Quem como eu tem acompanhado ao longo dos anos todas estas mudanças, "inverdades" e oficializações tem notado claramente vários tipos de fases nesta polémica. Curiosamente acontecem mais ou menos de dez em dez anos ou de duas em duas missões a Marte.
Uma das coisas que desta vez não parece ter passado tão despercebido é a forma como a Nasa reage actualmente a análises independentes do material que recolhe.
Apesar de naturalmente, nem os cépticos nem os debunkers terem prestado atenção, actualmente o método da Nasa já não é o de ridicularizar constantemente qualquer investigação independente, até por causa da reputação e prestígio académico de muitos cientistas -a sério- que se foram envolvendo no assunto ao longo dos anos.
É óbvio que continuam as piadinhas nos media sobre malucos de ovnis, homenzinhos verdes, pseudo-cientistas e afins, mas em termos de debunking profissional a coisa parece ter acalmado.
Pelo menos no aparecimento de novos métodos de descrédito a coisa tem andado algo parada.
Os artigos -científicos- habituais continuam a ser publicados nas -revistas da especialidade- provando claramente que não há nada em Marte a não ser pó e pedras (agora pelo visto também gelo ou eventualmente- água) e as mesmas fotos da manipuladas da Face on Mars continuam a ilustrar todos os artigos cépticos junto dos media, como se nada se tivesse passado na demonstração da sua origem fraudulenta.
Os media não notam, os cépticos não acreditam por que não viram nos media e os debunkers não querem saber porque só lêem o que está no website da Nasa visto que qualquer site independente é logo rotulado de conspirativo e o seu valor informativo é pura e simplesmente desprezado.
Apesar disso, todo o material céptico de debunking que encontramos actualmente a circular pelos media recicla apenas o que já se argumentou décadas atrás. Inclusivamente até documentários científicos mainstream actuais quando referem assuntos mais polémicos vão fundamentar a sua posição céptica com o mesmo material que não só já foi desmontado perante o Congresso norte americano décadas atrás como também pelo McDaniel Report. Material que continua a ser utilizado no debunking profissional como se nada de revelador tivesse ocorrido.
Não foi em frente às câmeras de Tv, não aconteceu. Especialmente para os debunkers amadores.
Curiosamente nada disto é referido em qualquer artigo ou documentário, pois a partir do momento em que este tipo de informação fosse incluída num programa mainstream oficial, ele teria obrigatoriamente de dar imensas explicações e iria resvalar para o tal território desconfortável da - Teoria da Conspiração - onde nenhum debunker a sério se quer ver envolvido, claro está.
Por isso o que não se comenta, não se sabe.
Especialmente porque tudo se passou há décadas e actualmente já temos uma nova geração de cépticos e debunkers que ainda são mais fáceis de manipular do que os das gerações anteriores.
Afinal estes vivem na -Era da Informação- e como tal à partida julgam-se plenamente informados sobre tudo, logo não precisam de saber mais nada. E para os que precisarem conhecer mais -sobre a verdadeira ciência- lá estará a Nasa para lhes explicar muito bem aquilo em que devem acreditar, pois estes acreditam que só nessas fontes oficiais podem obter conhecimento válido.
Posto isto, obviamente que em relação à súbita mudança da cor do céu de Marte nem uma linha oficial; como nada de anormal alguma vez se tivesse passado. Muitos dos artigos que demonstram -cientificamente- que Marte só pode ter céus vermelhos continuam inclusivamente online nas páginas dos debunkers a soldo da Nasa como no caso do site de Phil Plait por exemplo (detalhes mais adiante). Não deixa de ser hilariante o senhor ter ridicularizado e continua a ridicularizar todas as teorias que desmontam a cor vermelha do céu marciano como sendo Teorias da Conspiração quando neste preciso momento a Nasa está farta de mandar para os media imagens do planeta com -"céu terrestre”- que contradizem as provas totalmente -científicas e irrefutáveis- que Plait usou durante mais de uma década na sua argumentação sempre muito racional e altamente considerada pelos cépticos e debunkers como sendo - a única verdadeira explicação em que se deveria acreditar. Isto chega a ser hilariante.
Portanto em termos de debunking agressivo a coisa tem andado um bocado calma nos últimos anos.
Como nada passou sobre o Brookings Report e muito menos sobre a investigação McDaniel nos meios de comunicação fora dos Estados Unidos, também sobre isto continua a não haver qualquer comentário digno de importância.
A posição oficial é a de não lhe atribuir destaque quando são obrigados a comentar o assunto, apesar de no entanto se terem gasto milhões do próprio Estado para elaborar aqueles documentos na época. Mas como tudo isto é sempre muito subjectivo, não deixa de ser muito engraçado constatarmos que quando interessa para a Nasa evidenciar qualquer feito glorioso, estes são -documentos históricos; quando o assunto se torna mais polémico então já não são merecedores de destaque.
