O que se passou entre as Viking, o Cosmos de Sagan e o novo Marte a partir de 2004 ?
O aparecimento de céus azuis deixou de ser um impossibilidade científica; sem qualquer anúncio oficial.
Isso fez com que a polémica sobre a eventual artificialidade de muitas anomalias ganhasse destaque !
E correndo o risco de me repetir, este é outro dos momentos em que a informação se cruza e portanto será inevitável continuar, referindo que a polémica da artificialidade em Marte ganhou destaque devido ao trabalho do Dr Stan McDaniel.
A investigação que culminou no muito incómodo relatório, -McDaniel Report- entregue ao Congresso norte americano e à própria Nasa em finais de 1993 não só trouxe de novo o assunto da Teoria Arqueológica de volta aos media americanos, como foi o primeiro documento verdadeiramente independente a demonstrar que nem a Nasa era aquela instituição séria e honesta apesar da imagem construída à sua volta, nem Carl Sagan era o santo impoluto do cepticismo cientifico que ainda hoje muitos debunkers (especialmente os portugueses) querem acreditar que ele era.
Correndo o risco de me repetir, pois já o citei também no capítulo sobre a Face on Mars, penso que é fundamental que eu deixe aqui novamente as conclusões do McDaniel Report especificamente sobre a participação de Carl Sagan em todo o processo supostamente cientifico com que a anomalia foi imediatamente desacreditada no final dos anos 70. Até porque infelizmente, todo este assunto já é tão complexo que alguém que o tente divulgar precisa constantemente de estar a cruzar informação de um lado para o outro pois de outra forma seria impossível conseguir organizar uma narrativa coerente.
Poderão encontrar o texto integral sobre este segmento do McDaniel Report no capitulo sobre a Face on Mars noutra parte deste trabalho.
Ente muitas outras coisas, escreveu então o Dr McDaniel no relatório final entregue no Congresso norte americano e simultaneamente à direcção da Nasa no final de 1993; ( três dias antes da Mars Observer desaparecer misteriosamente) :
“… A minha perspectiva originalmente ingénua - de que todos os cientistas da Nasa estariam
sinceramente interessados na verdade - foi completamente estilhaçada quando encontrei uma
das mais óbvias peças de desinformação que alguma vez tinha visto; escrita não por um
qualquer obscuro empregado do departamento de relações públicas da Nasa,
mas por um prestigiado membro da equipa Viking, o Dr Carl Sagan.
O contributo do Dr Sagan para este tema não pode ser interpretado como um mero devaneio científico;
o seu autor possui demasiado conhecimento sobre o assunto para isso ter acontecido assim.”
- Stanley V. McDaniel - The McDaniel Report - 1993
Se já leram os meus capítulos sobre a polémica da Face on Mars, lamento continuar a repetir-me, mas penso que isto é também algo que não posso deixar de referir aqui precisamente neste segmento sobre Sagan.
E falo claro da carta que este enviou ao Dr John Brandenburg a propósito do seu estudo independente de algumas das mais populares anomalias Marcianas mais ou menos pela mesma altura em que era divulgado o Relatório McDaniel.
Poderão ler sobre isto mais em detalhe então numa das minhas partes sobre a Face on Mars, mas o que se passou foi que quando o Dr John Brandenburg (conceituado especialista de imagem), decidiu também ele tirar a limpo se toda a polémica inicial sobre coisas anómalas em Marte teria algum fundamento científico real, ele não só deu-se ao trabalho de executar uma análise verdadeiramente independente de algumas das imagens mais polémicas como chegou também a conclusões que ele mesmo não esperava chegar. Isto porque o seu próprio trabalho teve como resultado não algo que concordasse com a versão oficial da Nasa provando que nada mais havia em Marte do que pedras e formações geológicas mas demonstrou precisamente o oposto.
Intrigado com os seus resultado, o Dr. John Brandenburg escreveu ao seu colega Carl Sagan, apresentando-lhe os dados da sua própria análise e pedindo-lhe uma reflexão e uma análise crítica da parte do popular cientista televisivo sobre a validade dos mesmos.
Como resposta recebeu uma carta com uma única linha da parte de Sagan que dizia:
"Isto nem sequer tem a ver com o senhor. estar certo ou errado.
O senhor não entra sequer na conversação.”
- Carl Sagan na carta de resposta ao Dr John Brandenburg.
Ora como eu já escrevi também no capítulo sobre a Face on Mars, isto indica claramente duas coisas. Uma que afinal existe efectivamente um grupo de pessoas que sabem mais coisas sobre o que estará à nossa espera em Marte do que aquilo que tem sido partilhado com a opinião pública; outra que qualquer pessoa que tente chegar junto desse grupo de elite com conclusões que contradigam cientificamente a versão oficial sobre o tema, nunca será sequer ouvido porque simplesmente não pertence...
- "à conversação".
Chegados aqui, haverão muitos leitores agora extremamente indignados com tudo o que escrevi e descrevi. Não tenho dúvidas nenhumas que a reacção seguinte será a do costume e muita gente irá escolher ignorar tudo o que aqui registei argumentando que não existem provas de que isto alguma vez sequer aconteceu, porque o que se lê nos sites dos tais pseudo-cientistas não tem valor, simplesmente porque não tem o selo de aprovação da Nasa ou alguma vez apareceu no telejornal.
