FACE ON MARS
PARTE 07
"Ver para crer ?!... Tomem lá mais "fotografias" !"
Na curiosa data de 11 de Setembro mas em 1997, mais uma vez debaixo de intensa pressão política do Congresso, (que não esqueceu o relatório McDaniel nem o conveniente eclipse da Mars Observer em 93), a Nasa viu-se obrigada a tirar então as fotografias que a comunidade independente pedia, sempre contra a vontade de Michael Malin.
Surpreendentemente, ou talvez não desta vez a nova sonda Mars Global Surveyor já não desapareceu.
Afinal até para a Nasa daria demasiado nas vistas, começarem a desaparecer sempre naves na altura em que os seus responsáveis eram obrigados a fotografar Cydonia por se encontrarem debaixo dos holofotes mediáticos.
E pronto, desta vez lá tiveram que tirar novas fotos da Face on Mars, mas não antes de se certificarem que com estas fariam o pior trabalho fotográfico possível.
Não só captaram as imagens com a pior luz à escolha em qualquer uma das órbitas como ainda por cima -“prepararam”- as imagens para serem apresentadas ao público até bem demais, como mais tarde foi novamente muito bem demonstrado e desmontado pela comunidade independente; mas que no entanto continua a ser igualmente de desconhecimentogeral. Especialmente em Portugal.
As fotografias que -“provaram”- aos media que tudo não passava afinal de um monte de pedras, (como a Nasa sempre afirmara), além de terem sido tiradas numa altura em que a luz solar apontava vinda por debaixo do “queixo” da estrutura, ainda por cima foram captadas do pior ângulo possível !
Não eram as imagens frontais nas condições que os cientistas independentes pediram.
Não eram as fotografias em alta resolução que se pediam serem tiradas no ângulo original captado em 1977. O ângulo que toda a gente pedia ser fotografado de modo a haver uma base real de comparação entre as imagens. Não existe qualquer razão técnica para a Nasa ter feito um trabalho tão mau e portanto só se poderá concluir que foi de propósito que Michael Malin escolheu propositadamente uma órbita da pior altura do dia marciano para obter as imagens que desta vez estava mesmo obrigado a captar e portanto havia que despachar o assunto da forma menos cuidadosa possível.
O leitor em frente ao espelho no escuro experimente apontar uma lanterna por debaixo do queixo e irá obter aquela típica distorção facial com que se brinca aos fantasmas, ou ao Halloween criando o típico visual “sobrenatural” humorístico.
A isto, peça a alguém para lhe tirar uma fotografia a preto e branco apenas de um quarto do seu rosto e ainda por cima de um ângulo inferior perpendicular e não directamente de perfil.
De seguida coloque a imagem no computador e aplique-lhe um filtro de ampliação de contornos distorcendo ainda mais toda a luz original da fotografia, eliminando o ângulo de emissão, achatando tudo o que seriam volumes captados e transformando-os em pixeis aleatórios. Faça isto e terá mais ou menos uma cópia da forma como a famosa “catbox photo” foi obtida.
A mesma "fotografia" que depois passou (e ainda passa) em todos os telejornais do mundo como prova absoluta de que a Nasa sempre teve razão e tudo o mais serão Teorias da Conspiração dos tais pseudo-cientistas, obviamente…
O que os telejornais não disseram foi que a própria imagem ao mesmo tempo que passava nos media em todo o mundo, estava já a ser plenamente desmontada pelos grupos científicos independentes que nem queriam acreditar no que a Nasa estava a passar como sendo uma fotografia real e legítima por todo o lado !
Pior ainda, não queriam acreditar que o público acreditasse.
E a tal ponto a nova imagem foi desmontada pela comunidade independente que a própria Nasa, mais uma vez debaixo de várias pressões políticas, mais tarde veio confirmar que realmente tinham adulterado não só essa, como todas as outras fotografias que apresentaram aos media como prova inequívoca da naturalidade da Face on Mars.
