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PARTE 1

Os Primeiros Anos. Pirâmides, Vikings e uma Cara em Marte

 

 

Em Dezembro de 1971, apesar de ter chegado no preciso momento em que decorria uma tempestade de areia à escala planetária semelhante às que de vez em quando percorrem a superfície de Marte, a sonda americana Mariner 9, precedendo as Mariner 4,6 e 7, começou a mapear o planeta através de fotografia.

Por volta de Outubro de 1972, já tinham sido tiradas mais de 7000 fotografias de acordo com a resolução disponível na época. Segundo as fontes oficiais, resolução essa com capacidade para revelar detalhes até do tamanho de um pequeno campo de futebol. Foi nesta altura que se obtiveram as primeiras imagens de locais hoje tão conhecidos como o "Valle Marineris", o equivalente Marciano do Grand Canyon mas com uma longitude e profundidade várias dezenas de vezes superior à formação geológica terrestre, que percorre uma grande parte da face do planeta vermelho. Também se obtiveram as primeiras grandes fotografias do "Olympus Mouns", o maior vulcão conhecido no sistema solar com mais de 20 km de altura.

Entre as imagens surgiram umas que despertaram de imediato a curiosidade de toda a gente e que vieram a ficar conhecidas como as primeiras "Pyramids of Mars" (Pirâmides de Marte).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

Uma particularidade das fotos originais é que foram publicadas pela primeira vez não pelos americanos, mas por um cientista soviético que deu a conhecer ao mundo a história das anómalas formações anteriormente fotografadas pelas missões americanas e sobre as quais já nessa altura os Estados Unidos  se mantinham em silêncio.


Se não tivessem sido os russos a mostrar as imagens ao mundo, muito provavelmente nunca ninguém do público no ocidente teria sabido que existiam formações piramidais como estas no planeta vermelho. Pelo menos até se fotografar Cydonia anos mais tarde, o que desde cedo revela aqui algum cuidado da Nasa; quem sabe tendo já por base as directivas presentes no Relatório Brookings que já mencionei nos capítulos detalhados sobre a Face on Mars sobre o que fazer em caso de se descobrirem coisas como estas.

 

Imediatamente tidas como ilusões ópticas cujo o efeito angular desapareceria assim que fossem tiradas mais imagens, as fotos começaram a fazer muita gente pensar duas vezes quando mais tarde uma enorme quantidade de novas fotografias tiradas de várias outros ângulos teimavam em fazer com que as "Pyramids" continuassem a parecer-se com pirâmides e não com montanhas tal como as conhecemos.

 

Tendo a ciência americana já concluído nessa altura ( visto que nunca admitiriam sequer mais nenhuma outra hipótese) que essas montanhas teriam certamente sido formadas por processos geológicos diferentes dos da Terra.


E assim mais uma simples teoria do sistema ortodoxo, foi selada como se fosse um facto científico plenamente comprovado, como é habitual quando a história necessita de tapar buracos desnecessários em -“descobertas”- que teimam em não encaixar naquilo que supostamente deveriam.


Após algum tempo, muita controvérsia e muito artigo publicado por académicos científicos de reputação; inclusivamente novamente da Rússia onde o interesse pelo tema estava na ordem do dia, foi decidido tentar reproduzir-se em laboratório os mesmos estranhos resultados geológicos de modo a provar-se de uma vez por todas que aquelas formas geológicas anómalas não passavam mesmo de montanhas naturais.
Isto após conhecer-se em detalhe o tipo de clima, ventos, atmosfera e tudo o que pudesse contribuir para este tipo de fenómenos na estranha geologia marciana.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A experiência fracassou em todos os sentidos.

Pois além de nem conseguir reproduzir a -anómalia- na sua forma geral nem sequer se aproximou das precisas constantes matemáticas encontradas nas pirâmides e comuns a todas elas sem excepção.

 

Passo a citar um dos artigos mais tarde publicado:

 

"This simple explanation , [processo natural], does not stand up to closer examination. Wind tunnel tests were done by Nasa engineers to simulate the creation of formations similar to those photographed by Mariner 9. All this experiment proved, was that soil accumulation or wind sculpting would not provide for four equaly spaced tetrahedral formations. It was not possible to simulate an evenly spaced arrangement of objects in the wind tunnel to match the mathematical distances one finds in the four major and minor pyramids in the area of Elysium." - (Hurtak and Crowley in "The Face on Mars")

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estamos ainda a falar de uma época em que a Nasa era ainda a agência do sonho americano, de Kennedi, da Ida á Lua, do tempo dos desafios e da exploração. Uma época em que pelo menos oficialmente, todas as teorias eram válidas desde que publicadas com fundamento numa análise séria.