Tudo normal no típico procedimento de debunking amador portanto.
A pior armadilha em que alguém como eu que pretende apenas divulgar a cronologia dos acontecimentos á volta deste tema, pode incorrer é a de tentar provar toda e cada afirmação e sendo assim remeto todas as dúvidas para cada um dos leitores. Quem continuar interessado tem um mudo inteiro de informação a descobrir e recomendo que o tentem fazer se quiserem comprovar tudo o que afirmo aqui no meu trabalho. Inevitávelmente irão encontrar muito lixo, muita imbecilidade, mentiras, "inverdades", desinformação e milhares de sites racionais onde o debunking profissional tenta fazer crer que está tudo muito bem explicado garantindo ao debunking amador que não há mesmo nada para ficar a conhecer para além do que lhes é dito nas fontes oficiais; mas separar o trigo do joio é algo que cada um de nós aprende a fazer quando passar tempo suficiente a tentar chegar ás raízes de todo o historial. Sendo assim o leitor está por sua conta para além do que pode ler neste trabalho, pois a última coisa que eu pretendo com isto é perder tempo a provar toda e qualquer afirmação pois isso seria aborrecer de morte metade dos leitores que estão essencialmente interessados no que se passou.
Retomando a questão, essencialmente foi isto que se passou desde as Viking e a desmistificação original da Face on Mars no final dos anos 70.
Posteriormente sucederam-se as missões que falhavam sem explicação, a Nasa foi apanhada em contradições pelo próprio congresso norte americano pelo menos por duas vezes, e Marte foi durante 20 anos um planeta realmente vermelho. Isto porque os seus empregados publicavam artigos cientificos a provar que o mesmo tipo de fotografias que em 2014 já apresentam retratando excelentes e banais céus azuis, anteriormente seriam científicamente impossiveis de ser obtidas devido ás caracteristicas da luminosidade do planeta, à acumulação de óxido de ferro, entre muitas outras justificações totalmente racionais da parte da Nasa e principalmente do Dr Michael Malin, dono e senhor de todas as cameras das missões até há bem pouco tempo e perfeitamente acompanhado por jogadas de debunking profissional nos media perpretadas por -cientistas a sério- como Phil Plait, também conhecido como o "Bad astronomer" e verdadeiro especialista na publicação de artigos técnicos e totalmente racionais que suportam sempre todos os anúncios que a Nasa manda a público.
Até há bem poucos anos até Plait demosntrava cientificamente que nunca poderiam exitir céus azuis e os cépticos e debunkers aplaudiam a extraordinária racionalidade que demonstrava científicamente aos desgraçadinhos que têm sites como o meu o quanto a cor predominante só podia ser a vermelha. Afinal, como toda a gente sabia, Marte era conhecido como Planeta Vermelho por algum motivo e tudo o mais seria teoria da conspiração.
Só agora anos depois em entrevistas na rádio quando confrontados com o facto das fotos da Viking inicialmente se parecerem estranhamente com as actuais "mais terrestres" é que o assunto é remetido para as habituais questões técnicas da especialidade de outro alguém e portanto sem comentários.
Mas voltando a Sagan. É agora conhecido (após a morte de Sagan) que tanto Carl Sagan como Arthur C. Clarke ao longo dos anos se mantiveram muito interessados no trabalho de divulgação feito pelo ridicularizado Richard Hoagland mesmo quando este último já era considerado um maluco teórico das conspirações como é hoje em dia para o mainstream, (muito por culpa dele próprio verdade seja dita, embora não deixe de ser injusto por muitos e variados motivos).
O livro "Monuments of Mars - 5ºEdição" contém inclusivamente transcrições de e-mails, cartas e conversas trocadas com Hoagland sobre o tema da possível artificialidade de algumas anomalias; isto para qualquer céptico que quiser confirmar o quanto afinal cientistas a sério como Sagan e Clarke afinal também se interessavam de verdade sobre a possibilidade arqueológica marciana e fora dos olhares do público, em privado não tinham problemas em discutir o assunto seriamente entre eles.
Como nota final sobre este tópico envolvendo o cientista favorito dos debunkers, preciso de confessar aqui também que eu próprio cometi uma -“inverdade”- ao longo deste meu trabalho…
Contrariamente ao que afirmei ao longo deste meu trabalho, na verdade é mentira que alguma vez qualquer cientista independente ou…pseudo-cientista não tenha conseguido publicar o seu trabalho em revistas científicas mainstream ou que toda a gente tenha sido impedida de apresentar as suas análises para peer-review pelos seus colegas científico no que toca a estudos sobre a hipótese arqueológica marciana.
Houve um cientista que conseguiu publicar e apresentar toda a sua análise da Face on Mars com conclusões que demonstraram o quanto a Nasa estaria enganada em tudo o que insistia em desmistificar. O cientista foi o Dr. DiPietro no início dos anos 80. O único a ter conseguido furar o estigma de pseudo-cientista por se ter dedicado ao estudo da Face on Mars e o único a ter conseguido publicar nos organismos científicos de referência na época.
Adivinhem quem conseguiu que essa publicação fosse aceite. Carl Sagan.
Na mesma época em que voltava a falar de pirâmides em Marte dando-lhes destaque no documentário Cosmos. Algo que curiosamente só foi divulgado após a morte do popular cientista.
