PARTE 3
Os anos da Conspiração.
Conspiradores malucos e pseudo cientistas.
Por volta de 1981, DiPietro e Molenaar em sintonia com outro trabalho do Dr.Mark Carlotto, tinham estudado as fotografias de Cydonia como nunca ninguém o tinha feito antes deles e aqui estavam dois cientistas de reputação, (ainda por cima cientistas da Nasa), ambos convencidos que tinham no mínimo descoberto algo que poderia vir a tornar-se na primeira prova de que a humanidade teria tido uns vizinhos no planeta do lado algures num passado remoto.
Na sua ingenuidade, DiPietro e Molenaar, pensaram que o mundo lhes iria agradecer tal conclusão. Imediatamente tentaram comunicar a descoberta aos seus superiores, mas claro está ninguém os quis ouvir e foram impedidos de publicar os seus estudos nos órgãos oficiais mais mediáticos.
As sondas Viking já tinham provado que nunca tinha havido vida em Marte. E mais uma vez, ponto final.
Mais tarde DiPietro e Molenaar, acabaram também por mediaticamente pagar caro pelas suas ideias de ficção-científica e passaram de um dia para o outro a serem considerados pseudo-cientistas aos olhos da maioria dos cépticos, apenas porque se recusavam a admitir que as suas conclusões estariam erradas como lhes foi por vezes demais sugerido hierarquicamente.
Fartos de andarem a tentar fazer com que alguém dentro da Nasa lhes examinasse criticamente o seu trabalho sem nunca terem conseguido captar o interesse oficial de ninguém (visto ter-se tornado num tema totalmente tabu), o Dr Vicent DiPietro e o Dr Greg Molenaar, decidiram publicá-lo numa edição de autor financiada por ambos.
Uma das pessoas que comprou o livro por pura curiosidade foi um senhor chamado Richard Hoagland. Jornalista/escritor para assuntos de ciência, com um currículo de excelência (na altura) dentro do próprio sistema e uma carreira que levaria mais umas centenas de linhas a descrever aqui (até pela desinformação caluniosa que já existe pela net ao seu redor), Richard Hoagland haveria de passar de céptico convicto ao maior e mais importante divulgador de todo este assunto, tornando-se na pessoa que contra tudo e contra todos manteve o tema sempre actual ao longo de mais de três décadas.
Mal sabia ele o preço que iria pagar por isso ao longo dos anos pois a sua carreira sofreu danos irreparáveis que só um dia a quando da conclusão final deste assunto poderão ser verdadeiramente alvo da reparação que merecem. Os loucos de hoje serão os génios consagrados de amanhã, como a história já provou por demais vezes.
Normalmente os cépticos apontam o facto deste tipo de temas se basearem muito em informação falsa publicada na internet, mas depois são os primeiros a recorrer ao mesmo tipo de informação quando procuram desvalorizar as pessoas envolvidas nas investigações.
Não deixa de ser fascinante para alguém como eu que acompanha isto há décadas ter constatado o total processo de -“involução”- que a reputação de muita gente envolvida nisto sofreu ao longo do tempo.
Se o leitor pudesse comparar o tipo de informação que existem agora espalhadas caluniosamente pela internet sobre certas pessoas com o que havia há uns 20 anos atrás se calhar iria compreender bem melhor o que eu quero dizer.
No assunto de Cydonia não há melhor exemplo do que o debunking através do ataque pessoal pode fazer para transformar um membro da comunidade científica mainstream em pseudo-cientista e vigarista profissional do que o caso que envolver Richard Hoagland.
Em menos de três décadas de exposição pública Hoagland passou gradualmente de personalidade credenciada e respeitado na sua profissão a -vigarista charlatão- como hoje é denominado se o leitor consultar as centenas de sites de debunk que já existem por aí cheios de provas totais e absolutas em como Hoagland não passa apenas de um vigarista.
O curioso nisto tudo é que nestes casos a tal preocupação dos cépticos pela exactidão e veracidade da informação que afirmam procurar, parece já não importar. Ou seja, para eles a mesma internet que parece ser um local infestado de informações falsas e ridículas sobre Marte, depois ao mesmo tempo passa a ser a fonte mais fidedigna do universo quando se trata de informar sobre -“a verdadeira cara”- de cada um dos cientistas envolvidos nestas pesquisas controversas.