Muito diferente da Era "criada" pela Nasa, após o final das missões marcianas Viking anos mais tarde.

Uma nova Era bem mais cinzenta nos seus propósitos resultante de radicais mudanças politicas na direção da agência espacial e que veio tornar em tabú cientifico muitas questões que até então até poderiam ser discutidas abertamente sem grandes preconceitos.

Voltemos então aos anos 70.

1975, ano das mais famosas e mediáticas missões a Marte.

 

O assunto das pirâmides foi aos poucos entrando na cultura popular.
De tal modo que se chegou a um ponto em que a sua popularidade acabou por se tornar sinónimo de vulgaridade.
Em vez da opinião pública contribuir, pressionando as entidades oficiais para que se investigasse o enigma mais em pormenor, a popularidade do tema das pirâmides nos anos 70, acabou por provocar o desinteresse a nível oficial, em relação a tudo o que envolvesse algo mais do que simples pedras na superfície de Marte.

Aos poucos e poucos o facto de se tornar uma coisa bastante popular junto do cidadão comum (devido também a um escândalo científico mediático ocorrido na época e de que falarei mais adiante), fez com que muitos cientistas senhores das suas certezas olhassem para o tema como algo que implicaria à ciência séria ter de se rebaixar ao nível de fantasias populares.
O facto de muitos autores duvidosos de ideologia hippie nesse início dos anos 70, terem imediatamente se apropriado do tema das pirâmides marcianas,  (tal como a filosofia New Age de pacotilha hoje em dia se apropria de tudo o que sai da física quântica), publicando os textos mais imbecis que se possa imaginar sobre o assunto, isso relegou de vez para o domínio das idiotices toda e qualquer tentativa para dar seriedade à questão por parte de quem tinha realmente algo válido a dizer sobre ela.


Resta dizer que muitos académicos nem se deram ao trabalho de ler ou querer saber o resultado das muitas outras experiências que iam sendo feitas em Universidades ou Institutos científicos independentes.
Experiências essas que chegavam a ser repetidas de cada vez que surgia um novo dado sobre Marte que pudesse levar finalmente à prova de que as pirâmides seriam apenas um fenómeno natural.
Até aos dias de hoje e mesmo com tudo o que já sabemos sobre o planeta, as experiências para reproduzir as suas anomalias geológicas continuam a ser efectuadas sem sucesso.


Os debunkers continuam no entanto a garantir que todas as pirâmides de Marte não passam de montanhas; e mesmo que tivessem lido os últimos argumentos dos geólogos (exteriores à Nasa) sobre o assunto iriam continuar na mesma.

 

O que significa que o típico debunker jamais aceitará que alguma daquelas -montanhas- possa realmente ser uma pirâmide mas já aceita plenamente que um dia houve um vento que soprou durante uns cinco mil anos de uma direcção apenas; depois esse vento mágico terá mudado de direcção e durante outros cinco mil anos esculpiu outra face e assim sucessivamente até formar uma pirâmide.

 

Adicionalmente, então sendo assim o debunker também acha perfeitamente normal que esses ventos escultores só tenham mesmo esculpido as pirâmides dessa forma e mais nada ao seu redor.

 

E para terminar o debunker não achará nada estranho no facto desses ventos perfeitamente naturais esculpirem pirâmides de tamanhos diferentes e portanto terão andado pelo planeta de pirâmide em pirâmide dirigindo-se face a face selectivamente em períodos alternados, conseguindo mesmo assim alinhar as faces das montanhas pirâmidais umas com as outras.

 

Não contentes ainda, esses ventos extraordinários conseguiram para rematar alinhar as montanhas piramidais anómalas com os pontos cardeais do planeta Marte.

 

E nem vamos falar do posicionamento ou da própria localização das -montanhas- de Cydonia pois isso ficará para mais à frente neste livro.

 


Temos aqui outro claro exemplo da atitude de debunking mais comum. Os debunkers amadores passam a vida nos forums de discussão a pedir testes científicos sobre as anomalias, mas depois quando estes, feitos pela própria Nasa há décadas continuam a não obter os resultados que poderão concordar com a sua visão dos enigmas, os debunkers e até alguns cépticos honestos, pura e simplesmente ignoram-nos.


E pelo visto é um problema comum tanto a debunkers amadores como a profissionais, visto que a própria Nasa continua ainda a referir-se ás formações como montanhas piramidais quando os testes efectuados pelos seus próprios geólogos há quase quatro décadas nunca conseguiram reproduzir um único processo natural que pudesse explicar tudo o que há de anómalo naquelas formações ainda hoje supostamente geológicas. Se o teste não encaixa, ignora-se e mantêm-se a versão oficial, até porque o público nem irá sequer procurar saber mais, se uma explicação (perfeitamente racional, claro está) vier da Nasa.