Actualmente a estratégia de debunking da Nasa passa pura e simplesmente por ignorar.
Tudo o que já foi argumentado continua válido na ideia dos cépticos e debunkers pelo mundo inteiro e como tal no que funciona não se mexe.
Até porque tudo o que aparenta ser plenamente racional já aparenta estar muito bem fundamentado aos olhos dos leigos e para a maioria da opinião pública isso é quanto basta para nem pensarem mais no assunto.
Mas uma coisa mudou.
Onde antes se alteravam fotografias e aplicavam filtros e névoas em cima de pormenores que não deveriam ser evidenciados, a partir do momento em que toda a gente em casa com um Photoshop passou a conseguir detectar esses tipos de foto-montagens primitivas e "amadoras", a estratégia da Nasa mudou.
Hoje em dia passa por libertarem imagens a público (sem estarem na resolução máxima) e portanto mesmo que estas contenham anomalias evidentes, curiosas e inexplicáveis, nunca há qualquer comentário por parte da Nasa sobre o que aparece nas fotografias.
Nem contra, nem a favor. Silêncio apenas.
A ideia parece ser a de atirar a público o maior número de imagens possível mesmo que estas contenham detalhes dignos de suscitarem dúvidas fascinantes e que anteriormente seriam disfarçados fotograficamente. Actualmente a manipulação e fraude fotográfica já não é tão comum como há duas décadas atrás, mas é mesmo por aí que o debunking profissional hoje joga.
Pela dúvida.
As imagens estão no ar, raramente se encontra uma "névoa" ou um "embaciamento" nos pormenores. Ainda existem em alguns pontos fulcrais, mas já nem se compara à quantidade anómala de pixeis aumentados e desfocagens de imagem que eram regra geral em práticamente todas as fotografias que poderiam suscitar mais debate e pedidos de clarificação científica por parte da comunidade independente, anos atrás quando o cidadão comum ainda nem sequer sabia o que era um Photoshop, quanto mais sonhava que poderia vir a ter um em casa.
Hoje a tendência é o oposto do que se costumava observar em muitas fotografias oficiais de Marte até o Relatório McDaniel ter contribuído para ajudar a controlar a brincadeira; detalhando todos os procedimentos científicos ilógicos e portanto suspeitos ao Congresso norte americano no seu relatório oficial sobre o comportamento anti-científico da Nasa.
O que temos hoje em dia é uma grande quantidade de imagens fascinantes cheias de anomalias sobe as quais a Nasa não diz uma palavra.
Muita gente especula que será uma preparação para mais tarde. Assim quando confrontada com uma evidência de artificialidade absolutamente irrefutável a Nasa poderá argumentar que também estava por dentro do assunto pois nunca escondeu nada à população. Nenhuma fotografia das missões mais recentes foi escondida; a Nasa apenas não comentou o que mostrava na altura por estar - a investigar a anomalia…
Esta nova atitude em relação ao material fotográfico também é uma mais valia para eles. Notem que o facto de material fotográfico poder ser agora acedido por milhares de pessoas espalhadas pelo mundo inteiro debruçando-se sobre elas com os seus programas de edição gráfica em busca de anomalias, faz com que o número desites de verdadeiros malucos da conspiração surjam como cogumelos, pois toda a gente hoje em dia parece andar a ver artificialidade em tudo o que são pedras marcianas.
Sendo assim, mais uma vez adverto o leitor para o seguinte…
Sites sobre Marte é o que mais há pela internet, mas cuidado com muito do seu conteúdo, pois grande parte das vezes apesar de bem intencionados fazem mais pelo descrédito da Teoria Arqueológica Marciana do que ajudam a legítimar o tema. Naturalmente nem eu estou isento desse risco.
É nesta fragilidade da internet que a Nasa se apoia neste momento e portanto imagens da superfície marciana é coisa que não falta e pelo que se tem notado, muito pouca manipulação descarada das mesmas tem acontecido; de forma evidente pelo menos.
Agora despejam-se imagens por todo o lado. Nada como excesso de informação para fazer com que as pessoas se desinteressem.
A partir do momento em que muita gente se sente plenamente informada, deixa de prestar atenção ao tema e é esta a grande estratégia da Nasa actualmente, pois nada como colocar à frente de toda a gente aquilo que desejam ocultar.
Inundando a internet com imagens sem lhes adicionar qualquer comentário torna toda e qualquer interpretação bem mais subjectiva e é com isso que a Nasa conta neste seu continuo processo de ocultação e revelação a conta-gotas sobre o que realmente já foi descoberto em Marte décadas atrás.
FACE ON MARS
PARTE 13
"Novas tácticas, velhos pressupostos."
