A revelação da existência do Brookings Report a quando da política de libertação de documentos confidenciais durante a administração Clinton veio colocar uma resposta na velha questão do - porquê .
Depois de validado pelo próprio Dr Stan McDaniel e pelo congresso que confirmou a sua encomenda muitos anos atrás, o documento foi inclusivamente incluído no próprio McDaniels Report entregue na Nasa e no Congresso norte americano em 1993 detalhando todas as fraudes da agência espacial.
Contrariamente ao que os cépticos e debunkers querem fazer crer quando insistem em atirar toda esta temática da Teoria Arqueológica Marciana para o campo da Teoria da Conspiração e inclusivamente da ovniologia, desta vez as propostas mais polémicas não têm por base os típicos rumores sobre documentos governamentais em que a investigação ovniológica por vezes se assenta fragilmente, mas sim está fundamentada em documentos reais e confirmáveis sobre os quais não existe sequer qualquer tentativa de desmistificação por parte do mainstream a propósito da sua autenticidade. Isto porque ambos os documentos foram encomendados pelo governo norte americano em duas eras completamente distintas e fazem parte dos arquivos oficiais devido ao seu próprio valor social e histórico.
Toda aquela subjectividade que encontramos na comprovação e autenticação de documentos que legítimarão muitas da propostas que envolvem o campo da ovniologia, no caso da Teoria Arqueológica Marciana não existe. Não há quaisquer dúvidas sobre a legitimidade de ambos os relatórios ou qualquer tentativa de os desmistificar pois são documentos reais. Portanto não existe qualquer polémica em seu redor.
Como tal se não existe, a grande questão aqui é porque razão os cépticos continuam a tentar remeter este tema para o campo da Teoria da Conspiração ? É que desta vez temos documentos do governo que não são sequer relatórios subjectivos mas detalham pormenores concretos confirmados até pelo próprio congresso. Não apenas um documento, mas dois. Não necessitam de ser autenticados porque simplesmente nunca estiveram propriamente ligados a qualquer segredo obscuro.
Mesmo apesar do Brookings Report ter andado alheio dos olhos do público durante bastantes décadas.
Não por qualquer conspiração da Nasa, mas porque também se calhar não convinha muito que este fosse referido; em particular depois da primeira desmistificação atabalhoada da questão da Face on Mars durante as missões Viking.
O mesmo processo de desmistificação que a própria investigação/auditoria McDaniel depois nos anos 90 colocou totalmente a nu quando descobriu e demonstrou que a Nasa sempre esteve mais interessada em ridicularizar apressadamente do que em explorar qualquer tema que fugisse àquilo que seria a cartilha oficial. E a cartilha oficial recomenda que se prepare o público muito lentamente; dita quais as coisas que devem ser consideradas como reais e quais devem ser congeladas no tempo até que se consiga demonstrar que não causarão qualquer grande impacto social que coloque em risco o paradigma no qual assenta a nossa sociedade. Em particular a americana.
Portanto volto a perguntar…Onde está a Teoria da Conspiração em tudo isto ?
Se de um lado o Relatório McDaniel veio colocar a nu todas as irregularidades e total falta de método científico na forma como o sistema desmistifica a Face on Mars e qualquer anomalia de Marte junto da comunicação social, do outro temos um relatório sociológico encomendado precisamente pelo Estado norte americano a quando da criação da Nasa. Um relatório que foi fundamental para a definição das regras e determinação do modus-operandi com que a própria agência espacial se iria reger a partir da sua criação.
Mas o que contém afinal este documento ?
O Relatório Brookings foi encomendado pelo governo norte americano por várias razões.
Primeiro porque após o impacto da primeira transmissão da Guerra dos Mundos por Orson Welles e subsequente pânico social que a ideia de uma invasão extraterrestre causou apenas em algumas horas, naturalmente o Congresso ficou bastante interessado nas possíveis consequências de um dia a humanidade se poder deparar com uma verdadeira civilização extraterrestre.