Apesar de tudo, na época e entre muitos outros factores, a Nasa inspirada pelos resultados da Mariner 9 enviou em 1975 as famosas Viking 1 e Viking 2, publicitadas perante o grande público como sendo as missões que iriam esclarecer se haveria vida em Marte.
Acontece que pela primeira vez na história da exploração espacial americana, houve um desacordo sobre este assunto entre membros da própria equipa da Viking embora tenha obviamente saído apenas uma versão oficial:


"A missão foi um sucesso, as experiências foram efectuadas e não há nem nunca houve vida em Marte." Assunto encerrado na comunicação social.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mas voltemos um pouco atrás ao início das missões Viking e vamos aos detalhes, pois neste cabal anúncio oficial nem tudo é o que pareceu ser na altura...Senão vejamos…
No que toca à Viking 1 a aterragem foi um sucesso aguardando-se então na altura, a aterragem da Viking 2 de modo a darem-se início às experiências científicas que todos nós hoje em dia conhecemos dos documentários.

As atenções estavam voltadas para a Viking 2 e em gravações da época (citadas inclusive em antigo material promocional sobre as missões), o próprio Carl Sagan contava com grande entusiasmo, que o local escolhido para a aterragem da segunda sonda seria um local conhecido como Cydonia.


Por uma simples razão. Após detalhada análise dos dados que haviam disponíveis na altura, era consenso unânime na comunidade científica que o ano de 1976 seria quase certamente o ano da descoberta de água em Marte, inclusivamente toda a gente se preparava para a descoberta de água liquida.
Lembrem-se que estávamos ainda na época de uma aparente Nasa livre, que à partida acolhia os livres pensadores. Havia ainda grande resistência dos cientistas veteranos bem mais velhos que do alto do seu pedestal não contemplavam sequer casos como o mistério das pirâmides, mas, ainda era (documentadamente) oficial que quase com toda a certeza iria ser encontrada não só água liquida como também vida em Marte.


Como tal o entusiasmo era enorme na esperança de se poder apresentar ao mundo os primeiros micróbios marcianos.


Segundo a Nasa se havia vida em Marte, Cydonia seria o local onde iria ser descoberta. De acordo com a versão oficial até então, em nenhum outro local acessível haveria mais hipóteses de ser descoberta vida do que nessa região, cujo o nome, Cydonia veio a tornar-se uma referência nesta história mas por razões bem mais interessantes.
Ainda por cima toda a área tinha o terreno perfeito para uma aterragem segura sem praticamente riscos para a missão, isto de acordo com todos os estudos geológicos feitos durante o seu planeamento e que oficialmente indicavam aquela região do globo marciano como sendo perfeita para se obter uma aterragem sem complicações de maior.

 

Agora o que certamente ninguém esperava era vir a encontrar aquilo com que a 25 de Julho de 1976, um dos membros da equipa de cientistas da Viking se deparou pela frente.
Ao examinar as fotografias tiradas de órbita, um jovem cientista chamado Tobias Owen, estudava em detalhe a zona onde a Viking 2 iria aterrar dentro de várias horas de modo a coordenar o processo de aterragem, quando, na agora muito mediática
"Frame 35A72" se deparou com a anomalia que posteriormente viria a ser conhecida como a famosa Face on Mars. Ao canto da imagem no meio de uma planície plana salpicada por mesas rochosas encontrava-se algo que desafiava a imaginação pois a semelhança com uma escultura artificial era demasiado evidente para poder ser ignorada.

Imediatamente cessaram por completo quaisquer comunicações à imprensa que até então tinham sido praticamente em simultâneo com o desenrolar da viagem a Marte, promovendo o sucesso das missões. Agora, silêncio total.

Mas o boato sobre a "Cara" já se tinha espalhado pelos corredores das salas de imprensa. Horas mais tarde o porta-voz oficial da Nasa para as missões Viking pressionado pela força dos rumores que se sucediam entre os jornalistas, deu uma conferência de imprensa segurando a foto ampliada da Face on Mars afirmando:



 "Isn´t it amazing what tricks of light and shadow can do ?”

“Não é fascinante o que truques se luz e sombra podem fazer ?”


 Concluindo logo imediatamente com:

 "When we took a picture a few hours later, it all went away !
It was just a trick, just the way the light fell on it.”

