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PARTE 6

Arthur C. Clarke entra a matar.

 

 

Continuando ainda nos arquivos de Malin...
Eis que subitamente começam a encontrar-se neles as fotografias marcianas mais extraordinárias !

As mesmas que nunca tinham existido.
As mesmas que a Nasa semanas antes, pela boca de Carl Sagan tinha jurado a pés juntos que eram ilusões dos malucos das Teorias da Conspiração.


As mesmas fotografias que Carl Sagan afirmara não passarem de espaços em branco insignificantes provocados por erros de catálogo nas numerações dos arquivos surgiam agora, uma por uma.


Números de série correctamente incluídos.


Da parte da Nasa silêncio absoluto. Mas para infelicidade deles próprios em breve teriam mesmo de deixar de estar calados, pois do sitio mais inesperado do mundo chegava um adversário á altura do prestígio da agência espacial americana.

Uma manhã muita gente na Nasa abriu os jornais e reza a lenda que até indisposições cardíacas houveram no momento em que alguns responsáveis leram as declarações de
Arthur C. Clarke que nem se preocupou com subtilezas e entrou logo a matar:



"I'm pretty convinced from some of the recent images that Mars does not just harbor life, it's infested.

We better be careful where we land."


“Estou plenamente convencido baseando-me nalgumas das imagens mais recentes, que Marte não contém apenas vida, como está infestado por esta. É melhor ter atenção onde aterramos.”

 

 

Este já era um bocado mais difícil de ridicularizar.
Conhecido pelo seu cepticismo (no sentido tradicional) e pela sua seriedade no que toca a vir a público comentar este tipo de assuntos,
Arthur Clarke não era de todo a pessoa que a Nasa certamente gostaria de ver envolvida nesta história.


Amigo pessoal de Richard Hoagland, aparentemente Clarke seguia à anos o trabalho dos (desgraçados) investigadores americanos e também ele ficou bastante interessado no facto dos arquivos de Marte terem sido abertos ao público na sua totalidade. Aparentemente e sem ninguém saber, Clarke também tinha criado o seu grupinho pessoal de…”pseudo-cientistas", como ele próprio ironicamente comentou mais tarde em algumas entrevistas apontando para os ouvidos mais ortodoxos certamente atentos à escuta, como se veio depois a comprovar mais tarde.


Também ele e o seu grupo, analisaram as novas imagens encontradas nos arquivos pelos investigadores independentes americanos. Clarke e colegas estudaram a viabilidade das conclusões já conhecidas e eis que vindo do nada de repente surge o popular cientista na imprensa internacional (excepto Portugal claro) divulgando as suas conclusões pessoais sobre o que de real se passaria em Marte e apoiado por outros cientistas europeus de diferentes especialidades.|


Apareceram então as imagens, hoje conhecidas como “Florestas de Clarke”, "The Glass Worms of Mars" entre muitas outras fotografias igualmente intrigantes e fascinantes.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Curiosamente fotografias que não tinham sido ainda alvo do tão costumeiro -excesso de zelo- de Michael Malin que apenas costumava acontecer quando se tratava de apresentar às televisões as imagens mais mediáticas.

Portanto estas fotos que ainda semanas
o próprio Carl Sagan, garantira nunca terem existido teriam então passado ao lado de qualquer -preparação- desta vez. Por falta de tempo ou certamente porque supostamente nunca deveriam alguma vez serem vistas pelo público.
Além disso estávamos ainda numa altura em que manipulação digital custava bem caro e Malin não poderia dar demasiado nas vistas, alterando e
-preparando- a seu belo prazer tudo o que fosse imagem marciana. Até porque passou uns anos debaixo do escrutínio do próprio congresso devido ás fraudes anteriores e não podia justificar o dinheiro gasto com a desculpa que estaria a eliminar provas de descobertas arqueológicas em Marte.
Metade dos senadores haveriam de achar que o homem estava doido, outra metade teria a Bíblia com que se preocupar.

As imagens que
Arthur C. Clarke não teve qualquer problema em divulgar continuariam oficialmente no limbo das fotografias que oficialmente não existiam, não fosse a ordem do congresso para que estas fossem disponibilidades para consulta pública quando ordenou a criação do arquivo MSSS para desagrado da Malin Systems.