Fica aqui a ideia plantada e espero que tenha no mínimo demonstrado bem que Carl Sagan felizmente foi sempre um cientista realmente a sério que apesar de tudo pelo menos em privado tinha um espírito bem mais aberto a muitas questões.
Pessoalmente penso que Carl Sagan foi o homem certo na altura certa quando a Nasa precisou de ocultar rapidamente uma descoberta que poderia evidenciar que existiam ruínas em Marte. A Nasa nunca poderia apresentar uma coisa dessas nos media da noite para o dia sem um detalhado estudo posterior e Carl Sagan foi a escolha perfeita para legitimar a descredibilização inicial das anomalias, até porque no que toca à vanguarda das teorias sobre astronautas do passado o cientista seria na época o académico que melhor estudo tinha feito sobre o tema. Seria inevitável que a manter-se o modelo Brookings de modo preparar o público para um choque cultural como sendo a descoberta de uma antiga civilização em Marte, alguém como Sagan fosse colocado a gerir mediaticamente tanto os danos como a própria aclimatação da opinião publica a uma ideia assim.
Como tal o que na minha opinião é totalmente redutor e ofensivo é a constante tentativa dos debunkers amadores o pretenderem ver e apresentar como o rei do cepticismo e deus sagrado do debunking profissional como se fosse um qualquer super cientista a sério, ou pior ainda, uma espécie de santo da sagrada santa igreja do pseudo racionalismo científico.
Especialmente quando os debunkers desconhecem em absoluto a importancia do seu contributo para o que hoje se designa por Teoria dos Antigos Astronautas.
Von Daniken pode ter ficado conhecido por esta, mas foi Sagan quem primeiro lhe dedicou um estudo realmente cientifico -a sério- e não deixa de ser fascinante em como tudo isto está actualmente esquecido e todos os debunkers, especialmente os tugas nem sonham que Sagan foi um dos grandes impulsionadores da Teoria dos Antigos Astronautas bem antes dela ter sequer este nome que hoje se tornou num verdadeiro estigma.
Carl Sagan e MARTE
A propósito de Carl Sagan
Aparentemente uma das coisas que mais irritou ao extremo dois debunkers que se deram ao trabalho de me enviar e-mails de ódio com ameaças de morte na altura em que este tópico gerou mais de 140.000 visitas em dois forums de internet dez anos atrás, foi o facto de eu ter referido o nome de Carl Sagan na minha narrativa original e destacado o seu envolvimento neste assunto.
Não deixa de ser interessante como isto acaba por ser um excelente exemplo do poder que a televisão e os media têm na opinião popular.
Existe uma aura de seriedade tal, projectada pela televisão em redor de Sagan que imediatamente para o céptico ocasional e principalmente para o debunker fundamentalista não há melhor argumento para apresentar neste tipo de discussão do que o facto do autor de Cosmos ter sido (julgam eles) um céptico convicto e um desmistificador acérrimo deste tipo de fantasias.
Inevitavelmente apresentam logo o famoso livro "Um mundo infestado de demónios", (essencialmente a "Bíblia" do debunker amador português) como prova suprema de que os verdadeiros cientistas não acreditam nestas coisas. Sendo assim, como pode o meu texto dignar-se agora a querer manchar o bom nome científico do popular autor tentando conotá-lo com malucos que acreditam em astronautas do passado e pirâmides perdidas em Marte ?!
É simples. Importa então desenvolver um bocadinho mais aquilo que não pude apresentar (no capítulo 13 do historial desta polémica) a propósito da participação de Carl Sagan em tudo isto, porque há neste assunto um pormenor muito importante que o típico debunker nem sonha.
Entre o final das missões Viking e o ano de 1983/4, a polémica da Face on Mars tinha virtualmente desaparecido da face da terra. Nos anos que se seguiram à desmistificação inicial nas conferências das Viking, o público perdeu o interesse e o tema deixou de ter na cultura popular o impacto que teve a quando da descoberta da fotografia inicial tendo literalmente caído no esquecimento. Ninguém mais falava de Caras ou outras anomalias em Marte quando estávamos a chegar aos anos 80.
Ninguém, excepto Carl Sagan.
Curiosamente, o próprio Sagan tinha sido no entanto instrumental no processo de descredibilização da Face on Mars durante as missões Viking pois ele foi a face respeitável que na altura garantira ao público que tudo já tinha sido muito bem estudado e não havia mesmo nada para ver sobre a anomalia original.
Contraditoriamente ao mesmo tempo que trabalhava para a Nasa e aparecia nos media como a voz racional no meio de todo o caos mediático que a descoberta da Cara de Marte gerou, Sagan demonstrava uma outra perspectiva quando em terrenos privados, sendo esta uma das suas facetas mais ambíguas e curiosamente uma das mais desconhecidas do grande público.
Carl Sagan tem a fascinante particularidade de até hoje, desde que esta polémica começou, ter sido o único cientista (daqueles que o público considera a sério) a não só, ter incluído o tema das anomalias de Marte num popular trabalho de divulgação científica para o grande público, (o extraordinário documentário Cosmos), como ainda por cima deu-lhe um destaque que ninguém mais atento esperava lá encontrar.
Surpreendentemente tratou o tema da possível existência de artefactos arqueológicos Marcianos, em horário nobre na televisão sem o mínimo desprezo...muito pelo contrário.