Muito interessante.
Especialmente tendo em conta o que se tem inventado ao longo dos anos sobre muitas destas pessoas e que depois é tomado como real pelos debunkers que não se fazem rogados em citar biografias completamente inventadas só com o intuito de descredibilizar o tema atacando principalmente quem o defende.
Hoagland apesar de ter formação científica académica tradicional na áreas da Biologia e da Física tendo estado ligado à Astronomia planetária, nunca foi, digamos, um -cientista praticante- no que respeita a uma carreira clássica ligada especificamente a apenas uma área pois sempre foi mais um homem dos media do que um investigador até se embrulhar nesta temática polémica.
Embora tenha sido a primeira pessoa a propor a existência dos agora cada vez mais prováveis oceanos de água na lua de Jupiter, “Europa”; sendo inclusivamente citado por Arthur Clarke nos agradecimentos do romance 2010 como tendo dado um contributo cientifico fundamental para a existência do livro.
Isto entre algumas outras previsões que se vieram depois a revelar correctas com o passar dos anos para grande incómodo dos seus críticos que se "esqueceram" sempre de as referir quando seria devido fazê-lo e continuam até hoje a não se lembrar delas.
O que não quer dizer que Hoagland tenha sido sempre infalível, pois se por um lado graças a ele e aos seus esforços o assunto nunca foi colocado numa prateleira, por outro lado também cometeu uns erros incrivelmente ingénuos a nível de credibilidade editorial que acabaram por se tornar nas armas perfeitas para aos seus ferozes críticos; antes colegas e admiradores, agora pode quase dizer-se, inimigos académicos mortais em alguns casos.
No início da investigação Hoagland publicou conclusões de pessoas que na realidade não tinham quaisquer bases para as fazer e logo aí à partida os seus objectivos de criar um veiculo promocional sério para dar a conhecer os enigmas de Marte ao grande público ficaram imediatamente gravemente afectados por uma reputação manchada logo desde esse momento pois grande parte dessas "investigações" eram mais fruto de uma imaginação activa sem qualquer base científica do que propriamente conclusões baseadas num método científico.
Tudo fruto de alguma ingenuidade pela parte de Hoagland e pela análise possível dos poucos dados relevantes disponíveis para se apresentar uma tese arqueológica marciana como ela deveria ter sido apresentada logo de início caso tivessem existido no passado o tipo de dados que já existem hoje disponíveis sobre o tema.
A sua amizade com Carl Sagan e a relação "amor-ódio" a nível intelectual entre os dois dará certamente um dia, só isso um livro.
Especialmente pela sua inesperada conclusão a quando da morte de Carl Sagan, surpreendendo toda a gente independentemente da posição que cada envolvido nesta polémica tem sobre o tema marciano. Esta é mais uma situação completamente desconhecida do grande público que apenas conhece o trabalho de Sagan por causa da série Cosmos e do seu suposto apregoado cepticismo que tinha por missão apresentar na sua faceta pública.
Resta apenas dizer que por causa do assunto de Marte, Hoagland tornou-se talvez no maior alvo a abater que a chamada -ciência a sério- alguma vez teve de enfrentar, mas também possivelmente num dos melhores e mais persistentes adversários de que há registo em questões envolvendo este tipo de polémica.
Diga-se que quando Hoagland morrer a Nasa dormirá muito mais descansada, mesmo que nunca o admita.
Embora este não esteja isento de culpa na sua péssima reputação actual junto dos cépticos, pois ele próprio nunca se faz tímido em por vezes atirar cá para fora as teorias mais inacreditáveis. O problema é que algumas já foram não só devidamente provadas como apropriadas pela Nasa tendo sido oficializadas sem qualquer menção ao verdadeiro autor das propostas iniciais; outras são tão difíceis de engolir que às vezes parece de propósito só para que se volte a falar do tema Marciano quando este arrefece.
De qualquer forma eu sou o primeiro a admitir que nem sempre Hoagland é consensual até mesmo junto das pessoas que como eu acompanham toda esta embrulhada desde há décadas e não tenho problema em admitir que Hoagland ele próprio é o principal responsável por muita da "munição" que fornece à ciência a sério e depois é usada contra ele.