O facto é que agora estavam a vir a público imagens de Marte como nunca tinham sido vistas.
As mesmas imagens que até então a Nasa tinha acusado os investigadores independentes de terem falsificado criando-as eles próprios para fundamentar as suas fantasias de teoria da conspiração.

Sim, porque algumas destas imagens já eram conhecidas na comunidade independente, pois tinham chegado até junto dos investigadores por portas-travessas, meses antes.
Uma das “Florestas de Clarke” já circulava inclusivamente na internet para grande divertimento dos debunkers amadores nos forums que a usavam como exemplo das fantasias marcianas que os malucos das conspirações fabricariam só para venderem livros de fantasia como o meu. No entanto até do lado dos cientistas independentes que as tinham obtido através de contactos dignos de um episódio dos X-Files, estas fotografias estavam ainda em segredo e debaixo de análise.

 

Isto porque também a própria comunidade independente necessitava de uma oportunidade para conseguir confirmar a sua autenticidade pois nesta altura as imagens pareciam até boas e mais para poderem ser reais. Oportunidade que lhes foi dada de bandeja, quando finalmente as mesmas imagens -conspirativas- foram então -descobertas- nos arquivos de Malin.


E claro, mais uma vez do lado oficial nem uma menção sequer sobre a sua anterior posição acusatória ou difamatória para com aqueles que novamente viram vingadas todas as tentativas de ridicularização até então.
Muito menos algum debunker amador nos forums de discussão parecia agora alguma vez recordar-se de ter ridicularizado alguém com base na veracidade de imagens assim.
A memória do debunker amador é curta.
Especialmente quando algo que este considera como
Teoria da Conspiração de repente se revela real e o caso das fotografias das “Florestas de Clarke” é um bom exemplo do quanto a maioria dos debunkers que percorre a internet arrasando e ridicularizando este tema não faz a mais pequena ideia do seu historial .
Infelizmente nem sequer a legítimação destas imagens anteriormente consideradas foto-montagens chamou a atenção dos media, até porque a ortodoxia científica ao redor da Nasa se encarregou para te tal não acontecesse.

Todas as imagens que saiam agora a público vinham associadas a extraordinários comentários assinados por Arthur Clarke que foram não só completamente inesperados, mas extremamente audaciosos tocando até em pontos que nem o mais corajoso pseudo-cientista americano alguma vez ousaria especular em voz alta.
A diferença é que desta vez vinham de alguém que não poderia ser imediatamente remetido para a classificação de charlatão.


Afirmações tais como:



"I'm quite serious when I say have a really good look at these new Mars images […]“

“Falo realmente a sério, quando digo para prestarem uma boa atenção a estas novas imagens de MARTE […]”


 
"Something is actually moving and changing with the seasons that suggests, at least, vegetation,"


“Algo se está realmente a mover e a mudar com as estações do ano, o que sugere

no mínimo a existência de vegetação […]”

 
"I'm fairly convinced that we have discovered life on Mars," Clarke told SPACE.com Sunday as Buzz Aldrin listened. "There are some incredible photographs from [the Jet Propulsion Laboratory], which to me are pretty convincing proof of the existence of large forms of life on Mars! Have a look at them. I don't see any other interpretation."


“Estou bastante convencido que descobrimos vida em Marte! - Disse Clarke ao SPACE.com no domingo enquanto Buzz Aldrin ouvia. - “Dispomos de algumas fotografias incríveis [do Jet Propulsion Laboratory], que para mim são uma prova bastante convincente da existência de grandes formas de vidas em Marte! Olhem para elas. Eu não encontro qualquer outra explicação.”
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Não percam agora a informação adicional contida nos seguintes links:

 

http://www.enterprisemission.com/sir.htm

 

http://www.enterprisemission.com/empire.html

 

http://www.space.com/peopleinterviews/clarke_mars_010601.html 

(infelizmente agora em 2014 esta entrevista foi apagada dos olhos do público e já não se encontra indexada ao mecanismo de search do site Space.com, por isso irei tentar procurar nos meus arquivos e darei mais informação sobre a mesma assim que possa)...mais um bom exemplo do Sistema a filtrar a informação que "importa" que o público tenha conhecimento enquanto faz com que se apague da memória popular declarações que realmente deveriam importar.

