que os tipos das "Teorias da Conspiração" são todos pseudo-cientistas então é porque é verdade.

O exemplo mais gritante desta táctica foi a análise de Plait em 2004, a propósito das cores de Marte, (na tal época e que o céu supostamente deveria ser sempre vermelho e nunca poderia alguma vez ser azul como hoje em dia miraculosamente já é, sem qualquer menção a tal extraordinária mudança de paradigma por parte da Nasa).
Primeiro errou logo ao dizer que a ideia tinha sido de Richard Hoagland ou de algum cientista ligado á Enterprise Mission.

Não foi, a ideia já andava no ar mas tornou-se verdadeiramente um assunto quando cientistas europeus se debruçaram sobre ele e a ESA mostrou ao mundo aquelas fantásticas imagens de um planeta laranja, verde e azul comprovando a fotografia do nosso compatriota astrónomo amador, o senhor Cidadão.

Depois Plait tentou passar a ideia que o problema relativo ás cores de Marte era tão simples que qualquer pessoa que percebesse de filtros de Photoshop compreenderia que a Nasa tem razão e as cores de Marte seriam mesmo aquelas que apareciam na versão oficial e não outras quaisquer. Indo mais longe e provando até cientificamente (para extase dos cepticos amadores) como seria cientificamente impossivel Marte alguma vez puder ter tido um céu azul.

Ao que parece agora em 2014 parece que nada disto se passou sequer. Como as coisas mudam, amigo leitor.
E como niguém parece reparar também.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sempre politicamente correcto, Plait não fez referência directa ao pormenor na altura, mas a verdade é que insinuava no seu texto, hoje eclipsado,  que a suposta análise da ciencia a sério americana, onde se provava que em Marte só podiam existir céus vermelhos,  implicaria óbviamente que os equipamentos da Europeia ESA estariam mesmo defeituosos e portanto as fotos Europeias de Marte não seriam para serem levadas  a sério.

 

Para rematar e como prova final de que mais uma desmistificação sua tinha sido um sucesso mágnifico Plait remetia o leitor para os sites da Nasa e JPL onde os leitores podiam confirmar o que era ciencia de verdade.

 

Portanto caro leitor, se tivesse acompanhado o tema dez anos atrás, segundo as tais provas irrefutáveis apresentadas na altura pela Nasa,  sobre "a verdadeira cor do céu de Marte", o leitor ficaria a saber que a Europa não percebia nada do assunto e teriamos obviamente enviado naves com câmeras defeituosas para o Planeta Vermelho, (vermelho pá, não azul),  porque os americanos é que sabiam do assunto e percebiam imenso de filtros e RGB.

No final Plait remetia tudo para o seu patrão americano criando mais uma vez a ideia no leitor de que toda a ciencia oficial era a que vinha dos cientistas da Nasa e não haveria mais ninguém no mundo que discordasse se... fosse um cientísta a sério.

Muito menos os Europeus que aparentemente nem percebiam nada de câmaras.

O pior nisto tudo é que para o leigo neste tema, mais uma vez tinha fica provado que os pseudo cientistas eram uns tristes que não tinham mais nada para fazer.

Mas como dizem os pseudo cientistas os ataques vão e vêm mas o trabalho ficará como prova e a História um dia irá dizer qual foi a parte verdadeira nesta imensa bola de neve.

Já agora refiro logo que neste site irei  recomendar alguns livros essenciais sobre toda a história da polémica e não só. Façam-me o favor de ignorar criticas do público leigo em geral (apesar de serem normalmente boas) e concentrem-se no que prestigiadas revistas como a "Time magazine" ou Universidades como a "Kings College University of London" e a "University of Suxess (na area de Astronomia)" por exemplo têm a dizer sobre os respectivos livros, autores e investigações.

 

Poderão encontrar por exemplo inúmeros textos de criticas cientificamente especializadas dentro de alguns dos livros quando os comprarem.

Posto isto, resta talvez retficar um pormenor.

Talvez tenham ficado com a ideia de que lá por o trabalho destes "pseudo" cientistas não ser aceite em revistas cientificas do dominio da Nasa, esse trabalho não é publicado em outras evistas cientificas de mérito reconhecido internacionalmente. O que está errado,
Inúmeros artigos científicos são aceites em várias revistas ditas sérias até mesmo na América e "off the record" existe um reconhecimento do trabalho das pessoas.

Como prova disso basta confirmarem o estatuto de cientístas como o Dr Gilbert Levin, ou o falecido Tom Van Flandern, ambos intimamente ligados aos temas que formam no seu todo a Tese Arqueológica Marciana, se assim se pode chamar á falta de melhor nome oficial.

 

Nomes como estes, têm suscitado muita abertura de espirito por parte de muita gente que antes se considerava céptica. Apenas não existe mediatísmo á volta do assunto e portanto se a Nasa não comenta é porque não existe para o público em geral e nem merece sequer atenção.

Se este assunto apenas vivesse de publicações em Jornais do Incrível e afins há muito que a Nasa poderia estar descansada e já nem haveria mais polémica. Não é assim, pois como já disse ninguém envolvido neste assunto a nível científico será propriamente um amador qualquer ou um nerd teórico da conspiração como se calhar eu próprio já estarei a ser apelidade nesta altura.

 

Quanto á venda de livros ser criticada apenas como uma forma de encher os bolsos dos seus autores, a palavra escrita ainda é a forma mais democrática de comunicação por isso não podendo ser convidados para discursar sobre o assunto na Nasa ou no Smithsonian é óbvio que a melhor forma de se dar a conhecer um trabalho é publicá-lo. E a melhor forma de chegar junto do público leigo não será certamente apenas publicar artigos em revistas cientificas especializadas mas sim livros.

Tal como será sempre útil usar a internet para efeitos de divulgação, porque centenas de maus sites com palha sobre o tema não deverá nunca ser justificação para que não existam boas tentativas de divulgação séria sobre o tema. E como muito ainda fica por dizer sobre isto não se esqueçam de visitar as outras secções deste site se estão a gostar desta principal contendo o "breve" historial possível de ser descrito sobre todo este assunto.

"Verdadeira" cor de Marte

até meados de 2004 de

acordo com Phil Plait e

posição oficial da Nasa.

"Teoria da conspiração", ou fotomontagens de pseudo cientístas tentando criar um Marte que segundo Plait e a própria Nasa nunca poderia existir cientificamente.

Planeta Marte oficialmente em 2014 de acordo com a própria Nasa e contradizendo tudo o que tinham dito anteriormente sobre o assunto dos céus azuis que antigamente não poderiam existir mas parece que agora afinal já existem.

A SEGUIR: Novas estratégias, gás metano e explosões atómicas em Marte".

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