Obviamente nesta altura já sem qualquer circo mediático e hoje só encontrarão menção a essa mea-culpa nos arquivos dos vários debates radiofónicos sobre o assunto que têm ocorrido ao longo dos anos.
O mal estava feito, a estratégia tinha claramente resultado (ao melhor estilo já anteriormente apontado pelo McDaniel Report) e estava para sempre selado nos media que a Face on Mars seria apenas um monte de rochas, pois para o céptico desinformado a Nasa até tinha mostrado fotografias na televisão e tudo !
E como toda a gente sabe a Nasa não mente.
Além disso, ver para crer !
Mas afinal o que se passou com a agora famosa “catbox photo” ?
Correndo o risco de voltar a cruzar informação que já comento noutra parte deste trabalho, o que se passou foi o seguinte…
Primeiro, “catbox” porquê ? Porque na altura em que a Nasa libertou ao público a foto “preparada” para ser mostrada, o acontecimento estava a ser acompanhado em directo em debates na rádio e foi num desses programas, mais propriamente no “Coast to Coast AM” que o conhecido radialista norte americano Art Bell, olhou para a imagem e estupefacto disse brincando que aquilo mais parecia a caixa de areia dos seus gatos do que uma fotografia real.
A partir desse comentário a "catbox image", ficou para sempre como símbolo da desinformação fotográfica graças à popularidade da designação desde esse momento e pela própria quantidade de pixeis fabricados que se podem ver a olho nu fruto da aplicação de um filtro de “noise” mais que evidente e totalmente desnecessário.
Nisto do - ver para crer - há no entanto um pormenor a que a maioria do público não presta qualquer atenção.
Uma imagem, particularmente uma fotografia já não é o mesmo objecto que as pessoas conheciam dos tempos em que se fotografava analógicamente. Uma “fotografia” digital para o comum dos mortais, parece exactamente igual a uma fotografia tirada analógicamente (com rolo, obrigando a revelação tradicional, etc), mas na verdade essa ideia é pura ilusão e é a perfeita demonstração de como os olhos não são o melhor meio de se verificar a legitimidade de muita coisa, especialmente no caso da Face on Mars.
Se a legítimação da proposta artificial neste caso, estivesse dependente de uma verificação visual simples como o público a entende há muito que não haveria material para analisar em condições. Até porque a Nasa se encarregou de que isso acontecesse ao longo dos anos. Isto de forma a ridicularizar o tema na opinião pública, como bem demonstrou a investigação apresentada no McDaniel Report em 1993.
Uma imagem digital apesar de visualmente aparentar ser exactamente igual a uma imagem tirada com uma câmera tradicional, não é a mesma coisa. Aliás, com o aparecimento e democratização das câmeras digitais no mercado, pode-se dizer que há quase duas décadas ninguém tira uma fotografia; por muito estranho que isso possa parecer a quem me está a agora a ler.
Os americanos têm inclusivamente o termo “imaging” para designar o acto de -“fotografar"- e actualmente é a perfeita definição para a captação de imagens digitais pois isso tecnicamente actualmente já não é bem o mesmo que - fotografar - à moda antiga.
Não da forma como as pessoas ainda pensam na fotografia.
Mas o que há com as fotografias digitais ? Não são fotografias ?
Visualmente podem parecer que sim e em termos práticos para o fotógrafo na verdade não há diferença. A imagem tem de ser captada usando precisamente os mesmos parâmetros tradicionais que sempre foram importantes; abertura, exposição, está tudo lá e continua a ser fundamental para uma fotografia digital bem sucedida.
Então qual a diferença ?! A diferença, está no facto de que enquanto antigamente numa fotografia analógica uma imagem podia ser alterada quando se recorriam a processos tradicionais de foto-montagem no típico laboratório, actualmente as possibilidades de alteração vão muito para além daquilo que se podia mudar tradicionalmente.