 

http://ebtx.com/mars/marstube.htm

 

 

 

Quando a Nasa se viu confrontada com as tais fotografias que nunca tinham existido, mas afinal agora até Arthur Clarke estava a trabalhar sobre elas, o comentário da altura (sem qualquer circo mediático) foi de que basicamente, tinha havido uma interpretação errada da informação prestada inicialmente aos media (coitadinhos, não perceberam) e o que tinha acontecido era que as fotografias afinal sempre existiram, mas tinham sido perdidas. Comunicação breve e sem direito a perguntas.


Curiosamente pareciam agora ter sido encontradas quando Malin foi pressionado por Washington para divulgar todo o arquivo fotográfico.


Em relação a Clarke, a coisa começou a aquecer, pois logo imediatamente ao assunto se ter tornado público, representantes da Nasa deram várias entrevistas, (na sua maioria a organizações como a Skeptical Enquirer já por natureza opostas a qualquer coisa que tivesse a ver com o assunto arqueológico) e nessas entrevistas havia sempre (literalmente) o conselho para que Clarke estivesse calado e não andasse a desinformar a população com -“fantasias de homenzinhos verdes”- (expressão usada), pois o mundo inteiro sabia que a Nasa já há muito tinha provado que não havia nem nunca pôde haver vida em Marte (ainda estávamos nessa fase que hoje parece que também nunca existiu para muitos) e isso era nas palavras dos representantes da Nasa - um caso encerrado há muito.

Fala a Nasa numa semana, responde Clarke na outra em entrevista à BBC, basicamente dizendo que o público tinha o direito de ser informado.
Mesmo que houvesse a mais remota hipótese de haver , ou ter havido vida em Marte, o público merecia participar na discussão pois esse era o espírito da verdadeira ciência e ele não iria estar calado com o que tinha para dizer só porque a Nasa achava que ele o devia fazer.

 

O leitor, pode agora preparar as pedras porque vou emitir uma assumida teoria da conspiração, esta a nível pessoal mas com base naquilo que acompanhei em directo na altura, essencialmente através das peças jornalísticas que iam acontecendo, debates na rádio e até notícias nas televisões portuguesas.
Esta é no entanto da mais pura especulação que poderão encontrar, mas é uma -“anedote”- que se comentava discretamente na altura em certos círculos e que eu ouvi ser mencionada em entrevistas por mais do que uma vez a jeito de curiosidade.
E apesar de até mesmo os cientistas independentes não quererem sequer meter-se no assunto abertamente, a verdade é que esta é uma daquelas coisas que deixou muita gente a pensar quando aconteceu.
Não há dados concretos de comprovação sobre isto em parte alguma, apenas é uma coisa que andou no ar e muita gente não pôde deixar de reparar; tendo o assunto sendo referido em alguns sites e principalmente em debates na rádio da mesma forma simples que o vou fazer aqui, apenas por curiosidade e pelo próprio timing dos acontecimentos.

Alguém se lembra de quando há alguns anos atrás
Arthur Clarke a viver no Sri Lanka foi acusado de pedofilia tendo inclusivamente a notícia passado nos telejornais Portugueses?
Lembram-se que a história era um bocado vaga e não passou de um pólo de atracção mediático momentâneo que durou dois dias e nunca mais se soube nada sobre o assunto…
Adivinhem em que época é que isso foi e de que país terá partido a “denúncia”
Já adivinharam ? Óptimo.

Paranóia de doidos das conspirações como eu, ou não, a verdade é que foi muita coincidência. Além disso como ficou bem demonstrado na reportagem do "60 Minutes" a propósito das fraudes da Nasa há alguns anos atrás, alguém por lá será perfeitamente capaz de usar métodos de pressão assim e até bem piores sobre aqueles cientistas que a agência não consegue controlar. Precisamente como se passava no caso de Arthur C.Clarke na época em que teimava não se calar quando a Nasa insistia para que parasse com a brincadeira.
Acusado precisamente quando andava pelos media mundiais a falar sobre  vida em Marte, dando razão às tais teorias de investigadores independentes apelidados de pseudo-cientistas e não se calando quando era “aconselhado” pela Nasa a manter-se no seu canto.

