top of page

Falar sobre a Face on Mars para mim já se tornou das coisas mais difíceis de fazer quando se trata de discutir o tema da eventual existência de artefactos arqueológicos em Marte por várias razões.
Primeiro porque já há tanto para dizer com tanta palha imbecil e absolutamente ridícula escrita ao longos das décadas sobre este tema que desfiar este verdadeiro novelo de informação, fábula, fraudes e fantasias se torna cada vez mais difícil a cada ano que passa.
Hoje quando escrevo estas linhas em Julho de 2014 só este tema dava para eu ter construído um site inteiro exclusivamente sobre a Cara de Marte ou escrito uns bons cinco ou seis livros com milhares de páginas cada um apenas sobre esta fascinante anomalia marciana.

Isto porque a temática da Face on Mars tem já tantos ângulos por onde podemos pegar que a dificuldade está na escolha, até porque há muita coisa que pode ser escrita e explicada tendo em conta o tipo de leitor que queremos informar.

Ou seja, para isto ficar agora bem feito, eu teria de escrever um capítulo sobre a Face on Mars, para as pessoas honestamente cépticas, mais um apenas para os debunkers amadores e outro para quem acompanha a polémica há tanto tempo como eu. Não esquecendo obviamente o público leigo que por acaso chegou agora a este tema e nunca pensou levá-lo a sério graças à quantidade de debunking profissional e não só de que o assunto foi alvo ao longo destes anos.
Portanto a dificuldade agora está em combinar não só o que eu poderia contar sobre a Face on Mars a esses diferentes públicos num único texto, como ainda por cima preciso tentar fazê-lo sem repetir a informação que dou precisamente sobre a Cara de Marte quando detalho todo o historial da polémica marciana na parte central deste meu trabalho sobre o planeta vermelho.

FACE ON MARS
PARTE 02

 

"Apenas uma montanha isolada..."


 

Muitos questionaram ao longo dos anos, se de facto havia alguma coisa de artificial na Cara de Marte porque é que a Nasa não revelava pura e simplesmente tudo à humanidade de uma vez por todas.


Pois bem caro leitor... para começar, a ideia de que os investigadores independentes pretendem ou sempre pretenderam afirmar que a Cara de Marte seria uma estátua (construída a escopo e martelo por homenzinhos verdes) é uma pura fantasia com objectivos de debunking popularizada pelos media e orquestrada por quem desde o início de dentro da Nasa resolveu criar todo este clima ao redor da descoberta inicial da anomalia para evitar dar melhores explicações e revelar ao mundo algo para o qual este ainda não estaria preparado.
Dentro de quem investiga isto a sério e propõe a artificialidade da Cara de Marte nunca houve ninguém que estivesse à espera de encontrar uma estátua em Cydonia nos moldes que o povo a entende.


O que é que a Nasa iria mostrar ao povo então caso tivesse assumido publicamente o caracter extraterrestre da hipótese inicial ? 

Anunciar a descoberta de uma montanha com algumas características artificiais e tentar explicar a uma humanidade que esses detalhes seriam de origem artificial não por aquilo que pode ser visto  nas fotografias mas porque a própria estrutura envolve uma conotação geométrica e matemática que implicaria um sem fim de aborrecidas explicações técnicas para convencer outra metade do mundo que mesmo assim ainda ficaria com mais dúvidas ?

E isto para nem falar das facções, seitas e grupos religiosos que jámais iriam aceitar um anúncio assim, com todas as implicações sociais que isso traria.

 

Não se iluda caro leitor. O povo não quer explicações científicas sobre civilizações extraterrestres.

O que o povo quer é ver extraterrestres, naves e cidades alienígenas no telejornal.

De preferência tudo parecido ao que se vê nos filmes americanos.  

Portanto o leitor poderia esperar sentado que a Nasa viesse incendiar a opinião pública com um tema destes apenas tentando demonstrá-lo através de explicações técnicas.

Voltemos um pouco atrás.