O que não deixa de ser curioso, visto o assunto da Face e das supostas pirâmides ter sido na altura a muito custo apagado do imaginário popular e os representantes da Nasa não quererem sequer ouvir falar do tema à data que Cosmos foi para o ar.
Inclusivamente, até Sagan trazer de novo o tema de volta, este estava já oficialmente esquecido nos arquivos.
Em 1980, foi então para o ar um documentário de financiamento independente, chamado Cosmos; apresentado pelo mesmo cientista que teve um papel determinante na desmistificação oficial da polémica da Face on Mars mas que agora trazia o assunto das anomalias de volta ao imaginário popular quando poderia ter simplesmente feito como todo o sistema se esforçou por fazer e ter escolhido não recordar mais o tema. Muito menos apresentá-lo em horário nobre.
Supreendentemente Carl Sagan não só fez um excelente trabalho de divulgação de algumas anomalias como ainda por cima deu-lhes bastante tempo de antena na própria duração do episódio sobre Marte.
O que não deixa de ser algo contraditório; porque, recordem-se...nesta mesma altura quando -no seu emprego- representava a Nasa, Sagan continuava publicamente a dizer ao público para não perderem mais tempo a pensarem no assunto da Face on Mars pois todos os mistérios em Cydonia estariam mais que resolvidos e a solução era sem sombra de dúvida geológica.
Para surpresa de muitos já na época, apesar da sua posição pública oficial, refere Carl Sagan no documentário Cosmos comentando uma excelente fotografia:
"[...] And one of the strangest features on Mars are the Pyramids of Elysium, ten times taller than the Pyramids of Egypt. Perhaps they´re only mountains sculpted by the fearless winds. But perhaps...[PAUSA]...They´re something else... "
“[…] E um dos pormenores mais estranhos em Marte são as Pirâmides de Elysium, dez vezes mais altas que as pirâmides do Egipto. Talvez sejam apenas montanhas esculpidas por ventos temerários. Mas talvez…[PAUSA]…Sejam outra coisa…”
Dirá qualquer céptico, então e depois ?... Não estará Carl Sagan apenas a comentar o assunto de modo a desmistificá-lo de uma vez por todas, mostrando um exemplo da imaginação popular?
Bem…primeiro, depois do trabalho que a Nasa teve para provar que não existiam anomalias que pudessem ser interpretadas como artificiais, o facto de Sagan dar um destaque destes precisamente a uma delas foi algo inédito e totalmente contraditório ao que seria de esperar tendo em conta o barulho mediático ocorrido apenas alguns anos antes e que tanto trabalho dera à Nasa desmistificar e ridicularizar.
Especialmente quando se tratava das populares - "pirâmides de Marte" - a principal anomalia que no início dos anos 70 tinha inclusivamente sido alvo de análises científicas independentes que não só apontaram como apoiaram a hipótese de artificialidade contra todas as outras possíveis explicações mais racionais.
"This simple explanation , [processo natural], does not stand up to closer examination. Wind tunnel tests were done by Nasa engineers to simulate the creation of formations similar to those photographed by Mariner 9. All this experiment proved, was that soil accumulation or wind sculpting would not provide for four equally spaced tetrahedral formations. It was not possible to simulate an evenly spaced arrangement of objects in the wind tunnel to match the mathematical distances one finds in the four major and minor pyramids in the área of Elysium." - (Hurtak/Crowley comentando as pirâmides de Eliseu no livro "The Face on Mars")
“Esta simples explicação, [processo natural], não resiste a um exame mais aproximado. Testes em túneis de vento foram realizados por engenheiros da Nasa para simular a criação similares a essas fotografadas pela Mariner 9. Tudo o que as experiências provaram foi que uma acumulação de solo ou qualquer processo de escultura pelo vento não originariam quatro formações tetrahédicas uniformemente espaçadas. Não foi possível simular uma arrumação espacial uniforme dos objectos no túnel de vento que igualasse as distâncias matemáticas que podemos encontrar nas quatro maiores e mais pequenas pirâmides da área de Elysium.”
- (Hurtak/Crowley comentando as pirâmides de Eliseu no livro "The Face on Mars")
Em vez das pirâmides, Carl Sagan poderia ter ido buscar o exemplo popular da Face on Mars, então totalmente desmistificada e ridicularizada, para exemplificar o romantismo fantasista do público por Marte.
Não o fez.
Nem sequer ridicularizou a temática e foi buscar precisamente o único exemplo que na altura tinha sido estudado exaustivamente por processos científicos perfeitamente mainstream e totalmente legitimados para figurar naquele que foi um dos primeiros documentários científicos dirigidos ao grande público.
O que não deixa de ser absolutamente fascinante. Tendo em conta a posição de Nasa sobre possíveis artefactos arqueológicos em Marte já nessa altura, uma super produção televisiva extremamente mediática como foi Cosmos teria sido a oportunidade perfeita para a ciência oficial colocar de vez o último prego no caixão nas histórias sobre civilizações perdidas, pirâmides e caras em Marte mas isso não aconteceu de todo, graças à intervenção de Sagan.
Muito pelo contrário.
Não deixa também de ser interessante que Sagan, antes do assunto dos antigos astronautas se ter tornado tabu após a polémica Von Danniken anos antes, tenha sido um dos cientistas ligados (abertamente) à mesma teoria ! Este facto é uma das grandes surpresas com que os debunkers amadores das gerações mais recentes nem sonham. E muitos deles recusam-se a acreditar.