Teria alguém ficado preocupado pelo facto de que Clarke por ser um cientista popular pudesse com as suas afirmações popularizar em demasiado um tema como este junto da opinião pública ?
Fim da teoria da conspiração nesta sua vertente “Clarkiana”, puramente fruto da minha observação pessoal do que acompanhei na altura.

 

Curiosamente também após este episódio, o facto é que Clarke acalmou um bom bocado em relação a declarações bombásticas e durante algum tempo desapareceu tal como tinha aparecido. Voltou a ressurgir em força uns meses depois defendendo a necessidade de uma política de abertura no que toca a Marte e apesar de nem sempre concordar inteiramente com muitas das conclusões da Enterprise Mission veio também defender a integridade de Richard Hogland, que juntamente com Tom Van Flandern e mais uns quantos (pseudo)cientistas tinham entretanto sofrido ataques arrasadores por parte da Nasa na mesma altura em que Clarke popularizava por momentos a polémica marciana nos media; (mais uma vez, nada se ouviu sobre o assunto em Portugal).
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

Foi a época em que surgiram da noite para o dia,  as primeiras dezenas de websites a arrasar com todo o currículo de Hoagland e muito do que ainda hoje em 2014 podem encontrar pela net de difamatório data precisamente desta altura. Inventou-se tanto sobre o homem para lhe dinamitar o percurso profissional que mesmo hoje apesar de tanto desmentido e provas em contrário ainda existem debukers amadores (mas não só) que continuam a ridicularizar a pessoa com base no descrédito criado pela falsa contra informação que surgiu quase duas décadas atrás.
Houve de tudo, inclusivamente "verdades" seladas na imortalidade da internet para grande regozijo da comunidade debunker que continua a recorrer a essas informações falsas para desacreditar tudo e todos.
Por exemplo, afirmava-se que Hoagland não passaria de um charlatão, que nunca tinha ganho os prémios científicos que constam do seu currículo, entre outras preciosidades na arte da “inverdade” que o próprio Arthur Clarke chegou depois a comentar em defesa do seu colega.

Algo que muita gente parece hoje desconhecer quando insistem em utilizar currículos inventados na altura para insistir na descredibilização pessoal das pessoas envolvidas nestes temas.
Foi uma altura de grande movimentação debunker, numa espécie de ataque concertado em massa com laivos de pura inquisição.
Inclusivamente apontado até à conferência de 1992 nas Nações Unidas e fazendo crer aos novatos nestas andanças de que este evento não teve a importância que na realidade teve na altura, quando a temática ainda não era o tabu científico ortodoxo em que hoje se tornou.

Arthur C.Clarke nunca se fez rogado no seu apoio a Hoagland, acabando mesmo por  ser citado por este na capa da 5ª edição do livro -“Monuments of Mars”- pois o interior desta nova edição passou também a conter excertos de conversas e trocas de emails entre Hoagland e Clarke sobre o assunto da provável existência de vida em Marte além das suas trocas de opinião a propósito da tese arqueológica.


O que só demonstra que os debunkers que continuam a insistir em minar todas as reviews do livro pela amazon, certamente nunca o leram. Como é naturalmente de esperar.


Se o tivessem lido se calhar encontrariam muito daquilo que afirmam procurar enquanto factor científico fundamental para a legitimação da existência desta teoria, até porque ao contrário do que os mais cépticos pensam nem toda a comunidade científica nos Estados Unidos atacou o trabalho. Inclusivamente este, teve ao longo dos anos boas reviews por parte de quem realmente se deu ao trabalho de o ler.

 



"I've seen the studies and I've seen the photographs—and there do appear to be formations of a 'face' and 'pyramids' [on Mars] that do not appear to be of natural or normal existence. It looks like they had to be fashioned by some intelligent beings. For this reason, I have asked NASA to provide assurances that the Mars Observer mission include this [set of targets] as one of its imaging objectives.”

- Robert A. Roe, former Chairman, Congressional House Committee on Science, Space, and Technology"

“Vi os estudos e vi as fotografias - e realmente parecem existir formações em forma de “cara” e “pirâmides” [em Marte] que não aparentam ser de existência natural ou normal. Parece que tiveram

de ser criadas por criaturas inteligentes. Por esta razão, eu pedi à Nasa que providenciasse

garantias de que a Mars Observer na sua missão inclua [estes objectivos] entre

os seus alvos quando o planeta for fotografado.”