Poderão ler mais detalhes sobre a descoberta desta famosa anomalia num dos capítulos sobre o historial de toda a polémica marciana, mas por agora peço a vossa atenção para o que importa nesta parte da história e que teve origem um par de anos depois da polémica mediática inicial.
O assunto da Face on Mars foi desenterrado no início dos anos 80 por DiPietro e Molenaar, dois cientistas da Nasa que tinham apenas como intenção utilizar a fotografia original para testar o pioneiro software de imagem que estavam a desenvolver na altura. Ambos plenamente convencidos de que o seu programa iria demonstrar de uma vez por todas a naturalidade da curiosa formação montanhosa.

Embora tendo sido descoberta no final dos anos 70, durante as missões Viking quando cientistas se debruçavam sobre fotos marcianas em busca de um local suficientemente plano para aterrar uma das sondas,

a agora famosa imagem, foi imediatamente desmistificada pelos responsáveis da Nasa como não passando apenas de um curioso truque de luz e sombra tendo caído no esquecimento popular; (inclusivamente foi oficialmente dada como perdida nos próprios arquivos oficiais). Até que DiPietro e Molenaar a procuraram por conta própria nas horas vagas, testaram a imagem independentemente e chegaram a inesperadas conclusões, facto que imediatamente os colocou numa posição onde nunca tinham esperado vir a estar enquanto membros da Nasa.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando obtiveram os primeiros resultados intrigantes que apontavam para a artificialidade da estrutura, tentaram dar conta da sua pesquisa aos seus superiores, mas não só depressa perceberam que curiosidade científica era algo que não existia na Nasa em relação a esse assunto como ainda por cima acabaram por sofrer pressões para abandonar o trabalho e mais tarde também algumas represálias académicas, quando contra tudo e contra todos, insistiram em publicar independentemente tudo o que tinham descoberto na análise da Face on Mars.
Estávamos ainda numa época onde este tema não era conhecido da opinião publica em geral, e salvo curiosas referências à temática arqueológica marciana surpreendentemente encontradas em Cosmos de Carl Sagan, o tema não chamava propriamente as atenções, muito também graças a este ter sido tão facilmente desmistificado durante as missões Viking com a ajuda do próprio Sagan.

Acontece que o trabalho de DiPietro e Molenaar foi notado.
Ainda não se falava nesta altura de pseudo-cientistas relativamente a este tópico e ainda para mais, ambos os senhores eram membros da comunidade científica mainstream por isso quando publicaram os seus primeiros resultados da análise da Face on Mars, não só não foram ridicularizados pelos agora tão comuns cépticos e debunkers, como foram tidos em conta por muito boa gente.  

Outros cientistas, que independentemente do que a Nasa argumentara inicialmente, começaram eles também a prestar atenção à probabilidade de que se calhar, haveria muito mais para dizer sobre aquele -“truque de luz e sombra”- do que as autoridades na matéria teriam querido fazer crer um par de anos antes.
Foi precisamente este trabalho que também chamou a atenção de
Richard Hoagland que acabou, para o mal e para o bem por se tornar no maior divulgador desta temática e se calhar a nível profissional foi quem mais sofreu com essa exposição se tivermos em conta o seu normal percurso académico e jornalístico perfeitamente integrado no sistema mainstream até à altura em que se envolveu nisto e se tornou num pária.

A partir desses trabalhos de investigação iniciais de DiPietro e Molenaar o tema ramificou-se com cada nova descoberta ou anomalia detectada adicionalmente em subsequentes missões a marte.
Os estudos do dois cientistas continuaram e inclusivamente chegaram a receber um prémio pela qualidade do trabalho e reconhecimento do método cientifico com que a sua análise foi efectuada premiando a investigação até meio dos anos 80, coisa que muito pouca gente hoje sabe e os debunkers nem imaginam.


Quem andar hoje por forums de internet ou message boards de sites populares como o youtube se não acompanhou o historial legítimo de toda a controvérsia fica com a ideia de que todos aqueles comentários cépticos e de debunking que infestam as redes sociais estarão carregados de razão.


No entanto as pessoas nem fazem ideia que esta investigação marciana graças à seriedade e prestigio académico das pessoas envolvidas no início dos anos 80 foi inclusivamente financiada por uma bolsa governamental para a investigação científica e projectos inovadores, a prestigiada "President´s Fund".
Bolsa que acabou por ser cortada alguns anos depois, porque as investigações em anos subsequentes, insistiam em contradizer aquilo que a Nasa continuava a apresentar à opinião pública e como tal, essencialmente o processo de -“selecção natural”- do sistema, escolheu preservar a versão oficial sobre Marte que já vigorava nas enciclopédias e nos documentários, tendo-se certificado que qualquer investigação científica menos politicamente correcta a partir  desse momento em diante não voltaria a ter qualquer apoio.