Sim caro leitor, Carl Sagan foi um dos impulsionadores da Teoria dos Antigos Astronautas e na altura não estava a brincar.
Isto numa época em que o tema não era ainda alvo de ridículo pelo mainstream e sim uma hipótese a ter em séria consideração que começava a ser cientificamente estudada com cuidado e rigor. E nos anos 60, Carl Sagan estava na vanguarda dessa teoria tendo feito um dos melhores estudos iniciais sobre esta hipótese que ainda hoje é referido em muitos livros como um bom exemplo de como a ciência dita séria podia actualmente continuar a estudar o tema.
O mesmo Carl Sagan que no final dos anos 60, antes das primeiras fotografias das pirâmides terem sido tiradas pelas sondas russas, tinha já escrito no seu livro - "Inteligent Life in the Universe" - junto com o cientista russo I.S. Shklovskii o seguinte:
"With the numbers we [Sagan and co-author I.S. Shklovskii] have discussed [in Intelligent Life in the Universe], it seems possible that the Earth has been visited by various Galactic civilizations many times (possibly [every 10,000 years], during geological time). It is not out of the question that artifacts of these visits still exist--although none have been found to date--or even that some kind of base is maintained within the solar system to provide continuity for successive expeditions. Because of weathering and the possibility of detection and interference by the inhabitants of the Earth, it might have appeared preferable not to erect such a base on the Earth's surface. [Emphasis added.]"
“Com base nos números que nós [Sagan e o co-author I.S. Shklovskii] analisamos [em “Intelligent Life in the Universe”], parece possível que a Terra tenha sido muitas vezes visitada por várias civilizações galácticas (possivelmente [em cada 10.000 anos], durante o seu tempo geológico). Não está fora de questão que artefactos relativos a estas visitas ainda existam, apesar de até à data nenhum ter sido encontrado; ou que uma qualquer espécie de base tenha sido mantida algures no sistema solar de forma a providenciar uma continuidade, para expedições posteriores. Devido ao desgaste, à possibilidade de detecção e à interferência dos habitantes terrestres, poderá ter sido preferível que tal base não tenha sido eregida na superfície Terrestre.”
Podem encontrar mais sobre o assunto na bibliografia já disponivel e inclusivamente num par de entrevistas com a viuva do cientista (que citarei devidamente assim que voltar a encontrá-las nos meus arquivos intermináveis) onde especificamente a amizade entre Hoagland e Sagan e o facto de terem continuado durante anos off-the-record a discutir o tema á margem do sistema é referido.
Contradizendo em privado muito do que o próprio Sagan apresentava oficialmente.
Durante os anos 80/90 o pormenor do assunto das pirâmides em Cosmos, foi sempre considerado pelos debunkers uma banalidade sem interesse, até porque o próprio Sagan nunca se pronunciou sobre o assunto para além do que já tinha referido no livro e no documentário.
Na opinião de muitos, seria apenas portanto um pormenor folclórico inserido por Sagan em Cosmos para dar colorido ao episódio e continua a ser o argumento de reserva que encontramos da parte dos cépticos ou dos debunkers quando não sabem mais como reagir ao assunto numa discussão em forums.
Até que antes da sua morte, Carl Sagan lança o seu conhecido título "Um Mundo infestado de Demónios" e surpreende toda a gente, deixando muito debunker sem saber como comentar.
Num livro dedicado precisamente à desmistificação científica de muitos dos mais fascinantes fenómenos e mistérios da cultura popular, toda a gente se surpreendeu quando o único tema que Carl Sagan não desmistifica em absoluto é o tema relacionado com a Teoria Arqueológica Marciana.
Precisamente a "sua" região de Cydonia, fruto de tantas trocas de impressões particulares e combates científicos oficiais ao longo dos anos.
Diz Sagan no capitulo sobre Cydonia:
"[...] The Martian Sphinx looks natural - Not artificial, not a dead ringer from a human face. It was probably sculpted by slow geological process over millions of years. But i might be wrong.
It´s hard to be sure about a world we´ve seen so little in extreme close-up. These features merit closer attention with higher resolution.
Much more detailed photos of the "Face" would surely settle issues of symmetry and help resolve the debate between geology and monumental sculpture.[...]"
“[…] A Esfinge Marciana parece natural - Não artificial, não um espelho de uma cara humana. Foi provavelmente esculpido por lentos processos geológicos ao longo de milhões de anos.
Mas posso estar enganado.
É difícil termos certezas sobre um mundo de que vimos ainda tão pouco em plano aproximado extremo. Esses detalhes merecem uma melhor atenção com resoluções mais elevadas.
Fotografias muito mais detalhadas da “Cara” resolveriam todas as questões de simetria e
ajudariam a resolver o debate entre geologia e uma escultura monumental. […]”
"[...]immense frescos or just rocks ? Even if these claims are extremely improbable -
as i think they are - They are worth examining..."
“[…] frescos imensos ou apenas rochas ? Mesmo se essas propostas forem extremamente improváveis - como eu penso que são - elas merecem ser examinadas…”
Foi a partir destas afirmações que depois mais tarde se soube o quanto afinal Carl Sagan se interessava pela possibilidade desta hipótese e do quanto acompanhou e discutiu off-the-record o tema ao longo dos anos, especialmente com o seu amigo Hoagland.