Mas isto é um assunto bem mais complexo do que parece e como tal se calhar fica para outra oportunidade. Até porque independentemente de todas a polémicas, reputações pela lama e teorias malucas, o facto é que muito do que Hoagland divulgou ao longo dos anos e tido como pura teoria da conspiração, faz hoje parte, sabe-se lá como, da versão oficial apresentada pela Nasa e restante ciência a sério. E esse mérito ninguém lhe poderá tirar como iremos ver mais adiante.
Quando refiro a expressão -“ciência a sério”- talvez devesse dizer antes -“ciência ortodoxa"a sério”- da América para o mundo", até porque é essa a principal percepção da opinião pública; pois na realidade o que se passa é que o problema de credibilidade de Hoagland (e demais investigadores independentes) é acima de tudo com a Nasa, um problema americano e não com os restantes -“cientistas a sério”- do resto do mundo de forma generalizada. Muitos nem sabem sequer que esta polémica ainda existe.
Exemplo disso são por exemplo os convites que Hoagland recebeu para falar sobre a investigação em Universidades e Academias de várias partes do globo ao longo destes mais de trinta anos. Sendo inclusive bastante popular na Russia onde para se fazer justiça a todo este caso tenha de se dizer, foi possivelmente o país onde primeiro surgiram vozes cientificamente comprovadas a defender abertamente a Teoria Arqueológica Marciana logo no início dos anos 70 com a publicação de vários artigos em revistas governamentais de ciência sobre este assunto.
Nomeadamente vários estudos sobre a artificialidade das primeiras "Pyramids of Mars" descobertas pela Mariner 9 e mais tarde fotografadas novamente pela única sonda soviética que não desapareceu antes de obter resultados.
A própria ESA europeia nunca teve qualquer problema em comentar algumas das propostas e teorias apresentadas por Hoagland como aconteu recentemente no caso da temática sobre Phobos, o qual ficará para outra ocasião. E ao contrário do que acontece sempre com -“a ciência americana”-, a ESA fê-lo com imensa cordialidade, focando-se não nas pessoas mas nas propostas e discutindo sem problema cada ponto das ideias não se preocupando se estariam a dar tempo de antena a um pseudo-cientista ou não. Havia uma questão no ar e a ESA respondeu (até de forma bastante interessante diga-se de passagem).
Fora dos EUA os cientistas cépticos que não se interessam em absoluto pelo o assunto, simplesmente ignoram os trabalhos divulgados por Hoagland (ou demais investigadores) mas têm a nobreza de não atacá-lo nem academicamente, nem intelectualmente e nestes anos todos nunca li um único ataque pessoal baseado na tal suposta falta de credibilidade que tanto o afecta e parece ser tão óbvia quando se trata da sua imagem na America.
Os cientistas europeus, não leram, não analisaram em pormenor nenhum dos trabalhos, não comentam.
Daqueles cientistas europeus que se interessaram, (muito atraidos pelas primeiras publicações certificadas dos sàbios soviéticos dos anos 70), esses na sua maioria não têm qualquer problema em afirmar que ao menos há que investigar mais seriamente o assunto pois as suas bases são mais que sólidas merecendo ser tratado com o respeito e a curiosidade que deveria fazer sempre parte da ciência mas parece não acontecer nos Estados Unidos precisamente da parte daqueles que deveriam ser os mais interessados.
Outros mesmo, hoje fazem parte da organização "Enterprise Mission" fundada por Hoagland e através dela publicam os seus estudos sobre o tema nos EUA tendo contribuindo de forma significativa para a crescente aceitação do assunto fora da América.
Existe inclusivamente um site Alemão sobre as anomalias de Marte que é quase o equivalente ao Enterprise Mission de Hoagland com a diferença de que este é publicado por cientistas livres (se é que se pode usar o termo). Todas as ideias e teorias são aceites desde que contribuam para a discussão, mas principalmente nenhum cientista Europeu veio alguma vez afirmar que foi perseguido ou excluído por apoiar a Tese Arqueológica ou a propósito da questão sobre vida em Marte. Ao contrário do que acontece no site oficial do americano Richard Hoagland aqui nenhum cientista é automaticamente marcado com o estigma de “pseudo-cientista" só por enveredar por uma investigação que pode levar a resultados diferentes dos que são actualmente considerados a norma dentro desta área.