Enquanto que dantes, o principal numa manipulação fotográfica seria a foto-montagem, a alteração de cor ou até algum esbatimento de definição, actualmente quem -“prepara”- o que se entende hoje por -"fotografia"- pode ir muito mais longe! E quando digo longe quero dizer, pode inclusivamente retirar da própria imagem final inúmera informação que foi no entanto inicialmente captada pela câmera digital de uma forma bem peculiar.
O facto de uma imagem digital ser essencialmente composta por zeros e uns, quando descodificada toda essa -“data”- pode ser traduzida visualmente de forma a ser reconhecida pelo olho humano; ora acontece que isto remete a base da imagem para algo bem diferente do que existia anteriormente e o público não tem a noção do quanto as coisas mudaram.
Enquanto antigamente o que se manipulava numa fotografia eram essencialmente os pixeis que a compunham quando revelada, actualmente quem prepara a transição da -“data”- que compõe uma -“fotografia”- para que esta possa ser convertida em algo reconhecível pelo olho humano, pode essencialmente escolher que tipo de pixeis deverão aparecer na imagem final e inclusivamente que aspecto esses pixeis podem ter !
Mais ainda; não só pode escolher deixar alguma -“data”- de fora, como inclusivamente em suporte digital, pode até retirar praticamente toda a -“data”- importante que detalhe uma fotografia e mesmo assim apresentar aos olhos do público uma imagem que para o leigo irá parecer fantástica porque -estará- na mesma totalmente nítida !
Como o que o público pede nesta polémica é sempre o -ver para crer-, essencialmente a Nasa entregou aos media e ao público, aquilo que o público pedia.
Foi o que se passou com as populares “fotografias” da Face on Mars obtidas pela Mars Global Observer e que foram prontamente usadas mais uma vez pela agência espacial americana para desacreditar a anomalia junto dos media e da opinião pública que caíram que nem patinhos na estratégia.
Um bom exemplo de como afinal nesta suposta era da informação ainda é mais fácil enganar a população do que antigamente.
As pessoas caíram no truque, precisamente porque ninguém lhes explicou que uma fotografia digital já não pode ser usada como objecto de -ver para crer- porque acima de tudo há muita forma de se -“preparar” - uma imagem (até que esta fique a parecer aquilo que o leigo acha que deve ser -uma fotografia-) e ainda para mais, quando se está na posição da Nasa! Que recordo; na altura em que estas decisivas fotografias foram tiradas, ainda delegava todo o controlo e preparação de imagem à empresa de Michael Malin.
O mesmo Malin que sempre -“preparou”- as fotos mais polémicas de forma diferente do que fazia para libertar ao público as fotografias regulares, como bem ficou provado a quando do inquérito sobre a sua conduta tendo o senhor se recusado a justificar as suas acções de forma satisfatória perante a comissão de inquérito do senado. E mesmo assim nada lhe aconteceu, estando protegido por uma estratégica clausula de sigilo comercial muito bem implementada no seu contracto com o JPL que essencialmente lhe garantiu imunidade perante a lei para falsificar o que bem entendesse com o consentimento da Nasa sem que ninguém pudesse ser acusado do que quer que fosse.
Mesmo perante um inquérito no senado.
A lei americana tem destas coisas e alguém sabia muito bem o que estava a fazer quando contratou a empresa e Malin com um contracto tão blindado como este que o senhor dispunha na época.
Longe da obrigatoriedade de apresentar as imagens em directo à medida que iam sendo recebidas, obviamente que Malin nunca desperdiçou o tempo “de preparação” que a lei lhe concedia.
Outra Teoria da Conspiração... - argumentam os cépticos…que nunca viram um filtro de “noise” em acção, talvez… Um tão mal empregue nunca viram de certeza !
Chega a ser ridículo.