-Robert A. Roe, former Chairman, Congressional House Committee on Science, Space, and Technology"



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

The Monuments od Mars na amazon.co.uk

 

The Monuments of Mars na amazon.com

Os mais atentos a estas coisas, devem recordar-se que a questão da existência de água em Marte sempre foi um daqueles “assuntos encerrados” que variavam de versão a cada novo comentário semi-oficial da Nasa, chegando a um ponto de tudo se ter tornado tão banal que já ninguém dos media sequer reparava no que quer que fosse ou se dava ao trabalho de fazer qualquer pergunta relevante mais incómoda.

Afinal haviam cada vez mais pequenas variações internas sobre a versão oficial o que permitiu à Nasa navegar ao sabor das especulações (principalmente as dos outros), sem nunca ter que tomar uma posição pública que comprometesse a sua respeitabilidade, a sua imagem de credibilidade científica e a suposta verdade científica dos factos na única versão em que lhes era permitido existirem.
Repetindo-me novamente um pouco para contextualizar o que vem a seguir, a posição inicial dos cientistas da Nasa no início dos anos 70 era de entusiasmo perante qualquer possibilidade que tivesse a ver com a descoberta eminente de vida no planeta vizinho.
Tal ambiente devia-se ao facto de ser praticamente oficial que as Viking iam partir para Marte, não apenas para descobrir, mas na verdade (como indicavam
Carl Sagan e demais colegas antes da missão partir) para comprovar -oficializar- a existência de água (inclusivamente liquida).


Em especial na região de Cydonia que como se lembram, tinha sido o local inicialmente escolhido para a Viking 2 aterrar e mais tarde foi alterado depois da história da Face on Mars ter vindo a público na altura errada.
 

Após o fracasso oficial das missões Viking no que concerne a oficializar os tais objectivos que antes se haviam tornado praticamente como certos, a posição da Nasa sobre água em Marte passou a ser de que afinal não havia nem nunca houve água no planeta.
Inclusivamente, as calotas polares seriam de puro hidrogénio líquido congelado e não de água, pois segundo os resultados oficiais das missões essa era a única conclusão a que a Nasa podia chegar após comprovar que a atmosfera de Marte nunca poderia ter sido sequer comparável à terrestre.

E uma das provas que apontavam também para isso era o facto de oficialmente não se terem detectado quaisquer compostos orgânicos no solo que pudessem indicar alguma vez ter existido um Marte vivo.

Marte segundo a posição oficial nessa altura, (
como poderão consultar em enciclopédias da época), era comprovadamente um planeta morto.

Um mundo morto e enterrado considerado um ambiente completamente alienígena que nunca teve oportunidade de evoluir para qualquer forma de vida, ao contrário do que sucedeu no nosso planeta. Tendo a Nasa na altura uma extensa lista de motivos perfeitamente científicos sobre as razões porque nunca podia ter existido vida no planeta vermelho.
Muito menos Faces on Mars e por arrasto Glass Worms of Mars.
Mais um dogma científico da época
que hoje parece ter sido apagado da memória popular graças ao talento da Nasa para fazer crer ao público que afinal sempre teve a mesma posição e novamente re-escrever a história mediática de tudo onde se insere…
Afinal eles no campo espacial e a ortodoxia científica em geral para todas as outras áreas, é que serão sempre os guardiões da denominada ciência a sério.

E não há situação mais incómoda ou dogma mais antigo que precise de uma lavagem de cara, que um par de documentários modernos com a nova versão não resolva. Quando se trata de discreto revisionismo científico para dar de beber -conhecimento- às novas gerações a Nasa e a ortodoxia científica em geral já conta com décadas de experiência.

Tudo facilitado ainda mais actualmente porque as novas gerações perfeitamente convencidas que vivem na era da informação, raramente se interessarão por comprovar a veracidade o que lhes é ensinado pelas nossas instituições de confiança. Até porque depois podem ser também apelidados de teóricos da conspiração e isso fica logo mal no currículo numa sociedade como a nossa onde se doutrinam as pessoas para funcionarem em rebanhos e pensar em manada, privilegiando as ideias do grupo e não o pensamento próprio, a investigação ou até o auto-conhecimento.