Pelo menos oficialmente, se Carl Sagan apenas viu as fotos que a Nasa usou para "provar" a naturalidade da Face, então viu imagens como a Catbox ou qualquer outra desprovida de conteúdo credível, reconhecida pela própria Nasa como tendo sido manipulada.
http://www.metaresearch.org/solar%20system/cydonia/asom/artifact_html/slide.asp?image=4
Comenta Sagan a bordo da sua nave espacial imaginária, em que no episódio sobre Marte de Cosmos, explica como se poderia a partir da órbita do planeta Terra provar se existe vida no nosso planeta (acompanhado de imagens orbitais do nosso mundo):
"Is the place inhabited ? At what point can you decide ?
When we look at the whole there´s no signs of life. We must examine it more closely. If there are intelligent beings, maybe they have created engineering structures which can be seen at a resolution of a few Km...
But even at that level of detail, even a great river barrel seem utterly lifeless there´s no sign of life or otherwise in Washington, Moscow, Tokio or Pequim.
If there are intelligent beings on Earth they haven´t modified their regular Geometrical patterns at the resolution of a Km, but when we improve the resolution ten times, the situation changes.
Many places on earth seem to suddenly crystalize out, revealing an intricate pattern of straight lines, squares and circles...
All suggests intelligent life with a passion for Euclidian Geometry and territoriality."
[Descreve cidades, construções e monumentos da terra e conclui]
"Intelligent life on Earth first reveals itself on the Geometric regularity of its constructions."
--//--
“Será o local habitado? A que ponto podemos decidir ?
Quando o olhamos como um todo não há sinais de vida. Temos de o examinar mais em detalhe. Se existem seres inteligentes, talvez tenham criado estruturas de engenharia que poderão ser vistas numa resolução de alguns Km…
Mas até mesmo a esse nível de detalhe, mesmo um grande caudal de um rio parecerá perfeitamente desprovido de vida; não haverá sinais de vida em Washington, Moscovo, Tokio ou Pequim.
Se existirem seres inteligentes na Terra eles não modificaram a sua geometria regular à resolução de Km, mas se aumentarmos a resolução dez vezes a situação muda.
Muitos locais da Terra parecerão cristalizar-se, revelando um intricado padrão de linhas rectas, quadrados e círculos…
Tudo sugere vida inteligente com uma paixão pela geometria Euclidiana e por territorialidade.
[Descreve cidades, construções e monumentos da terra e conclui]
“A vida inteligente na Terra, revela-se inicialmente pela regularidade geométrica das suas construções.”
Substituam agora a palavra - Terra - nestas afirmações de Sagan, pela palavra - Marte - e apliquem-nas a anomalias como esta e muitas outras encontradas na superfície.
http://www.metaresearch.org/solar%20system/cydonia/asom/artifact_html/slide.asp?image=17
Apesar de eu não subscrever de forma nenhuma muitas coisas que se encontram classificadas como anómalias em muitos sites temáticos como este, por entre a palha realmente conspirativa sem qualquer sentido que existe ás toneladas pela internet, ainda se encontram algumas das "formações" bem mais reais e interessantes, que no fundo se enquadram muito bem ao exemplo a propósito de geometria que Sagan deu em Cosmos.
Portanto porque deixará o tal exemplo de Sagan a propósito do reconhecimento geométrico de padrões na superficie da Terra, deixar de ter validade quando aplicado a Marte apenas porque ainda não temos uma maneira mais precisa de o confirmar ?...
Comparem a imagem acima com a imagem de baixo. A imagem de cima naturalmente segundo a Nasa não passam de pedras e formaçoes rochosas por debaixo das areias marcianas.
A imagem de baixo representa o aspecto que ruínas terrestres têm vistas do céu quando estão debaixo da areia e também ao serem escavadas.
E penso que não será preciso dizer mais nada nem apontar a geometria evidente em ambos os casos, a profusão ângulos rectos , etc.
Fica aqui a ideia plantada e espero que tenha no mínimo demonstrado bem que Carl Sagan felizmente foi sempre um cientísta realmente a sério que apesar de tudo pelo menos em privado tinha um espírito bem mais aberto a muitas questões.
Como tal o que na minha opinião é totalmente redutor e ofensivo é a constante tentativa dos debunkers amadores o pretenderem apresentar como o rei do cépticismo e deus sagrado do debunking profissional como se fosse um qualquer super cientista a sério, ou pior ainda, uma espécie de santo da sagrada santa igreja do pseudo racionalismo científico.
Espero que tenham gostado e se ainda não o fizeram não se esqueçam de ler o texto principal e em particular podem até começar pelo capítulo precisamente sobre a Face on Mars onde dou continuidade e detalho algumas coisas que referi precisamente aqui.
"Faz o que eu digo, não faças o que eu faço."
Apesar de ter sido uma das figuras centrais na desmistificação oficial da Face on Mars enquanto empregado da Nasa, Sagan mantinha-se afinal -“marginalmente”- interessado no tema a ponto de o referir de forma nada subtil no seu mais mediático trabalho, o documentário Cosmos.
A referência em Cosmos, é a única que eu vi até hoje num documentário saído daquilo que os debunkers intitulam de ciência a sério comentada de uma forma séria no mainstream.
Carl Sagan nem sequer apresentou uma solução definitiva em que o povo devesse imediatamente acreditar mas antes estimulou a imaginação e principalmente a sede de conhecimento como tudo na ciência deveria ser.