Especialmente se o assunto fosse Marte.
Foi também a partir dessa altura que as entidades oficiais começaram a prestar mais atenção à comunidade científica independente que insistia agora sem verbas oficiais do governo americano em continuar a pesquisar todo o novelo de lã que se tinha começado a desenrolar desde que DiPietro e Molenaar tinham para grande aborrecimento da Nasa, trazido de novo a história da Face on Mars para os olhos do público e dos media, numa altura em que os jornalistas ainda
-“tinham autorização”- para olhar este enigma com curiosidade.
Curiosidade essa que em finais dos anos 80 começou por demais a importunar a Nasa e foi a partir dessa altura que o sistema
-“inventou”- oficialmente os pseudo-cientistas como forma de desacreditar qualquer ideia de artificialidade em Marte aos olhos do público leigo.

A partir do momento em que a pressão mediática e a curiosidade pública começou a atingir níveis incomodativos para a versão marciana oficializada no final das missões Viking, começaram a surgir na imprensa e em revistas científicas especializadas, os agora tão populares ataques cépticos e de debunking contra qualquer proposta que instigasse a curiosidade popular relativamente à Teoria Arqueológica Marciana.
Quando os artigos cépticos não resultavam logo à primeira, o sistema começou a recorrer a uma nova táctica; a descredibilização das pessoas envolvidas.


Não apenas o trabalho de DiPietro e Molenaar era agora atacado cientificamente pelo sistema como também começaram a aparecer artigos de debunking com ataques pessoais, desacreditando as qualificações académicas de quem insistia em continuar a demonstrar que em Marte a artificialidade de muitas estruturas era algo que deveria ter sido levado a sério desde a descoberta das pirâmides e da Face on Mars nos anos 70.
Táctica esta que acabou por resultar em muitos aspectos, principalmente em anos subsequentes com a democratização da internet, até porque a partir de certa altura muitos cépticos e debunkers amadores convencidos estarem perfeitamente informados pelo sistema, começaram eles próprios a fazer o trabalho de descrédito pela Nasa.
Nada como fazer com que as pessoas se julguem extremamente informadas para as voltar contra quem não fica apenas à espera que os telejornais e as entidades lhes dêem autorização para aceitarem um tema.

Fartos de serem enxovalhados, DiPietro e Molenaar passaram para terceiro plano durante as décadas que se seguiram, pouco se ouvindo falar deles; mas o seu trabalho permaneceu como a base científica legítima em que toda a Teoria Arqueológica Marciana acabou por criar raiz.

É graças ao seu envolvimento inicial que depois outros cientistas como o
Dr Tom Van Flandern, o Dr Mark J. Carloto (outro dos especialistas de imagem) e até mesmo o tão mediático e conhecido Arthur C.Clarke acabaram também por se juntar às fileiras daqueles profissionais da comunidade científica independente; a tal ponto que os cépticos desinformados e os debunkers raivosos hoje também os apelidam de pseudo-cientistas. Excepto a Clarke pois esse está no mesmo panteão dos -“santos”- da ciência na mente de muito auto proclamado inimigo da pseudo-ciência.

 

Demonstrando que isto no que toca a “pseudo-cientistas” os debunkers só atacam as pessoas que não aparecem na televisão, o que não deixa de ser bastante revelador.


Nem interessam as qualificações da pessoa em questão; se esta defender o tópico da Teoria Arqueológica Marciana e não for um daqueles -“cientistas a sério”- que se vêem na televisão então na conclusão de muita gente, só poderão ser pseudo-cientistas mesmo.
O que despoletou a primeira fase de ridicularização deste assunto, foi não apenas a comunidade científica independente ter continuamente obtido resultados que contradiziam a versão oficia da Nasa, mas principalmente porque a agência espacial foi apanhada na sua primeira mentira relativamente a este enigma.


 

A SEGUIR: "A Nasa revela a sua verdadeira cara."

bottom of page