Em particular porque o caso Roswell tinha dado que falar, a Guerra Fria estava presente no dia a dia e agora os Estados Unidos preparavam-se para começar a explorar o sistema solar.
Por muito fantasista que isto nos pareça agora a possibilidade concreta de a humanidade encontrar bem próximo da Terra vestígios ou indícios de uma civilização extraterrestre foi algo muito levado a sério pelas autoridades da época (até o jovem Carl Sagan estava na altura certo disso) e acima de tudo as autoridades precisavam de estar bem cientes dos riscos sociológicos que uma descoberta como essa fora do nosso planeta poderia trazer.
Independentemente do que os cépticos neste tema ainda pensem ou sequer conheçam sobre o assunto, a verdade é que isto foi algo tido em conta a quando da definição do tipo de regras e comportamentos que iriam definir a nossa conduta no espaço para onde os americanos se preparavam para partir.
E sendo assim, o governo americano tomou a melhor opção e antes de definir o que quer que fosse, encomendou um estudo sociológico pormenorizado à conceituada Instituição Brookings, na altura um dos primeiros e mais importantes -"Think Tanks" - do pós-guerra a que as autoridades recorriam para estudos prévios que lhes permitissem depois tomar decisões com base em factos concretos.
No caso da partida dos Estados Unidos para o espaço, uma coisa seria ter uma ideia e especular sobre o que poderia acontecer caso fossem descobertas provas de vida extraterrestre durante essas aventuras, outra coisa era efectuar um estudo concreto e rigoroso sobre o tipo de reacção que algo assim poderia vir a causar na sociedade.
E assim, o relatório foi produzido.
"Estudos propostos relativamente á implicação nos assuntos humanos de actividades espaciais pacificas."
FACE ON MARS
PARTE 11
"O "BROOKINGS REPORT" e a resposta ao - "porquê?""
"[...] Este relatório foi preparado para a "National Aeronautics and Space Administration"
por contrato para com a Instituição Brookings de Washington D.C.
O relatório não representa necessáriamente a posição do comitée ou de qualquer dos seus membros.
No entanto o comitée acredita que este seu esforço, que está entre os primeiros na identificação
e categorização das implicações de longo curso para a sociedade Americana no que se refere á exploração espacial, deve receber uma divulgação ampla pretendendo ser um estímulo
ao pensamento e á futura tomada de decisões nesta importante área."
Pag. 215 e 216
"As implicações da descoberta de vida extraterrestre.
A recente publicidade dedicada aos esforços para se detectarem mensagens extraterrestres via rádio-telescópio, popularizou e legitimou especulações sobre o impacto de tal descoberta nos valores humanos.
Será concebível que exista vida semi-inteligente em qualquer parte do nosso sistema solar, ou vida altamente inteligente, mesmo não sendo técnologicamente orientada; e muitos cosmologistas e astronautas pensam que será bem provável que exista vida inteligente em muitos outros sistemas solares.
Enquanto, encontros cara-a-cara com essa vida, não ocorrerão nos próximos 20 anos, (a não ser que a sua técnologia muito mais avançada que a nossa lhes permita visitar a Terra), artefactos deixados no passado por essas formas de vida poderão vir a ser descobertas pelas nossas actividades espaciais na Lua em Marte ou Venus.
Se algum contacto vier a ser efectuado durante os próximos 20 anos será mais provável que seja por rádio - o que indicará que esses seres ao menos estarão equiparados ao nosso próprio nível tecnológico.
A reacção de um indivíduo a esse contacto rádio, dependerá em parte do seu background cultural, religioso e social além de também depender das acções daqueles considerados os líderes e autoridades na altura; o seu comportamento irá também depender do seu próprio ambiente cultural, social e religioso.