Portanto, no fim disto tudo o que há ainda mais para dizer sobre a famosa Face on Mars?…
Bem, após todos os casos que comentei atrás, já ocorreram várias missões a Marte com novas sondas onde Michael Malin foi sempre pressionado para re-fotografar publicamente Cydonia e de todas as vezes o resultado foi essencialmente o mesmo.
Enquanto Malin esteve à frente do departamento fotográfico das missões em Marte o panorama não mudou e as imagens continuaram a sair não só a conta gotas como a sua "data" continuou a ser "preparada" antes de cada apresentação ao público; principalmente no que se relacionava com as "fotografias" da Cara de Marte, por isso nem sequer vale a pena para mim continuar a comentar mais detalhadamente sobre este período pois estaria a repetir-me sobre o essencial do assunto e poderão descobrir ainda mais detalhes sobre este mais à frente no desenvolvimento deste meu trabalho.
O panorama mudou ligeiramente nos últimos anos desde que a administração Obama substituiu muito do pessoal chave na direcção da agência espacial. O último director praticamente teve que ser arrastado "kicking and screaming" do cargo quando Obama chegou ao poder embora no fim tenha sido substituído por alguém da confiança da nova administração longe da influência Bush Jr que até então parecia bastante interessada no que saia...ou não devia sair...da Nasa, como ficou bem demonstrado na reportagem da CBS que já referi mais atrás.
O assunto da Face on Mars, oficialmente continua encerrado e o público também está satisfeito com o que lhes foi mostrado ao longo dos anos, pois independentemente da origem das fotografias, do controlo e manipulação fotográfica da Malin Systems, o facto é que essas são as imagens que ficaram para sempre seladas nos media. E sendo assim para a totalidade dos cépticos e debunkers essas imagens não causam dúvida alguma; são claramente imagens em alta resolução, perfeitamente nítidas onde se prova sem margem para dúvida que a popular formação não passa mesmo de um grande monte de pedras e poeira.
O efeito - ver para crer.
O facto das fotografias mais recentes da ESA também mostrarem aparentemente algo parecido ao que foi apresentado pelas câmeras de Malin, selou em definitivo qualquer argumento racional do céptico mais honesto ou a contra-argumentação do debunker mais raivoso.
Mas uma vez também aqui o -ver para crer- entra em acção como componente psicológica junto do leigo mais comum pois as pessoas nem sonham que o que interessa neste campo da fotografia planetária hoje em dia, não é como as imagens aparecem aos olhos do observador , mas sim a quantidade real de "data" importante e acima de tudo, -analisável- que cada "fotografia" pode conter.
Como também já referi mais atrás, aí é que está a diferença entre a Face on Mars da Malin Systems e a Cara de Marte da ESA.
Na primeira está estranhamente ausente toda a -data- importante que já tinha sido demonstrado existir nas versões de baixa resolução originais; enquanto na segunda apesar de visualmente o resultado parecer ser idêntico aos olhos do observador comum, estas imagens contêm no entanto muito mais informação relevante que ainda hoje continua a ser analisada pelos investigadores independentes e tem inclusivamente contribuído para que a ESA não se envolva de todo nestas polémicas até existirem dados mais concretos.
O interesse do público também mudou.
Dos anos 90 onde a polémica estava ao rubro por causa das fraudes fotográficas da Nasa, a coisa passou para os Rovers. A partir do momento em que o assunto da Face on Mars foi oficialmente enterrado nos media, a própria Nasa encarregou-se de fazer tudo para popularizar as missões dos rovers que têm sido enviados para Marte.
Inicialmente a coisa correu bem, com os rovers Spirit e Opportunity, até que estas missões e principalmente a Pathfinder também se depararam com coisas que se calhar não seria bom terem encontrado logo de repente.
Ainda há bastantes coisas interessantes para contar sobre os detalhes que existem na Face on Mars, mas o leitor poderá acompanhar o que ainda falta precisamente na secção sobre anomalias marcianas mais á frente neste trabalho, até porque preciso de voltar a falar sobre esta anomalia clássica como não podia deixar de ser e portanto remeto tudo o que ainda falta dizer sobre esta estrutura precisamente para mais daqui a pouco.
Irão gostar, pois ainda há muito para dizer.
Estes capítulos iniciais foram só uma introdução mais profunda sobre o tema pois dado a importância da Face on Mars achei necessário complementar logo de inicio, se é que isto faz sentido, o que de seguida também poderão ler no historial genérico de toda a Teoria Arqueológica Marciana e obviamente poderão descobrir no capitulo sobre anomalias.
Por agora venham comigo conhecer toda a história da polémica pois é absolutamente essencial que o façam antes de avançarem para os capítulos sobre anomalias mais à frente para que o impacto seja ainda melhor.