“Quando tiramos uma fotografia algumas horas depois, tudo desapareceu. Foi apenas uma ilusão provocada pela forma como a luz caia de cima.”



A estas palavras seguiu-se uma breve explicação técnica sobre o assunto e o caso ficou oficialmente arrumado perante a comunicação social e na ideia do cidadão comum que podia agora voltar para o seu futebol descansado.

Resumindo, tudo não passava apenas de um efeito de luz e sombra e a prova estava no facto de segundo os responsáveis da Nasa, algumas horas depois ter sido tirada uma segunda fotografia e nessa segunda foto a "Cara de Marte" tinha-se revelado aquilo que sempre fora. Apenas mais uma mesa rochosa natural igual a tantas outras sem quaisquer características de interesse.
Assunto encerrado, passava-se então à aterragem da Viking 2, mas... curiosamente, afinal o destino da sonda já não seria a região de Cydonia.

Para surpresa de muita gente agora o local tinha sido declarado pouco seguro e de acordo com

a "Press release P17384" da Nasa assinada por Carl Sagan na altura, tinha sido descoberto no último instante que a zona de Cydonia tinha deixado de ser acessível a um alcance preciso do radar e isso poderia fazer com que a Viking falhasse a aterragem batendo em algo que a tornasse inoperacional.
Após meses de preparação e investigação das características da região, Cydonia era agora um local

que nunca mais iria alguma vez receber a visita de uma nave terrestre, tendo a sonda então sido enviada para um outro local conhecido como Utopia.
Contraditoriamente um local extremamente rochoso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Segundo Carl Sagan foi a única alternativa que se arranjou tendo em conta a órbita da sonda.
James Hurtack um dos primeiros académicos independentes a escrever sobre as missões Viking, nesse mesmo ano publicou um livro sobre o assunto tendo afirmado que:

"A multimillion dollar effort may have overlooked paydirt and may have become a trivial event...A poor selective factor had been used to choose an área of minor geological and biological significance. It was like choosing the Sahaara Desert as a suitable landing site on our own planet."


“Um esforço de muitos milhões de dólares poderá ter-se tornado num acontecimento trivial…Factores muito pouco selectivos foram utilizados na escolha de uma área de menor importância, geológica e biologicamente. Foi como escolher o deserto do Sahaara como sendo um local apropriado para pousar uma sonda no nosso próprio planeta.”

Concluindo depois, que para uma missão que inicialmente tinha o objectivo de encontrar vida em Marte, a escolha da região de Utopia -“à ultima hora”- para substituir Cydonia era no mínimo discutível quanto muito. Acima de tudo a escolha tinha muito pouco de científica na sua lógica.
Palavras que parecem ter sido atiradas ao vento, pois meses depois dos acontecimentos ninguém se interessou em questionar o que quer que fosse porque a história já tinha sido escrita e os livros escolares "selados" com a sua versão oficial, politicamente correcta e principalmente - segura.

Mas a nova rota da Viking 2 não foi a única novidade inesperada.

 

Mas a nova rota da Viking 2 não foi a única novidade inesperada.
Lembrem-se de que tudo isto agora se passava logo após o episódio de Cydonia e do caso estar encerrado aos olhos da opinião pública para todos os efeitos...


Após a aterragem das sondas, deram-se então início às ditas experiências com vista a alcançar o tão publicitado objectivo de se descobrir vida microscópica em Marte. Terminadas as experiências em 1976 saiu então o comunicado oficial que concluía, que após inúmeros esforços provou-se que Marte era um local totalmente desprovido de vida. Devido às características do planeta, nunca tinha havido nem poderia haver vida na superfície de Marte. O planeta era um mundo morto. Versão oficial comunicada, caso encerrado.


Acontece no entanto que o caso não estava encerrado para o Dr Gilbert Levin que ao longo dos anos se tornou em mais uma pedra no sapato para as constante oficializações mediáticas da Nasa sobre o que se passa no planeta vermelho.
Voltemos então um pouco atrás.

O Dr Levin era um dos principais cientistas da Viking cujo a missão era tal como acontecia com outros membros do grupo, a de conduzir experiências no solo de Marciano com o objectivo de encontrar os tão desejados e profetizados sinais de vida.
Para quem não sabe, neste tipo de missões naquela época era normal cada um dos cientistas ter o seu projecto pessoal aprovado e a partir desse momento passar a ser o responsável máximo em relação à sua parte. Cada cientista, uma experiência, uma tentativa; não apenas para descobrir algo mas principalmente para ser o primeiro a fazê-lo.
Em 1976 o Dr Gilbert Levin era o novo membro do grupo de cientistas dessa equipa.