Fosse o espirito "cientifico oficial americano" o mesmo que o Europeu independente e nunca este assunto se teria tornado no mar de calúnias, ataques pessoais e invejas académicas que se tornou nas últimas décadas de batalha intelectual.
Possivelmente já saberíamos as respostas, toda a gente já tinha ido embora para casa e estaríamos a viver num mundo onde haveria a certeza de que pelo menos um dia não estivemos sozinhos.
Do mesmo modo que existe no público anónimo a ideia de que só a Nasa tem a verdadeira versão dos factos, muita gente ainda pensa que a resistência a este assunto é global por parte da comunidade científica, quando na verdade é acima de tudo um fenómeno americano num sentido local, e de certa forma mediático.
Vê-se uma entrevista na televisão sobre qualquer assunto polémico ou desafiante e hão de reparar que inevitavelmente há de aparecer a tão popular expressão :
” ...os cientistas da Nasa..."
Aos olhos de muita gente é logo caso encerrado, afinal a Nasa tem sempre razão, não ?...
Mesmo muitos daqueles supostos cépticos que se recusam a examinar o tema mais aprofundadamente numa discussão como esta, fazem-no imediatamente usando a justificação:
"...porque os cientistas da Nasa já disseram que...".
Agora esquecem-se é que os cientistas da Nasa, nos últimos 20 anos tiveram de vir pelo menos três vezes a público admitir que afinal no assunto de Marte, houve umas -“interpretações erradas”- e uns -“esquecimentos”-, nomeadamente a propósito de alegações originais e desaparecimento de fotografias.
E quantas pessoas da população tiveram ocasião de assistir a estes -“arrependimentos”- súbitos da Nasa ?
Provavelmente nem 1% das pessoas que tomaram conhecimento da parte -“que interessa pois é ciência a sério”. A mesma sempre muito animada pelas tão populares conferências de imprensa.
Estudem o assunto, investiguem as fontes e vão descobrir que pelo menos na Europa não há qualquer incompatibilidade entre fazer-se ciência a sério e apoiar a tese arqueológica Marciana a nível profissional.
Toda a percepção contrária junto do público é apenas fruto da má publicidade que a Nasa se encarregou de ir fazendo ao longo de décadas sobre quem investigava independentemente o tema na America e como tal automaticamente o auto-intitulado céptico português assume imediatamente que não há, nem pode haver outra posição sobre a questão da parte daqueles que este considera cientistas a sério.
Não podiam estar mais errados.
Muitos cientistas fazem-no inclusive por passatempo e publicam os seus resultados aqui e ali, discreta mas abertamente. Obviamente não em publicações patrocinadas pelos americanos e como tal nunca chegam a entrar na cultura popular como acontece com os feitos da Nasa.
Especialmente desde 1996 tem-se assistido a um unir de forças entre profissionais da ciência europeia e os independentes americanos. Pergunta então o leitor:
- “Então mas eu ainda não vi a ESA vir a público emitir comunicados sobre quaisquer ruínas em Marte. Onde é que está esse apoio às teorias dos “pseudo-cientistas” ?”
Está exactamente na não repressão académica de quem investiga discretamente o assunto. Está no debate e na troca de ideias que já tem havido em publicações científicas e em debates radiofónicos em programas de grande audiência mundial graças ao alcance da internet.
Até porque ao contrário do que acontece nos Estados Unidos onde o sistema oficial (vulgo Nasa) se recusa a entrar em debate público com quem investiga estes assuntos, na Europa já por mais de uma vez inclusivamente responsáveis pelas missões a Marte da ESA entraram em diálogo (algum bem fascinante pela subjectividade das respostas) com quem investiga estes assuntos e propõe que esta eventual descoberta à nossa espera por debaixo das areias marcianas seja algo a ter em consideração.
Mas só isto agora dava para escrever mais umas cem linhas que me levariam por outros caminhos e este livro já é por demais enorme para ainda me ramificar por este caminho. Terá que ficar para outra altura.