Esse segmento sobre as pirâmides de Marte em Cosmos, tem ainda hoje a particularidade de levar as pessoas a quererem ficar a saber mais e a procurar chegar a uma conclusão por elas próprias. O que é algo inédito e podem ter a certeza que jamais encontrarão num programa moderno da Nasa em que se mencione qualquer anomalia Marciana ou qualquer outro enigma científico semelhante, pois as actuais produções têm grande cuidado em ter sempre uma explicação alternativa para mostrar ao público, de modo a demonstrar como a -verdadeira ciência- está sempre à frente do acontecimento.
Esta nota em Cosmos a propósito das pirâmides marcianas, é a única referência que eu conheço num documentário cientifico que deixa subtilmente uma porta aberta para um pensamento do estilo:
“- Então e será que ?…"
Lembrem-se que o que foi mostrado em Cosmos, (inclusivamente as fotografias de Marte), passa-se três anos antes de surgir o início da primeira proposta cientificamente séria a propor a Teoria da Artificialidade relativamente às anomalias de Marte. Tudo isto acontece numa altura em que era perfeitamente seguro para qualquer cientista referir o tema, especialmente tendo estado anteriormente tão mergulhado nele ao ponto de ter publicado trabalhos propondo não apenas a existência como ainda por cima a visita de civilizações avançadas num passado muito remoto do nosso planeta.
Em 1980, Cosmos foi quase um sinal de que apesar da Nasa ter negado à partida o assunto da possível artificialidade de algumas anomalias em Marte, as coisas estavam a avançar lentamente na sua discreta investigação. Algo que se veio provar quando mais tarde afinal apareceram as tais fotografias que a Nasa sempre disse não existirem e no entanto evidenciaram que a agência há muito continuaria interessada nas anomalias mesmo quando em público afirmava que não tinham qualquer interesse cientifico.
Mas então o que mudou após o período Viking/Cosmos ?...
Duas coisas.
Primeiro, Richard C.Hoagland.
O facto de ter aparecido uma pessoa que aos poucos colheu informações independentes e insistiu vir a público com o assunto foi nesta história toda provavelmente uma das piores coisas que aconteceram, visto eventualmente a Nasa ainda não estar preparada para admitir o que quer que fosse sobre o que descobriu, partindo do princípio que sempre o investigou em privado como tudo indica desde há muito.
O facto do tema da Teoria da Artificialidade se ter tornado um fenómeno popular a partir de 1983 e ter chamado a atenção dos media novamente, foi na opinião de muita gente, uma das piores coisas que aconteceu para a sua credibilidade aos olhos do público.
Ao fazer parte da cultura de massas tornou-se automaticamente um objecto "pop" e assim perdeu toda a credibilidade aos olhos da faixa céptica por entre aqueles que se julgam sempre superiores a estas fantasias.
Cépticos e debunkers que sempre aguardaram o que a Nasa oficializava para obter confirmação do que quer que fosse e a partir de 1983 (mais em particular a partir dos anos 90 e depois em 2004), tornou-se evidente que a agência espacial não tinha interesse em que outros provem uma descoberta que na realidade poderia ter sido sua caso não se tivessem embrulhado tanto em contradições sobre o tema ao longo dos anos.
Ao ponto da própria imagem de Marte enquanto planeta -mais terrestre- só agora começar gradualmente a ser apresentada ao público, pois hoje em 2014 quando revejo estas linhas para publicação, já temos em Marte inclusivamente os tais céus azuis que o sistema ainda há anos jurava a pés juntos não serem possíveis cientificamente existir.
Por causa de pessoas como Hoagland, e dos excelentes resultados das análises científicas feitas por demais independentes a partir do início dos anos 80, o público começou a encontrar um Marte arido, sem vida e intensamente vermelho em tudo o que foi fotografia e comunicado da Nasa pois foi essa a única resposta possível do sistema perante as investigações independentes, (até de cientistas da própria Nasa) sobre a possível artificialidade de algumas das estruturas analisadas quando obtiveram resultados que importava descredibilizar quanto antes.
Se virem as primeiras fotografias da Viking apesar de já conterem a tal particularidade da cor alaranjada, nada se compara ao que depois se tornou oficial sobre o aspecto de Marte nos anos 80.
Observem as fotos iniciais da Viking nos anos 70 e vão notar que as imagens iniciais curiosamente, se assemelham mais agora a este "novo Marte de céus azuis" que a Nasa apresenta agora em 2014, do que se parece com qualquer fotografia mais clássica de intensa coloração vermelha que começou a ser oficializada a partir da polémica da Face on Mars e se manteve na percepção popular sobre o planeta, ao longo dos anos 80,90 até deixar subitamente de existir a partir de 2004.
Mas de onde veio esta convicção de Carl Sagan que o levou num livro perfeitamente cientifico a incluir passagens como a que leram acima e que mais parecem saídas de um episódio do Stargate ?!
A história de Oannes.
Por volta dos terceiro século A.C entre 258 e 253 A.C, um indivíduo chamado Berossus à frente da organização dos templos Babilónicos naquele tempo, relatou a existência de um ser mítico chamado Oannes que alegadamente teria trazido a luz do conhecimento à humanidade.