 

Deu início aos seus testes no solo do planeta vermelho e surpreendentemente ou talvez não, obteve imediatamente efeitos concretos pois a sua experiência obteve um resultado positivo na procura de vida na superfície de Marte.


Não vou aborrecer toda a gente a descrever aqui o tipo de experiência pois os pormenores técnicos sobre o assunto não são importantes para a minha exposição.
Após a comprovação dos resultados, o
Dr Levin tentou fazer o anúncio oficial da descoberta mas foi impedido hierarquicamente pelos seus superiores.


Numa entrevista dada por volta de 1996, o Dr. Levin, (tendo inclusive o apoio oficial de vários outros especialistas da sua área), afirmava que :



 "A number of explanations have been proposed to explain the results of my experiment. None of them are convincing. I believe that Mars has life today. "

 

“Um conjunto de explicações foram propostas para explicar os resultados da minha experiência. Nenhum deles é convincente. Eu acredito que Marte tem vida actualmente.”



Segundo o próprio e alguns pares seus, Levin teve os seus testes rejeitados em 1976 porque eles simplesmente contradiziam todos os resultados dos seus colegas veteranos. Como tal, sendo ele apenas um cientista acabado de chegar ao grupo, os seus resultados foram pura e simplesmente postos de parte de modo a não embaraçar pessoas com uma posição já destacada no meio e mais mediáticos dentro da equipa Viking.


Ou então, concluem alguns investigadores, a partir de Cydonia teria de se evitar a todo o custo popularizar a ideia de que Marte fosse um planeta com condições bem mais próximas da Terra, daí o lobby criado internamente para reprimir tudo o que pudesse contradizer uma versão  já devidamente preparada e apressadamente tornada oficial.


A descoberta de vida em Marte naquele momento iria voltar de novo as atenções para a possibilidade da Face on Mars descoberta apenas dias antes poder afinal ser algo bem mais arqueológico do que aquilo que a Nasa se apressou a desmentir. Afinal, onde há vida microscópica pode ter um dia havido vida um bocadinho maior, mas a oficialização de uma descoberta assim, após a total desmistificação apressada da foto descoberta por Tobias Owen teria de ser algo a evitar pelo mainstream científico.


Os debunkers que ainda argumentam contra este facto em forums espalhados pela internet só demonstram mais uma vez o quanto desconhecem o próprio historial daquilo que tentam rebater -“cientificamente".

Especialmente tendo em conta que hoje em dia o próprio Dr Gilbert Levin não se tem calado tentando reclamar o lugar na história da descoberta de vida extraterrestre que lhe foi roubado trinta anos atrás e o homem não anda propriamente pelas caves da Teoria da Conspiração.

 

Voltemos de novo ao Dr Levin, trinta anos atrás.
 

O argumento usado pelos cientistas veteranos da missão Viking para contradizer a descoberta de Levin, foi o facto de todos eles terem efectuado as suas experiências e nenhuma delas ter obtido qualquer sinal de vida na superfície marciana.
Foi apontado o facto do equipamento de medição "mass spectrometer" a bordo da Viking não ter detectado moléculas orgânicas em Marte e por isso
o trabalho de Levin teria de estar a dar resultados ilusórios.

Mais tarde o Dr Levin não resignado, acabou por conseguir demonstrar que havia um erro no equipamento da Viking e provou (sendo reconhecido hoje em dia) que o instrumento que analisava essa área tinha na altura um defeito técnico importante pois a sua potência tinha sido (ilogicamente) reduzida quase ao mínimo (sem qualquer explicação ou justificação científica) quando as experiências foram efectuadas pelos colegas.


Facto que não incomodou minimamente os seus superiores pois nessa altura já tinha sido oficializado muito rapidamente nas habituais conferências de imprensa que Marte era um mundo morto desde sempre.

 

Até porque se dissessem o contrário dois dias depois da Face on Mars ter coincidentemente aparecido na imaginação popular, muita coisa teria de ser engolida e como já iremos ver mais adiante, a Nasa tinha razões para não permitir ainda anúncios-choque desses nos meios de comunicação.
Curiosamente o novo e apressado pressuposto sobre o facto do planeta vermelho não passar efectivamente de um mundo morto, contradizia todas as previsões e expectativas que tinham dado origem à própria missão Viking antes de alguém ter notado que havia na superfície uma cara que não tinha o direito de existir.

 

Isto porque para começar o que se procurava dessa vez eram apenas micróbios.

 

Ruínas marcianas é que não !