A descoberta irá certamente ser primeira página por todo o lado; o grau de repercussão política ou social irá provávelmente depender da interpretação dessa liderança em relação a (1) o seu próprio papel pessoal na questão, (2) ameaças a esse papel (3) oportunidades a nível nacional e pessoal de tirar vantagem da agitação ou de um reforço nas atitutes e valores de outros. Já que a liderança por si só, poderá necessitar de galvanizar a direcção e intensidade das reacções públicas, para reforçar a sua própria força moral e poder de decisão, será da maior vantagem que exista algo mais em que se basear do que apenas opiniões pessoais sobre as opiniões do público ou de outros grupos de liderança.
O conhecimento de que existe vida noutras partes do universo, poderá conduzir a uma maior união entre os homens da Terra, tendo por base a “singularidade” do próprio homem e no velho pressuposto de que qualquer estranho será à partida - uma ameaça.
Muito irá depender do que (se algo) for comunicado entre o homem e os outros seres: após a descoberta haverão anos de silêncio (porque até a estrela mais próxima está a anos luz de distância, uma comunicação rádio levaria o dobro dos anos luz que separam o sol da estrela deles. O facto de tais seres existirem, poderá ser apenas mais uma daquelas -coisas da vida- mas onde não precisemos necessáriamente de tomar uma acção imediata.
Que os terrestres se sintam inspirados (ou não) por tal descoberta a incentivar os nossos esforços na exploração do espaço é uma questão a comprovar.
Os ficheiros de antropologia contêm muitos exemplos de sociedades convencidas do seu próprio lugar no universo, que foram desintegradas quando conviveram com outras sociedades anteriormente desconhecidas, com os seus costumes e modos de vida ou com deias diferentes. Aquelas que sobreviveram a tal experiência normalmente fizeram-no tendo de pagar o elevado preço da mudança nos seus valores, atitudes e comportamentos
.Já que vida extraterrestre poderá vir a ser descoberta a qualquer momento através de radio telescópios em pesquisas actualmente em desenvolvimento e já que as consequências de tal descoberta são presentemente imprevisíveis devido ao nosso conhecimento limitado sobre o nosso comportamento na proximidade de tão dramáticas circunstâncias, duas áreas de estudo podem ser recomendadas:
- Estudos continuados de modo a determinar a compreensão ou atitudes emocionais / intelectuais e a sucessiva alteração das mesmas (se tal acontecer) a partir da possibilidade de descoberta de vida extraterrestre.
- Estudos históricos e empíricos a propósito do comportamento das pessoas e dos seus líderes quando confrontados com acontecimentos dramáticos, que não lhes sejam familiares ou pressões sociais.
Tais estudos poderão ajudar á criação de programas que facilitem o conhecimento e adaptação ás implicações de tal descoberta.
As questões que poderão querer ver respondidas por esses estudos deverão incluir:
- De que forma tal informação poderá ou deverá ser apresentada ou em alternativa - escondida do público - e com que propósito.
- Qual poderá ser o papel dos cientistas descobridores e de outros responsáveis pela decisão na divulgação de tal descoberta ? "
A partir daqui o documento remete para uma área mais “caseira” a propósito dos riscos da exploração espacial, da relação entre os astronautas e as suas famílias debaixo do stress do próprio projecto e vários outros aspectos menos polémicos embora relevantes na altura que foram também plenamente considerados, pois as recomendações foram seguidas.
O aspecto religioso não foi no entanto descurado e também foi óbviamente incluído no estudo, não apenas de uma forma interna no que toca ao continente americano mas inclusivamente também foi alvo de uma abordagem numa perspectiva verdadeiramente global.
“ A posição das maiores congregações religiosas Americanas, seitas Cristãs e religiões orientais necessita clarificação.
Considerem o seguinte:
As seitas fundamentalistas e anti-ciência estão a crescer á volta do mundo e enquanto missões missionárias contarão com escolas e uma boa quantidade de literatura a elas associada.
Uma coisa importante tem a ver com o facto de onde estas estiverem activas, o seu apelo junto dos iletrados e semi analfabetos (incluindo missões, pregadores ou congregações) é determinante, e podem acumular um grande número de seguidores.