O que a Nasa nunca pensou é que não passariam um par de anos e toda a gente em casa com um computador podia instalar um Photoshop e contemplar facilmente toda a marosca de uma forma que se calhar muita gente alguma vez julgou vir a ser possível.
Isto numa altura em que o poder de manipular imagens àquele nível técnico se cingia exclusivamente aos laboratórios de profissionais como os de Michael Malin mas agora se encontra totalmente democratizado pelos lares de todo o mundo.
Bem na verdade, como eu disse anteriormente, a verdade é que naquela época no mesmo instante em que estas imagens foram apresentadas aos media e ao mundo como prova total de que a Face on Mars não passava de um monte de pedras, a comunidade independente já tinha desmontado a fraude e poucas horas depois tinha já apresentado mais um protesto junto do congresso norte americano.
Graças a esse protesto, a Nasa foi então semanas mais tarde obrigada a responder perante uma comissão de inquérito parlamentar e foi nessa audiência que os seus responsáveis voltaram a admitir que efectivamente tinham efectivamente utilizado os filtros que a comunidade independente tinha detectado.
Portanto continuar a insistir no argumento da infantil Teoria da Conspiração para tentar escamotear os factos, não demonstra mais do que pura ignorância sobre o historial de todo o processo.
Afinal, não se esqueçam, entre os profissionais independentes estão não apenas conceituados especialistas análise de imagem, mas principalmente estão as pessoas que inventaram a própria análise de imagem digital tal como a conhecemos boje em dia.
No que toca à exploração espacial na era da fotografia digital, por muito que custe aos cépticos a verdade é que praticamente todos os grandes nomes científicos dentro dessa área que apoiam a hipótese arqueológica em Marte são os mesmos que estiveram na origem do próprio desenvolvimento técnico desse mesmo campo cientifico. Por isso porquê o termo pseudo-ciência quando se fala deste assunto ainda hoje ?!
Ou é puro desconhecimento, ou é burrice ou é apenas desonestidade intelectual.
Pela mesma altura em que Michael Malin se via encostado à parede pelos inquéritos sobre a sua conduta, os cientistas independentes encontravam-se a tentar reverter os filtros usados pela Nasa de modo a obter uma imagem o mais parecida possível com aquilo que estaria realmente na superfície e que Malin não queria que se visse.
A informação presente na "fotografia" fraudulenta da Face on Mars não era muita (pois Malin tinha-a removido quase por completo), mas graças a uma comparação com algumas das imagens originais, os cientistas independentes conseguiram aproximar a imagem distorcida daquilo que deveria ter sido apresentado originalmente.
Como podem ver a "catbox image" ganhou novos contornos quando o processo de destruição da imagem foi parcialmente revertido e recuperaram-se inclusivamente alguns pormenores característicos encontrados nas fotos obtidas pela Viking décadas atrás.
Regressaram as áreas dos "olhos" do "nariz" e da "boca" que tinham sido simplesmente achatadas na fotografia que Malin apresentara ao mundo como prova absoluta de que a Face on Mars seria apenas um monte de pedras sem interesse.
E pergunta novamente o leitor, mas qual a lógica da Nasa tentar fazer uma coisa dessas, sabendo de antemão que do outro lado haveria gente com competência para detectar mais uma fraude assim?… É simples.
O McDaniel Report em 1993, não só expôs publicamente a falta de rigor científico no que se relacionava com a exploração de Marte obrigando a Nasa durante quase 5 anos a estar constantemente debaixo de olho de várias comissões do Senado, como principalmente pela primeira vez na história tinha conseguido dar uma imagem desfavorável da seriedade da agência espacial junto de um grande segmento da opinião pública.
A mesma opinião pública que começava a pedir explicações sobre um assunto que a Nasa não poderia nem pretenderia dar.