Resta dizer que o jovem Levin passou rapidamente à obscuridade mediática dentro do estrelato que era a nata dos cientistas veteranos da Nasa. Apesar de tudo conseguiu uma brilhante carreira não associada à parte mediática do sistema científico embora pelo que conste nunca mais tenha sido convidado para um projecto de exploração da Nasa ou pelo menos, tenha estado envolvido em qualquer um deles de uma forma directa. Posso estar enganado pois ainda não tive tempo para ler toda a sua biografia mas poderão confirmar tudo no site do senhor se quiserem.
Após este este episódio o Dr Levin tentou durante anos publicar os seus resultados nos chamados "órgãos científicos" oficiais da Nasa mas acabou por ter de se resignar, pois
devido a existir já uma versão definitiva sobre o assunto da vida em Marte ninguém queria tocar nos resultados do trabalho dele pois isso seria ir contra a versão oficial -cientificamente selada- pela Nasa e já a ser doutrinada em escolas e principalmente nas universidades.
Apesar de tudo as suas tentativas ficaram registadas.
E isto conclui o curioso caso do Dr Levin.
Ou talvez não.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



Como muitos dos leitores devem saber, há algum tempo, foi feita uma análise oficial a um meteorito vindo de Marte e após muita discussão a Nasa veio finalmente em Agosto de 1996 anunciar que havia detectado possíveis micro-organismos marcianos, tendo o anúncio oficial sido inclusivamente feito pelo presidente Bill Clinton.
Agora já haveria oficialmente pelo menos a possibilidade dos resultados das experiências da Viking terem sido mal interpretados ao revelarem apenas resultados negativos.
O que a Nasa curiosamente se esqueceu de mencionar ao narrar o historial deste tipo de experiências aos media foi o caso do Dr Levin.
Nem uma palavra sobre o assunto, sobre o passado e muito menos sobre o senhor ou sobre o resultado das suas experiências no solo de Marte.


Mas não foi apenas isso que ficou esquecido no comunicado oficial de 1996. Alguém se esqueceu de mencionar também que não havia apenas um grupo da Nasa fazer análises aos fragmentos do respectivo meteorito.

 De facto um segundo grupo de cientistas independentes ligados a uma universidade americana, havia apenas três ou quatro meses antes tentado eles próprios também oficializar os mesmos resultados positivos junto da Nasa e dos media a ela conectados, tendo as suas conclusões sido imediatamente contestadas e ignoradas.
Para este primeiro grupo independente da Nasa que meses antes já tinha obtido tais resultados numa análise deste tipo, não houve nenhuma conferência de imprensa para os anunciar ao mundo, claro está.

 

Após anos na sombra o Dr Levin viu o anúncio oficial da Nasa sobre a análise do agora oficialmente famoso meteorito "ALH84001" e decidiu que chegara a hora de voltar a protestar contra a censura científica de que tinha sido injustamente alvo nos anos 70. Agora já com um nome conceituado na sua área de actuação, foi-lhe relativamente mais fácil fazer ouvir o seu protesto.


Desta vez já de uma forma mais aberta em (quase) todos os meios de comunicação ao dispor.
Foi o início do ressurgimento em força da polémica sobre vida em Marte. E agora havia também um novo meio de comunicação que até então nunca tinha existido, a Internet. Desta vez alguém iria ter de ouvi-lo ao fins de tantos anos.


Foi também nesta altura que se libertaram documentos onde constavam dados técnicos que vieram explicar o porquê de toda a gente não ter detectado vida em Marte durante as missões Viking a não ser o Dr. Levin e a explicação era bem simples, comprovando tudo aquilo que já se suspeitava mas que durante anos tinha obviamente andado apenas pelo campo da teoria da conspiração.

Nenhuma das experiências que obtiveram resultados negativos estaria realmente calibrada com a intensidade necessária para terem conseguido detectar o que quer que fosse. Se as experiências tivessem sido realizadas na Terra teriam indicado também que o nosso planeta não teria qualquer tipo de vida microscópica sequer !

O único cientista a ter a sua experiência calibrada de forma a conseguir realmente detectar o que por lá estaria no solo marciano nesse dia tinha sido apenas o Dr Levin. O único do grupo que lá estava a nível independente e portanto totalmente alheio às políticas de bastidores que se tinham sucessivo mal a Face on Mars fora descoberta e o único dos cientistas que era essencialmente carta fora do baralho na hierarquia dos técnicos directamente ligados à Nasa. Pior ainda era apenas um dos jovens cientistas  independentes que tiveram a sorte de ser selecionados para enviarem também as suas experiências junto com a missão quase em jeito de “mascote” da missão.
Portanto, a partir do momento em que a polémica da Face on Mars foi despoletada e a partir do momento em que a Nasa decidiu que nas missões da Viking afinal não se iria oficializar descoberta de vida nenhuma, tudo o que o jovem Levin pudesse ter obtido nem sequer alcançaria os media e efectivamente o cientista após ter detectado vida em marte não passou dos corredores do poder e foi imediatamente remetido para a sombra mediática onde permaneceu até finais dos anos 90 quando na verdade
se provou longe dos anúncios mediáticos que Levin terá sido realmente a primeira pessoa a descobrir vida fora do nosso planeta. E essa vida foi descoberta em Marte não muito longe de onde se encontrou precisamente a Face on Mars.