Tudo isto isto para desespero do
Dr Gilbert Levin que como eu referi num dos capítulos anteriores, ainda tentou opor-se ao novo dogma que a Nasa oficializou a propósito da total inexistência de vida em Marte, mas sem resultado.
Não se podiam ter micróbios em Marte quando os próprios cientistas da Nasa andavam a encontrar Caras na superfície e depois coisas como “túneis de vidro” ou demais anomalias.

Tudo isto para dizer o quê ? Para contextualizar o contexto científico-político que se vivia em redor da polémica Teoria Arqueológica Marciana no momento em que fotografias como as dos "Glass Worms of Mars" vieram a público, com as interpretações de Clarke e do seu grupo de investigadores em part-time. Investigadores que independentemente confirmavam agora também as mesmas conclusões a que os independentes nos Estados Unidos já tinham chegado, bem antes das fotos se terem tornado públicas.


Assim que estas imagens apareceram nos media, juntamente com as populares “Florestas de Clarke” entre muitas outras que ainda terei oportunidade de discutir neste livro, a ortodoxia científica norte americana capitaneada pela Nasa e suportada por publicações satélite como o Skeptical Enquirer tudo fizeram para impedir que as palavras de Arthur Clarke e associados ganhassem demasiado relevo nos media, especialmente depois de tudo o que se tinha passado ao redor de imagens que oficialmente nem existiriam de acordo com a mesma ortodoxia que agora tudo fazia para desacreditá-las.


Apoiada por cientistas -da casa- e -especialistas conceituados- de vários ramos científicos dentro do sistema, a Nasa apresentava agora explicações mundanas para imagens que anteriormente tinha sido a primeira a acusar de serem apenas fraudes produzidas por doidos da conspiração e pseudo-cientistas de internet !
Se as imagens das “Florestas de Clarke” foram bem mediatizadas tendo a Nasa se remetido ao silêncio sobre as mesmas por motivos que descreverei mais adiante neste livro, o mesmo não aconteceu com os famosos "Glass Worms of Mars" que ainda hoje são motivo para grande discussão internet fora.
Isto porque até devido à própria aparência inédita das anomalias, estas sempre se prestaram a especulações geológicas mais ou menos detalhadas consoante a perspectiva céptica ou não.
Isto é outro daqueles tópicos terríveis, pois eu agora podia perfeitamente parar toda a minha narrativa central deste livro e escrever praticamente um livro novo sobre os "Glass Worms of Mars" se quisesse fazê-lo.

Infelizmente para agora, este é também um daqueles temas que se poderiam tornar bem técnicos, particularmente porque já há muito detalhe disponível sobre os pormenores geológicos que poderão ou não fazer parte da anomalia. Por isso para eu poder realmente comentar em defesa da possibilidade artificial neste caso, eu teria de ramificar o meu texto em mais umas boas dezenas de sub-tópicos que iriam certamente agradar àqueles que cépticos ou não, procuram detalhes geológicos ou explicações baseadas em estudos estruturais que de uma perspectiva arquitectural contribuem desde há anos também para a análise destas estruturas distribuídas pelo planeta.


Como o que me interessa agora neste livro é essencialmente divulgar a existência dos principais mistérios, irei prosseguir de forma ligeira e o leitor para já, se quiser ficar a conhecer mais em detalhe os argumentos pró e contra a hipótese artificial destas -estruturas- terá que pesquisar por si próprio. Pelo menos até que eu possa um dia escrever algo apenas sobre isto com tudo o que já existe de detalhado sobre o tópico.
Os
"Glass Worms of Mars" foram uma das anomalias que mais fascínio causou naquela pilha de imagens descobertas, que oficialmente nunca  tinham existido antes. Teria passado despercebida até aos olhos de muita gente que ainda hoje considera que tudo não passa apenas de um monte de dunas curiosas, não fosse um pequeno pormenor.

 

Numa das estruturas nota-se claramente um reflexo.