Quem dispõe da maior informação sobre o assunto infelizmente continua a ser a Nasa e esses não estão nada dispostos a dar de mão beijada elementos que um dia ainda lhes irão servir para fazerem muitas conferências de imprensa retirando grandes dividendos políticos dessas mesmas informações. Podem apostar, que no dia em que se confirmar a tese arqueológica sobre eventual vida inteligente num passado remoto em Marte, vocês vão ligar a televisão e vão ouvir algo como:
-“ ...Os cientistas da Nasa descobriram restos arqueológicos em Marte…”
E claro também ignorando por completo quem primeiro tentou um dia divulgar a descoberta; reclamando como vitória da agência espacial americana um momento cientifico que só não foi primeiramente anunciado por cientistas independentes porque estes não dispõem dos meios políticos e mediáticos à sua disposição com que o programa espacial pode contar.
Tem sido o padrão habitual nas comunicações oficiais desde há vários anos. As descobertas mais recentes relativas a Marte são sempre anunciadas com grande pompa como sendo novíssimas em folha quando nada poderia estar mais longe da verdade.
Felizmente acima de tudo já existe abertura ao tema.
Excepto no que respeita aos EUA. Embora já se notem muitos sinais promissores a verdade é que do outro lado desta questão, a chamada -ciência oficial- selada pela Nasa sempre fez tudo para arrasar; e a palavra aqui é mesmo -“arrasar”- quem por qualquer instante pensou sequer em posicionar-se publicamente do lado das conclusões apresentadas pela ciência independente.
Ser um cientista defensor da tese arqueológica marciana e ainda por cima apoiado pela Enterprise Mission de Richard Hoagland é na pratica o mesmo que ser-se pedófilo na Casa Pia em Portugal.
E não há nada pior que um desgraçado de um cientista que tenha trabalhado para a Nasa mas agora se ponha a "inventar" histórias sobre ruínas Marcianas. Até esse momento pode ter tido a carreira mais brilhante dentro do sistema, ter sido dos mais conceituados na sua área, ser inclusive um veterano no seu campo (como por exemplo o Dr Richard Hoover de que falarei mais adiante), mas se na semana a seguir a vir a público com as suas ideias "blasfemas" é garantido que aparecem na internet uns dez sites anónimos, oficiais e daqueles..."não oficialmente patrocinados" pela Nasa a arrasar por completo o currículo dessa pessoa como tem sido constante em todo o historial desta polémica ao longo dos anos.
DiPietro, Molenaar, Mark Carlotto, John Brandenburg e o próprio Richard Hoagland são bem o exemplo desse tipo de guerrilha "académica" tão popular actualmente na América no que respeita ao assunto sobre Marte.
Não se consegue atacar as ideias, atacam-se antes as pessoas e acima de tudo atacam-se as suas referências biográficas, tentando ao máximo distanciar os "traidores" da pureza imaculada dos verdadeiros portadores do conhecimento cientifico oficial.
Então a partir do momento em que o Dr. Gilbert Levin e Arthur Clarke entraram na jogada parece que alguém entrou em pânico e nessa altura foi ver sites ditos "cépticos" a aparecerem como cogumelos, atacando não o conteúdo das ideias (de uma forma analítica exacta) mas principalmente as credenciais de quem as formulou.
Chegando mesmo ao cúmulo de em três sites diferentes encontrarem-se três versões daquilo que alguém acha que a verdadeira biografia de um qualquer coitado agora apelidado de “pseudo-cientista" seria realmente. Talvez por isso alguns destes websites já tenham sido processados por difamação por alguns cientistas independentes que não acham muita piada às inúmeras versões de currículos e biografias desacreditadas que de vez em quando voltam a aparecer como cogumelos, normalmente sempre nas mesmas alturas.
Até Einstein se fosse vivo e tivesse o azar de apoiar a Teoria Arqueológica Marciana, alguém haveria de repente descobrir e -provar- na internet que afinal -“o gajo”- seria um embusteiro que só tinha a 4ª Classe e até tinha chumbado em matemática e tudo !
Nisto o único que escapou foi Arthur C. Clarke, pois apesar das -“sugestões”- da Nasa para que se contivesse nas suas opiniões, ainda ninguém conseguiu publicar um único website a demolir toda a sua biografia académica e ensombrar a sua legitimidade para ter analisado o tema tão metodicamente como o fez.