Resultado, Levin após partilhar todos os seus dados com colegas cépticos e não só, obviamente que não conseguiu alterar dos livros de história a já selada versão oficial da Nasa mas acabou por ser um dos grandes responsáveis por actualmente existirem dois campos científicos/políticos opostos na questão sobre o que estará realmente a nossa espera em Marte.


Inevitavelmente, o Dr Levin passou automaticamente de "adepto da teoria da conspiração" ou "conspirador pseudo-cientifico” como já era apelidado em alguns círculos de debunking a uma posição de autoridade na matéria e levou muita gente dentro do meio científico e não só, a pensar duas vezes antes de voltar a abrir a boca contra o que ele tinha para mostrar, pois documentação nunca lhe faltou.
O site do Dr Levin contém informações precisas sobre os seus resultados de 1976 na descoberta de vida em Marte onde poderão confirmar que isto da chamada Teoria da Conspiração se calhar por vezes é muito menos teórica do que o sistema tenta fazer crer ao público em geral.
Recomendo vivamente que passem por lá os olhos se ainda tiverem dúvidas.


http://www.gillevin.com/mars.htm

 

Ao contrário do estigma que perseguiu muita gente durante os anos 80, a partir daquele momento tonou-se necessário separar com muito cuidado os “pseudo-cientistas” com créditos firmados (apesar de ridicularizados), daqueles imbecis sem qualquer conhecimento técnico que são na realidade quem contribui para que atitudes como as da chamada -ciência oficial- continuem a existir.


Não se pode continuar a meter tudo no mesmo saco embora para o auto-intitulado céptico do público anónimo tudo continue a não ter interesse para além daquilo que ele já viu mostrado no telejornal ou no último documentário "actualizado" do Discovery Channel onde nunca se passa nada.


Entretanto, também inevitavelmente a história do Dr Levin veio contribuir para dar um tom finalmente mais sério aos "outros malucos" que há mais de 30 anos afirmam que Marte contém não apenas micróbios, mas principalmente possíveis restos arqueológicos de uma muito antiga civilização da qual apenas a Face on Mars se tornou o exemplo mais conhecido.


O que não quer dizer que seja a única estrutura anómala em Marte. Já não haveria polémica se assim fosse.
Como se tudo isto já não fosse suficiente para colocar a Nasa de orelhas a arder , eis que entra em cena
Arthur C. Clarke.
 

Não é fácil apresentar este tema a pessoas que o desconhecem em absoluto.

 

E mais difícil ainda é apresenta-lo de uma forma que não o remeta logo para o campo da sempre tão conveniente Teoria da Conspiração. Principalmente porque a polémica começou precisamente com essa conotação e pelo menos até 1996 ainda era assim que o tema costumava ser referido em comunicados da Nasa principalmente quando a meio das suas habituais conferências de imprensa precisavam de uma "palhaçada" para distrair os repórteres.


Embora actualmente desde que até já temos céus azuis em Marte as piadinhas sobre conspirações tenham andado ausentes das conferências mediáticas da agência espacial norte americana. Deve ser outra coincidência; que abordarei na altura certa mais à frente neste trabalho.


Mas que fique desde já clara uma coisa; a polémica sobre Marte começou com esse estigma porque obviamente não teve outra hipótese.


Tivesse a Nasa se dignado a discutir o assunto abertamente desde logo e todos os cientistas independentes que formaram opiniões contrárias nunca teriam de ter passado por anos de ridículo, muitos com a agravante de terem tido as suas carreiras destruídas não só a nível de oportunidade em trabalhos governamentais ligados aos seus sectores de especialidade, mas principalmente no que toca à parte mediática, intimamente ligada ao sistema académico dito - a sério.


Quantos cientistas a sério ligados à exploração espacial americana, é que o leitor conhece da Tv e das revistas que não sejam pessoas empregadas dentro do sistema Nasa/JPL e afins ?
Quantas descobertas científicas espaciais de relevo histórico é que o leitor já viu anunciadas na televisão atribuídas a cientistas independentes fora da esfera da Nasa/JPL/Seti ?