E segundo muito entendido com currículo para isso, um reflexo que não se encontra no chão mas sim em posição elevada em relação àquilo que deveria ser se tudo se tratasse apenas uma reflexão de uma rocha ou algo semelhante. As rochas brilhantes, em Marte no entanto não costumam estar situadas no alto de arcos vários metros acima do chão apesar do que a relação entre este brilho e a superfície parece indicar.

 

O que a ser verdade, anula por completo a ideia dos cépticos em como tudo não passam apenas de dunas. Para serem dunas, teriam de ser montes de areia -deitados- por cima da superfície e nesse caso, aquilo que provocaria a ilusão de arcos, não deixaria sombra vários metros abaixo de si como acontece em alguns pontos. Muito menos teria um reflexo com as propriedades do que se pode encontrar nesta famosa fotografia e com o nível de brilho que foi captado pela câmara. Lembrem-se que isto não são fotografias aéreas mas sim imagens orbitais, logo para um reflexo com uma magnitude assim ter sido captado, algo de muito especial se passará no local fotografado.


Tal como Arthur Clarke e associados, defenderam na altura, tudo indica que os "Glass Worms of Mars" serão realmente isso mesmo. Estruturas arquitectónicas completamente degradadas e que ainda conservam os restos daquilo que eventualmente seria uma protecção de vidro ou qualquer material cristalino.
São conjecturas como esta que tiram os cépticos do sério e fazem os debunkers terem pena da estupidez de quem como eu escreve livros sobre isto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Mas não sou eu que o afirmo. Todo este ponto de vista em defesa da hipótese arquitectural, partiu ao mesmo tempo de três locais distintos do mundo; do Sri Lanka com  Clarke, dos Estados Unidos com os cientistas independentes e do centro da Europa com os comentários de inúmeros arquitectos e também, muito importante, geólogos que emitiram a sua opinião completamente favorável à ideia de que o que temos em Marte será algo que quase se poderá comparar a um qualquer canal marciano digno de Percival Lowell.

Para mais ainda, estas fotografias principais não foram as únicas encontradas nos arquivos de Malin.

 

Inclusivamente mais tarde foram descobertas imagens adicionais que comprovaram que estes "Glass Worms of Mars" não só se estendem por vastas regiões do planeta de uma forma que parece artificialmente planeada como inclusivamente a sua aparência geológica não difere nunca; mesmo quando tudo o que existe de verdadeiramente geológico na área ao seu redor contém características diferentes e que se encaixam perfeitamente no que conhecemos da variedade dos reais fenómenos geológicos naturais para cada área do globo.


O próprio Arthur Clarke por mais do que uma vez e em alturas bem diferentes pressionou publicamente a Nasa para que tomasse uma posição oficial sobre a anomalia.

 


“I´m still waiting for an explanation of that extraordinary glass worm on Mars…How big is it ? Why, it´s one of the most incredible images that´s ever come from space and there have been no [official] comments on it whatsoever !” - Sir Arthur C. Clarke


“Ainda estou à espera de uma explicação sobre aquele extraordinário verme de vidro em Marte…Qual o seu tamanho ? Porquê, apesar de ser uma das imagens mais incríveis que nos chegaram do espaço nunca ouve qualquer comentário sobre o mesmo de todo !” - Sir Arthur C. Clarke.

 


Até hoje em 2014 continuamos perante uma anomalia -geológica- única e que não corresponde a qualquer outra formação que se encontre espalhada na superfície de Marte de forma isolada como seria de esperar se os "Glass Worms of Mars" tivessem sido formados por acção natural.
Até porque quando comparando -as dunas- que formam esta anomalia com verdadeiras dunas de areia marciana a correspondência não coincide de forma conclusiva, nem sequer a teoria das dunas é defendida por muitos geólogos neste caso. Pelo menos por grande parte dos geólogos independentes fora dos círculos da Nasa.


Além disso, há aqui outra coisa em que normalmente os cépticos não costumam reparar…
Se os "Glass Worms of Mars" não passam de curiosas dunas gigantes de areia espalhadas uniformemente em termos de design por grande parte do planeta e nada mais…porque razão todas estas imagens faziam parte daquele arquivo -privado- que Malin nunca tinha divulgado ao mundo e muito menos admitido que existia ?