A sorte de Clarke é que a sua obra é por demais conhecida do grande público e por isso não será uma tarefa fácil criar no cidadão leigo a ideia de que -“o gajo”- afinal também era um pseudo-cientista.
Pelo menos de acordo com a definição dos cépticos e principalmente dos debunkers; afinal se Clarke apoiava muitas das conclusões postuladas pela Teoria Arqueológica Marciana, automaticamente isso remeteu-o imediatamente para o grupo dos tais Teóricos da conspiração, não ?…
Mas nisto tudo não há só ataques deste género.
As entidades oficiais americanas têm uma estratégia mais inteligente.
Normalmente pegam em vários bocados do estudo dos "traidores" e publicam uma suposta análise do trabalho deles dando a ideia que os contradizem cientificamente ponto por ponto.
Na realidade o que fazem é escolher segmentos , "esquecendo-se" de outros.
Depois analisam esses segmentos uns com os outros e obviamente, sem as partes que faltam, o trabalho do "traidor" é simplesmente apresentado como uma imbecilidade fantasiosa sem bases científicas.
Isto começou a acontecer de há anos para cá especialmente no que toca à parte técnica e matemática da teoria arqueológica.
Houve uma altura em que os sites "cépticos" ditos independentes, curiosamente parece que tinham todos o mesmo programa de ataque. Numa semana arrasavam todos com os cálculos matemáticos da vítima escolhida para essa semana e depois passavam todos em manada para o próximo pseudo-cientista na semana seguinte quando o primeiro já estivesse devidamente "mastigado" e desacreditado junto da opinião pública.
De repente paravam.
Após curto espaço de tempo passava tudo a "arrasar" a análise das imagens feitas por independentes, curiosamente as mesmas...
Isto claro enquanto aproveitavam para denegrir os currículos das pessoas visadas "esquecendo-se" de mencionar coisas nas biografias.
Este tipo de tácticas de guerrilha académica não deixa de ser uma ideia fantástica.
Alguém que não conheça absolutamente nada sobre a Teoria Arqueológica Marciana chegando agora ao tema, não acompanhando há anos as carreiras e os esforços das pessoas envolvidas nesta luta pela legítimação do tema, o que é que essa pessoa vai pensar ao encontrar tanta informação contraditória ?!
Ou se torna um céptico agarrado às normas do que é oficialmente defendido chegando a um nível de fundamentalismo quase religioso (ao melhor estilo debunker português), ou então não tem opinião sobre o que vê e perde naturalmente o interesse sobre a temática.
E quanto a mim acho que é mesmo esse o objectivo da -“ciência oficial americana”- actualmente.
Não desacreditar a Teoria Arqueológica desacreditando "pseudo-cientistas" mas sim tornar o tema banal de modo a não provocar a mínima reação de curiosidade no público anónimo pois o desinteresse por Marte contribui para que não se faça perguntas e as versões oficiais sobre o enigma se mantenham imaculadas como pretendido.
O ataque académico aos chamados pseudo-cientistas que só são pseudo porque já não partilham o mesmo ponto de vista da Nasa, não é quanto a mim o objectivo, mas sim um meio. Acompanho isto ha mais de 30 anos e nunca tinha visto tantos ataques pessoais como a partir do meio dos anos 90 quando o tema começou a ganhar contornos mais precisos.
Curiosamente ou não, durante este período, a Nasa sempre recusou confrontar-se directamente com qualquer cientista independente em público. Todos os desafios das pessoas visadas para que se realizasse um debate numa rádio nacional em que se pudessem comparar provas, foram pura e simplesmente ignorados.
Desta vez com a justificação de que a Nasa já não dialogava com pessoas comprovadamente embusteiras detentoras de currículos falsos.
Cheguei a ouvir respostas destas na rádio muitas vezes.
Richard Hoagland então, esse está no topo da lista de pessoas a evitar a todo o custo por qualquer membro da Nasa. O nome dele ligado directamente a qualquer desafio académico na America é logo garantia de recusa imediata.
