top of page

Se já espreitaram a primeira, a segunda e a terceira parte vamos então á quarta, onde passaremos a analisar em detalhe os tais pixeis miraculosos que projectam sombras e definem níveis de luz num plano.

Passemos então á minha própria análise da imagem da Cratera de Hale. Como referi, até ontem também eu estava convencido que nem valia a pena dar-me ao trabalho, pois tudo não passaria claramente de uma ilusão de óptica. Mas como tinha que escrever este capítulo meti mãos á obra e acabei tendo que concluir o que não esperava de todo. Muito menos pensava vir a escrever tanta página sobre isto pois antes de ter investigado pessoalmente o assunto tinha por evidente que nada iria sair desta suposta anómalia.

 

AS RUÍNAS DA CRATERA DE HALE
A fascinante e controversa cratera de Hale
PARTE 04

 

Ver para crer

 

Penso que pessoalmente tenho uma vantagem, sobre todos aqueles que até agora vi discutirem e analisar o tema nos forums. Não só eu trabalhei profissionalmente em design gráfico desde 1992 com softwares como o Deluxe Paint para DOS (programa de desenho com mais pixeis nunca houve) e também com o Photoshop desde que surgiu no mercado, como principalmente também desde essa altura eu também trabalho com pintura, desenho tradicional e ilustração.

 

O que me dá a possibilidade não só de poder contestar a teoria dos pixeis pela vertente gráfica mas acima de tudo pela forma como eu sei que uma estrutura tem que ser traduzida em 2D para poder representada numa pintura.

 

E garanto-vos, não há nas anómalias no solo da Cratera de Hale um padrão geométrico "anormal" que não possa ser traduzido numa paisagem imaginária cheia de ruas, edificios e caminhos se quisermos projectar as suas formas numa tela de um quadro.

Nem precisamos de recorrer á imaginação para técnicamente podermos reproduzir tudo aquilo correctamente num desenho. Basta, copiarmos ao pormenor, todos os níveis de luz de cada patamar da paisagem e a sua extraordináriamente correcta projecção de sombras no plano e obteremos a estrutura base para a representação de edificios que depois poderemos decorar a nosso gosto com motivos e texturas imaginárias.

 

Se tudo não passasse apenas de uma excessiva pixelização e de artefactos de imagem como argumentam os cépticos e ridicularizam os debunkers, eu pelo menos gostava que me mostrassem o desenhador, arquitecto ou pintor que consegue pegar numa coleção de verdadeiros pixeis e artefactos de imagem e sendo completamente fiel ao que eles mostram no ecran, consiga criar o efeito arquitectónico e de paisagem organizada que aparece em bastantes detalhes ao acaso na Cratera de Hale sem usar a imaginação para o fazer.

 

Isto quando apenas se altera o contraste da imagem original e fazemos zoom a um nível que nem sequer vai para além das possibilidades de resolução da própria informação digital contida no ficheiro disponibilizado em forma de fotografia pela ESA.

 

Pelo que vi nos forums, normalmente os debunkers como não gostam de admitir que a realidade possa ser diferente das suas próprias certezas, ainda argumentam que uma das grandes provas de que tudo não passa mesmo de pixelização e artefactos de imagem está no facto de que os chamados "caçadores de anómalias" cometem logo á partida o grande erro de andar a manipular imagens em JPEG e segundo os debunkers, não existe maior prova de que tudo não passam de fantasias e más interpretações do que essa, pois como muita gente bem sabe, ao contrário de outros formatos de imagem mais adequados a imagens de alta resolução, os ficheiros em JPG são constituidos por um verdadeiro mar de pixeis na maneira como funcionam e nos apresentam a imagem.

 

Isto é uma das razões porque são também um dos formatos mais leves e manipuláveis pois permite um bom controlo do utlizador em definir a sua qualidade visual apenas escolhendo no momento da gravação qual a intensidade de pixeis que quer ver na imagem a gravar.

Sendo um formato de imagem tão "amador", é óbvio que os debunkers não iriam perder tempo em usar esse argumento de que o facto dos malucos que vêm coisas onde não existem andarem a ampliar JPGs é logo a melhor prova do ridiculo que esta história de uma cidade debaixo da areia na Cratera de Hale se tornou.

 

Será mesmo assim ? Bom, só para chatear, eu decidi não só também espreitar este JPG original da ESA como ainda por cima resolvi ampliá-lo usando versões com diferentes niveis de qualidade.

 

Quanto menos qualidade na gravação de uma cópia, mais artefactos e pixeis aparecerão então na imagem. Correcto ? Correcto.

Não há aqui espaço para colocar todo o resultado em detalhe, mas resta só dizer que os debunkers têm razão. Realmente quando se altera o contraste da imagem aparecem pixeis e artefactos que nunca mais acabam.

Agora, o curioso é que o facto de fazermos isso numa imagem de menor resolução não apaga de todo as anómalias geométricas ou as transforma em algo abstracto.

Apenas obtemos mais pixeis em versões mais degradadas da imagem, mas as anómalias continuam lá independentemente da qualidade do JPG analisado. Lá se vai o argumento dos artefactos mais uma vez..

 

JPG com a qualidade máxima

JPG com a qualidade mínima

E pergunta o leitor, então mas isto a serem de facto indicios de que algo mais do que apenas pixeis e artefactos de imagem está realmente ali, porque razão é que não se vê tudo tão nitido e principalmente tão brilhante como por exemplo se vêem os reflexos de luminosidade nas montanhas ?

 

Bom, voltando a tudo aquilo que referi na segunda parte desta abordagem á polémica da Cratera de Hale; no que toca a propriedades de cada fotografia, mais uma vez não se esqueçam que o que podemos agora descobrir nestas imagens é extraído essencialmente de - Data - presente na imagem original.

 

Neste caso, essa - Informação - adicional que foi registrada pelas câmeras da ESA, até se encontrou parcialmente visivel e bastou uma alteração no contraste da foto original para para conseguirmos detectar essas "estruturas" anómalas.

No entanto, não se esqueçam que tudo isto não se encontrará porventura completamente á superfície e estará pelo menos parcialmente debaixo de areia há muitos séculos protegida dos ventos pelas paredas da própria cratera.

 

Foi na realidade uma sorte ou um acaso, a dimensão desta anómalia ser tão grande que inevitávelmente ficou registada digitalmente na - Data - captada pelas câmeras em órbita que fotografavam o planeta.

 

Esse facto, impede que aquelas diferenças de iluminação no topo "dos telhados" dos "edificios" sejam perceptiveis a olho nu e como tal, da mesma forma que a ESA preparou a imagem para ser mostrada ao público ao nível de detalhe que foi lançada, também cada um dos leitores, pode pegar nessa imagem que contém a informação original captada na sua totalidade e descendo um nível abaixo daquilo que será uma agradável paisagem marciana para consumo popular, encontre ao editar o contraste e o brilho, tudo aquilo que até há pouco tempo permaneceu oculto aos olhos de toda a gente nesta espectacular imagem obtida pelas câmeras da ESA.

 

A SEGUIR: Vamos aos detalhes. Onde se prova por A+B que o Coliseu de Roma não existe.

bottom of page