Envolvida no estigma de Teoria da Conspiração ou não, a verdade é que a Teoria Arqueológica continuou a espalhar-se o que veio confirmar um pouco aquela velha expressão do, falem bem ou falem mal mas o que importa é que falem. Isto para descontentamento da Nasa que mesmo com toda a ridicularização sistemática feita ao longo dos anos nunca conseguiu fazer esquecer o tema com a eficácia que o tinha feito durante a desmistificação inicial da Face on Mars durante as missões Viking.
A partir do caso da “catbox photo”, o assunto da Face on Mars continuou mais do que nunca, presente nas discussões populares.
Além disso o trabalho dos investigadores independentes tinha se expandido ao estudo de muitas outras anomalias que a Nasa não pretendia que ganhassem a mesma popularidade pois se tudo o resto se viesse a tornar-se tão mainstream quanto o assunto da Face on Mars quem iníciou a descredibilização do tema arqueológico marciano iria ver a sua posição comprometida politicamente; quem sabe até judicialmente, seja enquanto indivíduo ou organização. Isto porque o Congresso já tinha demonstrado claramente que no assunto da mà utilização de fundos no que se relacionava com a exploração de Marte não estava a brincar.
Uma Face on Mars já era suficiente na cultura popular.
Para desagrado dos responsáveis da Nasa, graças ao facto do Relatório McDaniel ter ficado tão conhecido, muitas outras personalidades científicas juntaram-se nessa altura ao coro de vozes em apoio da hipótese arqueológica; entre elas como já referi, o conceituado director do observatório astronómico naval, Dr Tom Van Flandern (que realizou estudos independentes ele próprio sobre a legitimidade da hipótese artificial da Face on Mars) e inclusivamente também Arthur C.Clarke, que chegou a causar sério incómodo nos corredores da Nasa com as suas declarações a propósito do encobrimento sobre a existência de vegetação, água e até arriscando especular sobre vida animal na superfície de Marte.
Internamente na Nasa, chegaram a propor a retirada de Arthur C.Clarke do quadro de honra da agência espacial por falar demais nos media sobre o assunto; algo que graças a muita pressão externa nunca veio a acontecer pois o processo de intenção vazou para a comunicação social antes de ter tido tempo para algo mais acontecer.
Curiosamente ou talvez não, foi essa foi também a época do aparecimento de “especialistas” que livremente publicavam nas populares revistas científicas inúmeros artigos de debunking (alguns com ataques pessoais) contra tudo e todos que estivessem ligados a qualquer investigação marciana que contradissesse a versão que a Nasa insistia continuar a divulgar junto dos media (mesmo apesar de ter sido constantemente apanhada em “inverdades” na informação que divulgava).
As mesmas revistas onde durante anos foi negada a publicação de qualquer resultado das análises independentes que demonstram a artificialidade de muitas das anomalias, enchiam agora as bancas com -“provas”- e análises produzidas pela dita -ciência a sério- que demonstravam que neste assunto só havia um lado da ciência em que o público deveria acreditar e tudo o resto seriam naturalmente Teóricos da Conspiração.
Ele eram, artigos em revistas, peças em documentários e dezenas de sites de debunking que apareciam e desapareciam por todo o lado em ataques “científicos” contra tudo o que fosse proposta que defendesse a legitimidade da Teoria Arqueológica.
A Nasa não só fez um esforço para tentar consolidar a sua versão oficial como acima de tudo pretendia agora acabar de uma vez por todas com todo o tema de artificialidade em Marte junto dos leigos no assunto.
E nada melhor do que fazê-lo provando definitivamente o quanto a Face on Mars não passava mesmo de um curioso monte de pedras.
E que provas bastariam para o público ?
Ora…Fotografias naturalmente.
Especialmente porque tecnológicamente tinha-se chegado a um ponto perfeito para - criar - essas fotografias que o povo exigia. A fotografia digital era novidade junto do consumidor comum, estavamos ainda num período de transição do analógico para o digital e portanto a altura era perfeita pois o cidadão comum não fazia a mais pequena ideia que uma fotografia obtida digitalmente não era a mesma coisa que uma boa e velha imagem conseguida por fotografia analógica e como tal ninguém iria fazer perguntas ou questionar o que quer que fosse mal a imagem "preparada" fosse divulgada ao mundo.