A Ida à Lua em 69 incutiu na cultura popular a ideia de que no planeta Terra só existe um grupo de cientistas espaciais capazes de anunciar descobertas válidas, os cientistas americanos ou apoiados do topo da pirâmide, pelo Governo Americano.


Ninguém se lembra de pormenores sobre anúncios a propósito de descobertas espaciais divulgados por outros grupos de cientistas mundiais, mas toda a gente tem pelo menos uma imagem visual na memória dos anúncios apresentados nas mediáticas conferências da Nasa.


Acima de tudo porque os americanos têm naves e portanto para o leigo comum, se existe alguém que sabe o que diz só pode ser da Nasa pois todos os restantes não têm meios para verificar "na primeira pessoa" qualquer teoria. Como resultado disto, ainda hoje qualquer conclusão que seja anunciada por quem quer que seja só passará a constar nos livros de história no dia em que depois a Nasa vier oficialmente dar o seu "selo de garantia" na habitual cerimónia mediática.


E principalmente, só assim passará também a constar das referências científicas presentes na bagagem cultural do comum dos interessados por estes temas, normalmente o pior dos debunkers.


O público esquece-se que a investigação é feita principalmente através da análise de dados e a partir do momento em que eles ficam disponíveis qualquer cientista independente tem tanta credibilidade para oficializar uma descoberta feita a partir da análise desses mesmos dados como qualquer outro.
Seja Americano, Japonês, Indiano ou até porque não, Português ! A competência, credibilidade ou fiabilidade não podem ser rótulos que vêm agarrados ao protagonismo mediático, mas sim à análise de todo o material disponível e aqui é que chegamos ao ponto central da questão.


Para o público, quem até hoje tinha o melhor material disponível sobre Marte foi obviamente, sempre a Nasa.
Nasa no entanto, que já nos tempos das missões Apollo durante os anos 70, era alvo de queixas de empregados anónimos revelando que nem todo o material conseguido era facultado livremente aos cientistas que apesar de naturalmente à partida serem os mais interessados, muitas das vezes tinham no entanto imensa dificuldade em obter o que precisavam, isto de uma forma geral.
E estamos a falar de empregados da própria Nasa.


Quanto ao público obviamente só via aquilo que era considerado oficialmente importante e digno de ser mostrado. Um processo de filtração normal e obviamente necessário, mas que a partir das missões lunares começou a adquirir contornos de censura interna.

Este clima segundo muitos cientistas, futuros protagonistas de acontecimentos que irei citar a seguir (ex-Nasa e não só), começou a agravar-se após o final das missões Viking a Marte e depois do entusiasmo mediático ao redor da Cara de Marte.  Especialmente no que dizia respeito a documentos fotográficos relacionados com o planeta vermelho.

 

A SEGUIR: "Afinal havia outra..."

Conta a lenda que até ataques cardíacos houve entre certos responsáveis da Nasa no dia em que  Arthur C. Clarke também decidiu ele próprio tornar o mais oficial possível as suas opiniões sobre o que estaria à nossa espera em Marte.
Desde esse momento em diante e durante algum tempo Arthur Clarke não se fez tímido em vir a público sempre que achava por bem contradizer o que a Nasa afirmava que deveria ser a versão oficial sobre o assunto.

Ele era rádio, televisão, internet e jornais.

Curiosamente nada passou sobre isto nas televisões portuguesas.

Arthur Clarke, tornou-se inclusivamente no primeiro cientista mediático a fazer declarações que apoiam as conclusões de quem luta pela legítimação da perspectiva arqueológica sobre Marte, conseguindo pela primeira vez passar este assunto em várias televisões mais mainstream dos EUA para desagrado de muita gente. A partir desse momento tornou-se mais difícil ridicularizar toda a questão para quem estava mais atento ao tema, embora seja mais outra coisa que passou totalmente ao lado ao debunker comum, principalmente em Portugal.

Resta dizer que Arthur Clarke durante este período, chegou a ser declarado "persona non grata" na Nasa, tendo sido inclusivamente proposto a certa altura retirarem-no do Quadro de Honra e remover a sua fotografia dos corredores.

 

E já agora, para quem quiser um pormenor realmente saído do fundo do baú da chamada -Teoria da Conspiração- no que respeita a Clarke depois mais tarde contarei uma coisa fascinante e muito curiosa.


A respeito de Clarke ainda há muito para dizer mas isso fica para mais adiante.

Só para manter o suspense. Ainda há muito para contar e o melhor ainda está para vir.

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