 

Porque faziam as imagens dos parte da lista de imagens que o próprio Carl Sagan afirmara nunca terem sido captadas ? Porque faziam as imagens dos "Glass Worms of Mars" parte da lista de fotografias que a própria Nasa acusara anteriormente os cientistas independentes de as terem fabricado em Photoshop quando algumas delas vieram a público antes da divulgação obrigatória e inevitável ?


Há argumentos contra e a favor da artificialidade sobre esta anomalia por todo o lado. E infelizmente também já há muita palha completamente imbecil escrita pela internet fora. Tanto do lado dos debunkers como dos lado das pessoas que como eu supostamente deveriam defender de forma séria a legitimidade do mistério.


O facto é que como foi bastante bem comentado e até demonstrado na altura em que a polémica estava ao rubro, mais de 80% dos geólogos americanos que na altura defendiam a tese de origem natural em artigos espalhados pelos media da ortodoxia científica, eram geólogos da Nasa ; enquanto do resto do mundo vinha precisamente opiniões contrárias no sentido completamente oposto e praticamente a grande maioria dos cientistas europeus que comentaram o caso, apontavam para que a anomalia não fosse de todo constituída por dunas mas sim por qualquer outra coisa que merecia ser investigada mais em detalhe.


Outro pormenor curioso que raramente foi mencionado pelos geólogos da Nasa é o facto destas -dunas- que supostamente formam os "The Glass Worms of Mars" não só também saírem de dentro de canyons ou atravessarem penhascos como ainda por cima se formaram aparentemente com a mesma estrutura em locais onde os próprios geólogos americanos admitiram não haver sequer grande hipótese de interacção com os ventos marcianos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

E é precisamente nesses locais mais abrigados que inclusivamente  as dunas também se cruzam e interligam partindo em novas direcções, o que obviamente ainda levou mais gente a apontar a hipótese de tudo isto ser mais do que apenas simples montes de areia estrategicamente posicionados em padrões reconhecíeis pelo olho humano. Oficialmente a anomalia continua a ser considerada um agrupamento de dunas curiosas formadas por processos naturais que ainda não sabemos explicar.


Os "Glass Worms of Mars" tal como foram mostrados ao mundo nas fotos descobertas nos arquivos de Malin, não só fazem parte de uma rede estrutural de formações anómalas que parecem realmente ter ligado grande parte do planeta num passado muito remoto, como ainda por cima, parecem atravessar o subsolo em vários pontos da geografia marciana saindo precisamente do lado oposto com as mesmas características com que entraram, mesmo que esses dois pontos distem milhares de quilómetros um do outro e teoricamente toda a geografia e geologia em redor seja naturalmente diferente.

 

Diferente com excepção claro, destas “dunas curiosas” que mantêm sempre as mesmas propriedades “naturais” independentemente do que as supostas leis da natureza tenham a dizer sobre os mecanismos de formação geológica, até das estruturas que as cercam na paisagem em redor.
Por este prisma, na verdade tanto as “Florestas de Clarke” como os "The Glass Worms of Mars" serão bem mais anómalos que a própria Face on Mars.


Curiosamente nunca o leitor mais desatento a estas coisas ouviu falar sobre qualquer polémica em redor de qualquer outra anomalia marciana que não fosse a Face on Mars pois essa é que andou sempre pelos telejornais e como tal a ideia que sempre passou para o céptico mais honesto é a de que em Marte não há mais nada de interessante ou verdadeiramente enigmático para além da já muito desmistificada Cara de Marte.


Podem ter a certeza que tal paradigma mediático não é inocente e foi sempre muito bem orquestrado pela ortodoxia científica espacial norte americana através das cuidadosas investidas mediáticas da Nasa que nunca fizeram mais do que perpetuar a atmosfera de Teoria da Conspiração que hoje envolve o tema.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Não há melhor maneira de manter um segredo do que apresentando-o ao público como uma anedota, porque na nossa sociedade enquanto alguém com autoridade científica reconhecida pelos media não dê autorização aos cépticos para prestarem atenção a qualquer tema, estes podem olhar para ele de … cara, que nunca conseguirão sequer ver o que têm na sua frente.

A SEGUIR: "Water, water everywhere !

Quer dizer, mais ou menos..."

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