Niguém dos Media e isso era quanto bastava.
A SEGUIR: "O público não quer saber. Basta-lhe ver."
Não só a comunidade independente provou que as imagens tinham sido manipuladas conseguindo reverter parcialmente a manipulação como inclusivamente foram mais longe.
Apesar de praticamente toda a "data" presente na foto fraudulenta não servir para muito, Malin no entanto não tinha conseguido apagar tudo como é óbvio pois de outra forma não haveria nada para mostrar. Acontece que alguma dessa "data" não só permitiu reverter a aplicação de filtros iniciais como fez com que se pudesse construir um modelo em 3D extrapolando uma rotação de câmera virtual tendo por base uma comparação de várias fotos obtidas à Face on Mars desde os anos 70.
Individualmente estas poderiam parecer não servir para muito, mas na realidade cada uma das imagens tinha acumulada -“data”- que colocada em conjunto permitia simular com certo grau de fiabilidade precisamente o ângulo da anomalia que a comunidade independente tinha pedido que Michael Malin fotografasse e este tentou evitar.
O resultado foi o que se pode ver abaixo. Apenas usando -“data"- recuperada e comparando-a com tudo o que já tinha sido anteriormente obtido em missões mais antigas. Quando "rodada a câmera", se Malin tivesse tido a honestidade de fotografar o objecto sem qualquer tentativa de manipulação de imagem o resultado teria sido algo semelhante a isto.
Apesar da imagem acima ser uma extrapolação, ter um aspecto pixelizado e...artificial demais... esta contém no entanto mais -“data”- obtida originalmente pelas diversas câmeras que fotografaram a anomalia do que qualquer -“fotografia”- oficial da Nasa representando a Face on Mars algumas vez conteve posteriormente desde os anos 70 nas imagens captadas em anos seguintes.
Isto independentemente do leitor olhar para uma imagem e ela parecer-lhe incrivelmente nítida na mesma. Uma nova forma de ilusão moderna que o comum dos leitores desconhece certamente.
Nitidez não significa pormenor no caso de uma imagem digital previamente preparada para ser apresentada ao público.
Uma imagem orbital tem que ser traduzida visualmente por quem a prepara e durante essa preparação actualmente muito pode ser deixado de fora se o preparador assim o entender, mantendo no entanto a imagem perfeitamente -“nítida”- com um aspecto de alta resolução que ninguém questionará.
É a ideia de nitidez que engana o olhar dos media, dos cépticos e dos debunkers há quase duas décadas quando ficam perfeitamente convencidos da óbvia naturalidade do objecto, ao contemplarem estas "fotografias" de anomalias marcianas.
Especialmente imagens da Face on Mars onde "se consegue ver" tudo bem melhor do que nas embaciadas fotos originais dos anos 70.
No entanto, não deixa de ser extraordinário que a imagem que continua a ter mais "data" relevante para o estudo do mistério seja, não qualquer nova fotografia obtida recentemente em alta resolução, mas sim as fotografias originais em baixa resolução !!!
Ora a partir do momento em que uma imagem de baixa resolução consegue conter mais “data” e pormenores relevantes capazes de resistirem a uma detalhada análise digital quando comparadas com o que deveriam ter sido fotografias mais evoluídas obtidas pela Nasa em anos recentes...algo de muito estranho se passa neste assunto e se calhar o maior mistério não será a Face on Mars andar constantemente a aparecer e desaparecer nas fotos de Michael Malin mas sim como é que fotos tão nítidas têm na verdade tão pouca informação que possa ser analisada quando escrutinadas a um nível profissional bem mais científico do que o - ver para crer- imediato ?…