Alguns dos cientistas visados irritados com o facto de não poderem contra-argumentar em público sobre todas as acusações e calúnias de que foram alvo acabaram como já referi por processar alguns sites e a coisa acalmou.
Foi também quando se percebeu que por detrás desses websites na realidade não existia ninguém que pudesse ser responsabilizado pelas ofensas e pela contra-argumentação baseada nas más análises dos trabalhos.
Actualmente a posição dos visados é a de pura e simplesmente ignorarem as calúnias e seguirem em frente, pois no futuro o que irá ficar para a história serão os resultados.
Mas não antes sem já terem desmentido ponto por ponto em várias intervenções na rádio praticamente toda a palha especulativa sobre o trabalho deles. A opinião pública pode só ter acesso imediato a um dos lados da questão mas os contra-argumentos andam por aí e quem se der ao trabalho vai encontrar muita afirmação, "prova definitiva" e conclusão oficial, plenamente rebatida.
Obviamente que quem segue o trabalho dessas pessoas à pelo menos tanto tempo quanto eu, reconhece imediatamente quando encontra algo que não corresponde à verdade a propósito de cada pessoa, mas todos os dias chegam leigos interessados neste assunto e como tal por muito que os investigadores independentes não queiram convém sempre perder-se um bocado de tempo a demonstrar dentro das possibilidades, onde está e de onde vem a difamação, seja ela pessoal ou académica.
Há que evitar a todo o custo o desinteresse das pessoas por este tema relativo à Teoria Arqueológica e isso só será conseguido se houver um fluxo de constante informação que o público possa interiorizar e chegar às conclusões que entender, mas com base em dados honestos; não tendo apenas à disposição todo o material fraudulento lançado pelo próprio sistema que mina e contamina tudo o que há de verdadeiramente relevante neste tema.
Notem que após as Viking nos anos 70 e o imediato início da polémica nos anos 80, as sucessivas missões a Marte que se seguiram (e não desapareceram misteriosamente) parecem ter tido acima de tudo o objectivo de tornar o planeta ainda mais desinteressante aos olhos do público até à surpreendente reviravolta que se começou a formar a partir precisamente de 2004 a quando da comprovação de mais umas "inverdades" do sistema oficial.
O que é que vimos ao longo dos anos? Sempre o mesmo deserto, sempre a mesma "fantástica" experiência apregoada , sempre o mesmo resultado negativo, quando conseguiam colocar a experiência a funcionar e claro sempre o mesmo céu de cor vermelha sobre o qual ainda há muito para dizer.
Isto quando as sondas não fracassavam todas misteriosamente sem sequer conseguirem aterrar no planeta ou entrar em órbita.
O leitor terá consciência de que a taxa de sucesso científico da Nasa tem uma percentagem incrível classificada a mais de 100% em todas as missões de exploração que efectuou ao longo dos anos ?
A Nasa pode ter muito a esconder mas ninguém lhe tira o mérito tanto técnico como cientifico no que toca a missões ao sistema solar.
Conhecem muitas missões da Nasa, que não tenham tido um sucesso absoluto nos resultados que obtêm ?! Mercúrio, Venus, Jupiter e todo o restante sistema solar. Inclusivamente viagens até cometas no meio do espaço. Quantas é que falharam ? Contam-se pelos dedos de uma mão.
E por razões conhecidas, documentadas e apresentadas ao público.
Mais de 20 missões a Marte desde as Viking.
Quantas resultaram ?
Contam-se pelos dedos de uma mão.
E com que resultados ?
O planeta não tem vida. Nunca teve. Caso encerrado.
Mas vamos lá mandar mais uma sonda exactamente com as mesmas experiências que já seguiram anteriormente quando podíamos enviar uma quantidade enorme de novos testes propostos por dezenas de candidatos independentes aos fundos da Nasa que vêem constantemente negada uma oportunidade de marcarem a diferença; precisamente porque muitos deles têm o azar de serem apanhados nos corredores em comentários favoráveis à proposta da tese arqueológica marciana.
E que tal umas sondas transportando umas boas câmeras de video com uma resolução tão boa como aquelas que espiam o nosso próprio planeta através dos satélites militares ?
Resposta da Nasa:
- "Não vamos gastar dinheiro a tirar fotografias de coisas que não podem existir".