Para eles, a descoberta de outra vida - em alternativa de outra descoberta no espaço - seria um choque. Até porque as principais de entre essas seitas, são largamente internacionais na sua forma de actuar e em alguns lugares são inclusivamente não apenas uma fonte de notícias, como também os principais distribuidores de material para consumo para os media, um importante centro na interpretação de valores, uma instituição social centralizada e uma instituição educativa.
Sendo assim, estudos adicionais precisam de ser realizados, tanto nos seus centros com nas igrejas e missões a propósito da sua atitude para com a ideia de actividades espaciais e vida extraterrestre.
Adicionalmente, devido ao próprio efeito internacional de actividades espaciais e no evento de se vir a descobrir vida extraterrestre, apesar de as actividades espaciais não estarem internacionalizadas, é muito importante ter em atenção as outras religiões importantes.”
De seguida o documento entra por considerações particulares sobre o papel dessas religiões, e passa também por referir que a descoberta de vida extraterrestre não iria afectar substancialmente o cidadão comum mais independente após o choque inicial.
Curiosamente o relatório conclui que o grupo social que mais seria afectado com a descoberta de vida extraterrestre com que pudéssemos interagir seriam surpreendentemente (ou talvez não), os cientistas, devido precisamente á sua posição dogmática e ao seu papel de dominadores da natureza, originadores de conhecimento, etc e que poderão ver todos os seus paradigmas devastados de um momento para o outro com a chegada de uma civilização de conhecimentos superiores que desmistifique ela própria tudo o que julgamos saber sobre o universo.
Haveria muito mais para dizer sobre o Relatório Brookings, mas o leitor se quiser mais detalhes terá de o procurar por sua conta. Existem vários sites onde poderão obte-lo gratuítamente e inclusivamente já está actualmente publicado na forma de livro que poderão adquirir na amazon.com
Quem tiver dúvidas de que este documento sequer exista para além de “um livro conspirativo” como muitos classificarão a referência acima, fique o leitor a saber que este relatório foi também parcialmente divulgado a 15 de Dezembro de 1960 no New York Times no artigo intitulado:
“MANKIND IS WARNED TO PREPARE FOR DISCOVERY OF LIFE IN SPACE:
Brookings Institution report says Earth´s civilization might topple if faced by a race of superior beings.”
“Humanidade está alertada para que se prepare para a descoberta de vida no espaço: O relatório da Instituição Brookings afirma que a civilização terrestre poderá desmoronar-se quando confrontada com a existência de uma raça de seres superiores.”
O artigo reproduz essencialmente alguns dos mesmos aspectos principais do relatório que eu também já reproduzi mais atrás.
Para quem estiver também já a pensar que isto não passa outra daquelas falsificações que povoam o mundo da ovniologia, então faça como eu fiz há dez anos atrás e confirme que a notícia é real junto do jornal contactando-o através do site.
Para além desta referência em destaque no New York Times de 1960, o Brookings Report foi também usado na ficção-científica precisamente no fabuloso “2001 Odisseia no Espaço” de Stanley Kubrik.
O próprio Kubrik confirma na (famosa e detalhada) entrevista que deu à Revista Playboy na altura do lançamento do filme que todo o conceito para o mesmo em termos de representação social foi inteiramente baseado no relatório da Instituição Brookings. Inclusivamente no início da história é usada uma versão alternativa das recomendações entregues à Nasa por essa instituição, quando no filme se mostra a chegada de Heywood Floyd à lua e numa reunião secreta de cientistas é decidido esconder-se da população a descoberta do famoso monólito encontrado na superfície lunar.
O leitor pode ler toda a entrevista a Stanley Kubrik aqui em:
http://paulnahm.blogspot.pt/2010/06/playboy-interview-wstanley-kubrick-in.html
A revelação de que o Brookings Report se encontra na base das linhas de conduta que estiveram na origem da própria formação da Nasa (como depois foi posteriormente comprovado pelo Relatório McDaniel nos anos 90), trouxe aos investigadores independentes a peça que faltava.