O nome Oannes, era na verdade uma adaptação grega de Uanna, um nome usado pelo deus Adapa, filho de Ea no panteão Sumério.
Na mitologia da época ele era já o deus do conhecimento e quem trouxe a civilização à cidade de Eridu (berço da civilização Suméria).
O que torna Oannes particularmente interessante é que este terá ensinado as pessoas como construir templos, compilar as primeiras leis e até usar geometria como ficou registado, mas principalmente porque Oannes, saía todas as manhãs das águas do Golfo Pérsico e a elas regressava todas as noites.
Segundo as descrições, Oannes teria “a figura de um peixe”, mas “por debaixo a figura de um homem”.
Alexander Polyhistor, académico do século 1 A.C, tradutor das primeiras placas Sumérias deixou-nos esta descrição da visita de Oannes:
“Pela Babilónia, havia nessa época uma grande variedade de pessoas oriundas de várias nações
que habitavam Chaldaea vivendo sem lei como animais selvagens.
Ele apareceu no primeiro ano, vindo dessa parte do mar da Eritheia que banha as margens da Babilónia.
Um animal destituído de razão de nome Oannes, que segundo a descrição de Apollodorus
tinha o corpo inteiro como sendo de um peixe.
E por debaixo da cabeça de esse peixe, havia outra cabeça; tinha pés semelhantes aos pés
humanos que ligavam à sua cauda de peixe.
A sua voz e linguagem era articulada e humana; uma representação dele existe até hoje.
Este ser acostumou-se a passar o dia entre os homens, não consumia comida nessa altura mas trouxe-lhes conhecimento sobre as letras, as ciências e as artes de todo o tipo.
Ensinou-lhes a construir cidades, a fundarem templos, a compilarem leis e os princípios da geometria. Ensinou-lhes a distinguir as sementes da terra e como colher os seus frutos.
Em resumo, ensinou-lhes tudo o que lhes poderia suavizar o seu comportamento e tornà-los mais humanos.
Desde essa altura, nada de material foi acrescentado de forma a melhorar as suas instruções.
E quando o sol se punha este ser Oannes, retirava-se de novo para o mar
e passava a noite nas profundezas; porque ele era anfíbio.”
Foi isto que levou Carl Sagan a querer investigar a fundo a hipótese de a história de Oannes ser na verdade um dos primeiros e mais bem documentados relatos da visita de um membro de uma civilização avançada no passado remoto da nossa própria história. Por muito que os debunkers modernos (que alguma vez tenham sequer ouvido falar disto), agora tentem retirar importância ao relato, Carl Sagan nos anos 60, não foi um deles.
Oannes foi o primeiro dos Apkallu; os sete deuses Sumérios que trouxeram a civilização à humanidade, serviram como sacerdotes para Enki, e de conselheiros ou magos aos primeiros reis e governantes da nossa história, numa Suméria pré-dilúvio.
A história de Oannes (ainda com mais detalhes além do que descrevi aqui), está referida no livro “Intelligent Life in the Universe” onde o próprio Sagan comenta:
“I support the contention that a major cultural change did take place with the advent of the Oannes.”,
--//--
“Eu apoio o pressuposto de que uma importante mudança cultural efectivamente ocorreu
a quando da chegada de/dos Oannes.”
Como tal o próprio Sagan nunca o considerou apenas como sendo apenas o típico ser mítico que actualmente a antropologia cultural usa para desmistificar qualquer relato histórico como este. Para Carl Sagan fomos efectivamente visitados.
“These beings were interested in instructing mankind. Each knew the mission and
acomplishements of his predecessors. When a great inundation threatens the survival of this
knowledge steps are taken to insure its preservation.”
--//--
“Esses seres estavam interessados em instruir a humanidade. Cada um conhecia a missão e
o que tinha sido conseguido por cada um dos seus antecessores. Quando uma grande
inundação ameaçou afectar toda a sobrevivência desse conhecimento , foram tomadas
medidas para a sua preservação.”
De acordo com as suas próprias conclusões Sagan nos anos 60 estaria plenamente convencido de que um grupo de seres com a missão de civilizar a selvagem humanidade teria então chegado à Terra, organizando-se em várias fases distintas, estando no entanto cada um dos “deuses” plenamente informado do que já tinha sido implementado pelo “deus” anterior no terreno junto da população humana primitiva.
Resumindo, há cinquenta anos para Carl Sagan, a nossa civilização terá sido uma dádiva de um grupo desconhecido de seres a quem a humanidade terá chamado “deuses” e que teriam descido até ao nosso mundo com uma missão muito bem definida. A de visitar os vários continentes do planeta Terra onde a civilização humana estava começando a emergir, educando-a com princípios básicos como -“não matarás”, mas também com informação detalhada sobre tudo o que tivesse a ver com geometria, matemática e astronomia. Isto explicaria a razão pela qual as principais civilizações espalhadas pelo mundo inteiro dividiram
coincidentemente os céus da mesma maneira quando na verdade o que não faltava no firmamento seriam estrelas em abundância para que a -imaginação-,-o misticismo- e -a simbologia religiosa- pudesse ter criado na identidade dessas culturas coisas completamente únicas e diferentes.
No entanto como bem apontou Sagan assim não aconteceu. Algo como a visita de Oannes e subsequentemente dos seus companheiros de missão ao longo dos anos, explicaria perfeitamente esse mistério astronómico que raramente é mencionado onde quer que seja.